Para elucidar e punir os responsáveis pelas mortes nas unidades prisionais de Manaus, ocorridas nos dias 25 e 26 de maio, a Polícia Civil do Amazonas criou uma comissão para investigar os casos. Instituída pela Portaria nº 933/2019–GDG/PC, a comissão foi assinada pelo delegado-geral Lázaro Ramos, na última sexta-feira (31/05).
O inquérito será presidido pelo delegado Tarson Yuri Silva Soares e composta pelos delegados Rodrigo Luiz Santoro Franco Azevedo, Mauro Soares Santos, Mário José Silvio Júnior e pela escrivã Stelyane da Silva Salvador.
As investigações abrangem as mortes ocorridas no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), no Centro de Detenção Provisório (CDPM 1), no Instituto Penal Antônio Trindade (Ipat) e na Unidade Prisional do Puraquequara (UPP) praticados pelos internos.
Inquérito de 2017 – Em setembro de 2017, a Polícia Civil concluiu o inquérito sobre as 56 mortes ocorridas no Compaj, em janeiro do mesmo ano. Ao término das investigações, 210 pessoas foram indiciadas.
De acordo com o coordenador dos trabalhos à época, delegado Ivo Martins, o inquérito foi concluído com 2,6 mil páginas após os policiais ouvirem cerca de 350 pessoas, além de periciar o local dos crimes e os corpos.
“Foram oito meses de investigação com uma força-tarefa que envolveu a Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS) e policiais destacados pelo delegado-geral à época para a investigação. O Ministério Público acolheu integralmente o relatório produzido pela força-tarefa da Polícia Civil, ratificou os pedidos de prisão, e a Justiça decretou a prisão dos 210 indiciados. Foi um marco para a Polícia no Amazonas”, disse o delegado.