Indígenas, Direitos do Cidadão e Comunidades Tradicionais
16 de Junho de 2019 às 18h41
Em visita a MS, senador pede perdão pela violação aos direitos dos povos indígenas
Atividade coincide com aniversário de três anos da morte de indígena durante ocupação de terras em Caarapó (MS)
Senador Fabiano Contarato junto ao túmulo do indígena Clodiode de Souza, morto em conflito pela terra. Foto: Ascom MPF/MS
Eleito pelo Estado do Espírito Santo, o Senador Fabiano Contarato pediu perdão pelas violações de direitos, após conhecer as aldeias indígenas de Mato Grosso do Sul, em visita ocorrida em 13 e 14 de junho de 2019. Ele visitou as comunidades Laranjeira Ñanderu (Rio Brilhante), Guyra Kambi’y (Douradina), Kunumi (Tey Kuê) e Guyraroká (Caarapó) e Reserva de Dourados (Dourados), todas na região sul de Mato Grosso do Sul.
A atividade foi acompanhada por representantes do Ministério Público Federal (MPF), Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS) e Fundação Nacional do Índio (Funai). Fabiano disse que “é preciso derrubar os muros do Congresso e interagir com a população, que é a fonte e destinatária de todo poder político”.
Ele ouviu relatos dos indígenas sobre os aspectos mais críticos enfrentados pelas comunidades, como a questão fundiária, demarcação de terras, violência, o não atendimento dos indígenas pelo aparato policial estadual (atendimento emergencial pelo 190) e aplicação de agrotóxicos sobre ou nas proximidades de aldeias.
Professor universitário, delegado da Polícia Civil e eleito senador em 2018, Fabiano preside a Comissão de Meio Ambiente do Senado Federal e afirma que defender o meio ambiente “é defender as vidas que ainda estão por vir. Ser cidadão não é apenas viver em sociedade mas mudar esta sociedade. Veja as comunidades indígenas, como sofrem as mais variadas violações de direitos, sem acesso á terra, aos direitos mais básicos como água e luz. Os indígenas são a prova mais cabal de que no Brasil a lei fala que todos são iguais mas uns são mais iguais que os outros. Eu não posso conceber que a gente possa dormir tranquilamente com comunidades indígenas vivendo na mais pura miséria”.
A visita à Retomada Kunumi, em Caarapó, em 14 de junho, coincidiu com o aniversário de três anos da morte do agente de saúde Clodiode Aquileu Rodrigues de Souza, que foi assassinado por fazendeiros da região, posteriormente denunciados pelo MPF à Justiça. Em visita ao túmulo de Clodiode, o senador Fabiano pediu perdão aos indígenas por todas as violações aos seus direitos. “Eu não posso falar em nome da classe política, eu acho que todos os políticos e agentes públicos deviam pedir perdão aos indígenas, mas em meu nome eu peço perdão a vocês”.
Assessoria de Comunicação Social
Ministério Público Federal em Mato Grosso do Sul
Telefone: (67) 3312-7265/7283
E-mail: prms-ascom@mpf.mp.br
www.mpf.mp.br
Twitter: @MPF_MS
Indígenas, Direitos do Cidadão e Comunidades Tradicionais
16 de Junho de 2019 às 18h41
Em visita a MS, senador pede perdão pela violação aos direitos dos povos indígenas
Atividade coincide com aniversário de três anos da morte de indígena durante ocupação de terras em Caarapó (MS)
Senador Fabiano Contarato junto ao túmulo do indígena Clodiode de Souza, morto em conflito pela terra. Foto: Ascom MPF/MS
Eleito pelo Estado do Espírito Santo, o Senador Fabiano Contarato pediu perdão pelas violações de direitos, após conhecer as aldeias indígenas de Mato Grosso do Sul, em visita ocorrida em 13 e 14 de junho de 2019. Ele visitou as comunidades Laranjeira Ñanderu (Rio Brilhante), Guyra Kambi’y (Douradina), Kunumi (Tey Kuê) e Guyraroká (Caarapó) e Reserva de Dourados (Dourados), todas na região sul de Mato Grosso do Sul.
A atividade foi acompanhada por representantes do Ministério Público Federal (MPF), Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS) e Fundação Nacional do Índio (Funai). Fabiano disse que “é preciso derrubar os muros do Congresso e interagir com a população, que é a fonte e destinatária de todo poder político”.
Ele ouviu relatos dos indígenas sobre os aspectos mais críticos enfrentados pelas comunidades, como a questão fundiária, demarcação de terras, violência, o não atendimento dos indígenas pelo aparato policial estadual (atendimento emergencial pelo 190) e aplicação de agrotóxicos sobre ou nas proximidades de aldeias.
Professor universitário, delegado da Polícia Civil e eleito senador em 2018, Fabiano preside a Comissão de Meio Ambiente do Senado Federal e afirma que defender o meio ambiente “é defender as vidas que ainda estão por vir. Ser cidadão não é apenas viver em sociedade mas mudar esta sociedade. Veja as comunidades indígenas, como sofrem as mais variadas violações de direitos, sem acesso á terra, aos direitos mais básicos como água e luz. Os indígenas são a prova mais cabal de que no Brasil a lei fala que todos são iguais mas uns são mais iguais que os outros. Eu não posso conceber que a gente possa dormir tranquilamente com comunidades indígenas vivendo na mais pura miséria”.
A visita à Retomada Kunumi, em Caarapó, em 14 de junho, coincidiu com o aniversário de três anos da morte do agente de saúde Clodiode Aquileu Rodrigues de Souza, que foi assassinado por fazendeiros da região, posteriormente denunciados pelo MPF à Justiça. Em visita ao túmulo de Clodiode, o senador Fabiano pediu perdão aos indígenas por todas as violações aos seus direitos. “Eu não posso falar em nome da classe política, eu acho que todos os políticos e agentes públicos deviam pedir perdão aos indígenas, mas em meu nome eu peço perdão a vocês”.
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