Com muito samba. Assim começou o jogo da seleção feminina brasileira contra a Itália no Museu do Futebol, no estádio do Pacaembu, em São Paulo. Com camisas da seleção, bandeiras e instrumentos musicais, um grupo de mulheres entrou no museu e percorreu todo o espaço expositivo convidando os visitantes a assistir a mais um jogo da seleção na Copa do Mundo de Futebol Feminino, competição que acontece na França. Um grande telão foi montado no museu para que o público acompanhe as partidas ao vivo.
Quem acompanhou o jogo no local, reagiu com palmas e gritos à vitória da seleção por 1 a 0, que garantiu a classificação para a próxima fase. Houve momentos de muita celebração, como o quase gol de letra de Debinha e o quase gol olímpico de Marta. Mas houve também momentos de muita tensão, como quando o gol da Itália foi anulado por impedimento, e pressão nos minutos finais do primeiro tempo. O momento de maior vibração no primeiro tempo foi com a grande defesa da goleira brasileira Bárbara, aos 39 minutos.
No segundo tempo, a torcida se conteve mais até a cobrança de falta da seleção brasileira, com a bola na trave de Andressinha, aos 6 minutos, que arrancou muitos gritos. Também houve muitos aplausos para as jogadoras Cristiane e Marta, que foram substituídas no decorrer do segundo tempo.
O momento de maior vibração foi mesmo com o gol brasileiro, na cobrança de pênalti da maior artilheira de todas as Copas, Marta, com 17 gols. A comemoração foi tão intensa que fez o museu vibrar. A torcida se levantou, gritou e pulou muito, celebrando o gol que garantiu o Brasil na próxima fase da competição.
Torcida
A jogadora Cacau Fernandes, do Corinthians, e a ex-jogadora Gabriela Kivitz, que idealizaram a música Jogadeira, estiveram no museu para torcer pela seleção. “Essa música também faz parte das conquistas do futebol feminino, o que não tinha antigamente. Antigamente os jogos nem passavam na TV. Para o futebol feminino é muito bom ter uma música, porque nunca teve”, disse Cacau.
Sobre o jogo, Cacau elogiou a vitória da seleção, mas lembrou que a vitória veio em um jogo complicado. “Foi um jogo difícil. A gente já sabia que seria um jogo difícil porque a Itália está bem na Copa. O Brasil começou bem, depois teve algumas dificuldades e no final melhorou com as trocas. Mas graças a Deus ganharam”, disse Cacau.
“O Klose (jogador da Alemanha) tinha roubado a artilharia das Copas do Ronaldo (Fenômeno), mas conquistamos isso de novo com a Marta. Ela representa muito para o nosso futebol brasileiro. E é interessante ver ela jogando com essa nova geração, que vai continuar esse legado”, disse Gabriela.
Visitantes estrangeiros que estavam no museu hoje também assistiram à partida. Um deles foi o chileno Pedro Mario P. Cabrera, 27 anos, que na noite de ontem viu a seleção de seu país bater o Japão por 4 a 0 no Morumbi e hoje veio conhecer o museu. “Foi um jogo muito bom. A Marta passou o Klose na artilharia. Espero que o Brasil vá muito bem e possa conquistar a Copa do Mundo”, disse ele.
“Para a gente é uma alegria poder mostar o jogo porque é a primeira vez que o jogo é exibido na TV com frequência. Não só os do Brasil. O museu tem que apoiar a seleção brasileira e o futebol de mulheres para formar público”, disse Daniela Alfonsi, diretora de conteúdo do Museu de Futebol, em entrevista à Agência Brasil.
Para ela, essa competição tem um aspecto diferente para a seleção brasileira. “É a útlima vez que vamos ter Marta, Formiga e Cristiane, esse trio incrível. A gente sabe que algumas jogadoras foram cortadas por lesões. Essas jogadoras estão fazendo falta. Mas quem sabe não conseguimos passar para as próximas fases”, disse Daniela.
Exposição Contra-Ataque!
O Museu do Futebol está transmitindo todos os jogos da Copa do Mundo de Futebol Feminino. Quem for ao museu, além de assistir aos jogos, poderá também ver a exposição temporária Contra-Ataque! As Mulheres do Futebol, que mostra o caminho trilhado pelas mulheres brasileiras para jogar futebol e chegar à seleção. A exposição mostra, inclusive, que as mulheres foram proibidas de jogar futebol no Brasil por 40 anos. “Me chamou muito a atenção o tema da história do futebol feminino no Brasil porque no Chile, ainda é um esporte que está crescendo. As mulheres estão começando a jogar”, falou o torcedor chileno que esteve visitando hoje o museu.
“Temos alcançado um público feminino jovem que era um público que não vinha normalmente ao museu. O museu, desde a sua abertura, recebe mais homens do que mulheres. E isso para os museus é novidade porque geralmente os equipamentos culturais, todos, recebem mais mulheres que homens. Agora, pela primeira vez, nesta exposição, estamos trazendo a menina que quer ser jogadora, quer se inspirar nas histórias das jogadoras que trazemos nessa exposição. E elas vêm para torcer também, para assistir jogos”, falou Daniela.
Saiba mais
Edição: Denise Griesinger
Com muito samba. Assim começou o jogo da seleção feminina brasileira contra a Itália no Museu do Futebol, no estádio do Pacaembu, em São Paulo. Com camisas da seleção, bandeiras e instrumentos musicais, um grupo de mulheres entrou no museu e percorreu todo o espaço expositivo convidando os visitantes a assistir a mais um jogo da seleção na Copa do Mundo de Futebol Feminino, competição que acontece na França. Um grande telão foi montado no museu para que o público acompanhe as partidas ao vivo.
Quem acompanhou o jogo no local, reagiu com palmas e gritos à vitória da seleção por 1 a 0, que garantiu a classificação para a próxima fase. Houve momentos de muita celebração, como o quase gol de letra de Debinha e o quase gol olímpico de Marta. Mas houve também momentos de muita tensão, como quando o gol da Itália foi anulado por impedimento, e pressão nos minutos finais do primeiro tempo. O momento de maior vibração no primeiro tempo foi com a grande defesa da goleira brasileira Bárbara, aos 39 minutos.
No segundo tempo, a torcida se conteve mais até a cobrança de falta da seleção brasileira, com a bola na trave de Andressinha, aos 6 minutos, que arrancou muitos gritos. Também houve muitos aplausos para as jogadoras Cristiane e Marta, que foram substituídas no decorrer do segundo tempo.
O momento de maior vibração foi mesmo com o gol brasileiro, na cobrança de pênalti da maior artilheira de todas as Copas, Marta, com 17 gols. A comemoração foi tão intensa que fez o museu vibrar. A torcida se levantou, gritou e pulou muito, celebrando o gol que garantiu o Brasil na próxima fase da competição.
Torcida
A jogadora Cacau Fernandes, do Corinthians, e a ex-jogadora Gabriela Kivitz, que idealizaram a música Jogadeira, estiveram no museu para torcer pela seleção. “Essa música também faz parte das conquistas do futebol feminino, o que não tinha antigamente. Antigamente os jogos nem passavam na TV. Para o futebol feminino é muito bom ter uma música, porque nunca teve”, disse Cacau.
Sobre o jogo, Cacau elogiou a vitória da seleção, mas lembrou que a vitória veio em um jogo complicado. “Foi um jogo difícil. A gente já sabia que seria um jogo difícil porque a Itália está bem na Copa. O Brasil começou bem, depois teve algumas dificuldades e no final melhorou com as trocas. Mas graças a Deus ganharam”, disse Cacau.
“O Klose (jogador da Alemanha) tinha roubado a artilharia das Copas do Ronaldo (Fenômeno), mas conquistamos isso de novo com a Marta. Ela representa muito para o nosso futebol brasileiro. E é interessante ver ela jogando com essa nova geração, que vai continuar esse legado”, disse Gabriela.
Visitantes estrangeiros que estavam no museu hoje também assistiram à partida. Um deles foi o chileno Pedro Mario P. Cabrera, 27 anos, que na noite de ontem viu a seleção de seu país bater o Japão por 4 a 0 no Morumbi e hoje veio conhecer o museu. “Foi um jogo muito bom. A Marta passou o Klose na artilharia. Espero que o Brasil vá muito bem e possa conquistar a Copa do Mundo”, disse ele.
“Para a gente é uma alegria poder mostar o jogo porque é a primeira vez que o jogo é exibido na TV com frequência. Não só os do Brasil. O museu tem que apoiar a seleção brasileira e o futebol de mulheres para formar público”, disse Daniela Alfonsi, diretora de conteúdo do Museu de Futebol, em entrevista à Agência Brasil.
Para ela, essa competição tem um aspecto diferente para a seleção brasileira. “É a útlima vez que vamos ter Marta, Formiga e Cristiane, esse trio incrível. A gente sabe que algumas jogadoras foram cortadas por lesões. Essas jogadoras estão fazendo falta. Mas quem sabe não conseguimos passar para as próximas fases”, disse Daniela.
Exposição Contra-Ataque!
O Museu do Futebol está transmitindo todos os jogos da Copa do Mundo de Futebol Feminino. Quem for ao museu, além de assistir aos jogos, poderá também ver a exposição temporária Contra-Ataque! As Mulheres do Futebol, que mostra o caminho trilhado pelas mulheres brasileiras para jogar futebol e chegar à seleção. A exposição mostra, inclusive, que as mulheres foram proibidas de jogar futebol no Brasil por 40 anos. “Me chamou muito a atenção o tema da história do futebol feminino no Brasil porque no Chile, ainda é um esporte que está crescendo. As mulheres estão começando a jogar”, falou o torcedor chileno que esteve visitando hoje o museu.
“Temos alcançado um público feminino jovem que era um público que não vinha normalmente ao museu. O museu, desde a sua abertura, recebe mais homens do que mulheres. E isso para os museus é novidade porque geralmente os equipamentos culturais, todos, recebem mais mulheres que homens. Agora, pela primeira vez, nesta exposição, estamos trazendo a menina que quer ser jogadora, quer se inspirar nas histórias das jogadoras que trazemos nessa exposição. E elas vêm para torcer também, para assistir jogos”, falou Daniela.
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Edição: Denise Griesinger