A oposição aposta nos destaques para tentar reverter o placar amplamente favorável ao texto-base da reforma da Previdência (PEC 6/19). Na votação de ontem, foram 379 favoráveis e 131 contrários. O dia de hoje foi de intensas negociações sobre possíveis alterações na proposta: pensões, cálculo dos benefícios, professores, policiais e mulheres são temas das votações que se iniciam.
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“O Plenário tem o dever de proteger os professores”, disse o deputado Orlando Silva (PCdoB-SP), ao defender a retirada de pauta da proposta.
Já o deputado Alencar Santana Braga (PT-SP) disse que o Plenário tem a oportunidade de reverter o que considerou danos do texto. “Se fizeram a maldade ontem [ao aprovar a reforma], beneficiem professores e mulheres, para amenizar o impacto e restabelecer o mínimo de justiça”, disse.
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Relator da proposta, o deputado Samuel Moreira (PSDB-SP), pediu que os deputados “continuem trabalhando juntos em maioria”. “Há destaques que podem destruir a votação de ontem, destruir a estrutura da reforma que cada um daqui produziu. Precisamos ficar atentos”, declarou.
Moreira afirmou que a reforma tem “ganhos sociais e fiscais” e que é importante dar sequência à votação. “A reforma não resolve tudo, claro que não. É o alicerce para que o governo tome outras medidas”, disse.
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