Para marcar o Dia Mundial da Saúde, 7 de abril, a Prefeitura de Manaus, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), promoveu mais uma atividade de intensificação das ações de “Educação em Saúde” no combate ao Aedes aegypti. A programação aconteceu nos bairros São Jorge e Vila da Prata, zona Oeste, envolvendo profissionais das Unidades Básicas de Saúde (UBSs) Vila da Prata, Ida Mentoni e Rayol dos Santos, que realizaram visitas domiciliares para alertar os moradores sobre a importância da eliminação dos criadouros do mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya.
A gerente de Promoção da Saúde da Semsa, Altemira Diniz de Lima, explicou que o Dia Mundial de Saúde simboliza um momento para conscientizar a população sobre a importância de ações como essa, que é uma política transversal e envolve várias áreas, desde o combate ao Aedes aegypti até eixos como o controle do tabagismo, a promoção de uma alimentação saudável e à prática de atividade física, assim como o combate à obesidade, uma comorbidade de risco para a Covid-19.
“A Prefeitura de Manaus iniciou em março a intensificação de ações de educação em saúde para o combate ao Aedes aegypti, buscando reduzir o número de casos de dengue na cidade, atendendo bairros de todas as zonas da capital. Mas nesta data, 7 de abril, a Semsa aproveitou para organizar essa nova ação e lembrar o Dia Mundial da Saúde, com o objetivo de alertar sobre as medidas que cada pessoa pode adotar, individualmente ou coletivamente, no dia a dia, para ter uma melhor qualidade de vida tendo atitudes de prevenção à doenças”, destacou Altemira Lima.
Como 90% dos criadouros do Aedes aegypti são encontrados dentro dos domicílios em Manaus, de acordo com informações do chefe do Núcleo de Controle da Dengue, da Semsa, Alciles Comape, é essencial o envolvimento de todos os moradores para o controle das doenças transmitidas pelo mosquito.
Segundo ele, dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan_NET/Sinan_on-line), atualizados no dia 6/4, apontam que Manaus registrou este ano um total de 1.900 casos notificados de dengue, zika e chikungunya, o que já representa 78,35% do total de casos das três doenças registrados em 2020, quando foram notificados 2.425 casos.
Faixa etária
A dengue representa a maioria das 1.900 notificações entre as três doenças transmitidas pelo Aedes e vem sendo uma preocupação adicional, porque tem atingido principalmente crianças e adolescentes de cinco a 14 anos.
Das notificações de dengue no Sinan registradas este ano, 19,9% foram de casos identificados em crianças na faixa etária de 5 a 9 anos, e 26,2% na faixa etária de 10 a 14 anos de idade.
“De 1.766 casos notificados de dengue, atualizados no Sinan até o último dia 5/4, 68,2% estão na faixa etária de até 19 anos. Essa situação pode ser explicada por dois motivos. O primeiro é que o último grande surto de dengue ocorreu em 2010, o que significa que muitas crianças não tiveram contato com o vírus da dengue e por isso são mais suscetíveis para o desenvolvimento da doença, ao contrário dos adultos, que provavelmente já apresentaram a doença e têm uma maior proteção imunológica. Um segundo motivo é que, por causa da necessidade de isolamento da pandemia, crianças e adolescentes passam muito tempo dentro de seus domicílios, onde a maioria dos criadouros é encontrada”, informou Alciles Comape.
As ações de prevenção e combate ao Aedes, executadas pela Semsa, envolvem bloqueio químico, com a aplicação de inseticida para eliminação do mosquito, e o bloqueio mecânico, para a eliminação dos criadouros a partir do trabalho dos agentes de endemias e agentes comunitários de saúde.
“O trabalho é de rotina, direcionado para as áreas com maior notificação de dengue, zika e chikungunya, mas que abrange todo o município”, ressaltou Alciles.
Zona Oeste
Durante a programação desta quarta-feira, 7/4, com concentração na UBS Vila da Prata, o chefe do setor de Controle de Endemias do Distrito de Saúde (Disa) Oeste, Rubens Souza, esclareceu que a intensificação das ações de combate ao Aedes já foi executada em nove dos 17 bairros da zona Oeste, sendo que o trabalho de rotina continua a ser feito em todos os bairros.
“A estratégia é a de visita domiciliar realizada por agentes de endemias e agentes comunitários de saúde, alertando a população para que tenham uma atenção maior aos depósitos que acumulam água nos domicílios. A implantação da estratégia ‘10 Minutos contra o Aedes’ é muito importante, para que os moradores possam fazer a vistoria semanal em casa, o que pode ser feito em apenas 10 minutos. Essa ação é suficiente para eliminar a reprodução biológica do Aedes, que leva de sete a dez dias”, afirmou Rubens.
Na estratégia “10 Minutos contra o Aedes”, os moradores devem vistoriar todos os recipientes que podem acumular água e servir para reprodução do mosquito, como tonéis, caixa d’água, calhas, ralos, piscinas, vasos de planta, lajes, pneus e garrafas.
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Texto – Eurivânia Galúcio / Semsa
Fotos – Arquivo / Semsa
Disponíveis em – https://flic.kr/s/aHsmV3FTmS
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