A embaixadora da Venezuela, María Teresa Belandria, esteve no Plenário do Senado nesta terça-feira (12). O senador Carlos Viana (PSD-MG) explicou que ela trouxe aos senadores a preocupação de que o presidente encarregado do país, Juan Guaidó, seja preso na Venezuela nos próximos dias e de que a Assembleia Nacional do país possa ser dissolvida.
Segundo Viana, o presidente da Comissão de Relações Exteriores (CRE), senador Nelsinho Trad (PSD-MS), irá nomear uma comissão externa com seis senadores para acompanhar, em tempo integral, a situação da Venezuela, inclusive propondo uma reunião em campo neutro, possivelmente no Panamá, país da América Central, considerado neutro, sede do Parlamento Latino-Americano e Caribenho (Parlatino).
— Será para que nós possamos evitar o agravamento da situação dentro daquilo que o Brasil sempre protagonizou, de não ingerência nos assuntos externos, mas apenas de solidariedade aos países vizinhos que compõem a nossa comunidade latino-americana. Então, fica aqui o nosso abraço, a nossa solidariedade à embaixadora Belandria e o nosso agradecimento, em nome de todo o Senado pela visita e pela confiança nesta Casa e nos nossos princípios democráticos —afirmou.
O senador Luiz do Carmo (MDB-GO) alertou para a possibilidade de fechamento do Parlamento venezuelano e convocou os colegas a ajudar aquele país a encontrar a melhor solução para a crise que enfrenta atualmente.
— Independentemente da sua posição quanto à crise da Venezuela, se vossas excelências reconhecem ou não Juan Guiadó como presidente, a possibilidade de fechar o Parlamento é muito grave contra a democracia, é um absurdo, e não podemos ignorar isso. Não podemos ficar parados e aceitar sentados que isso aconteça — afirmou Luiz do Carmo.
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, garantiu que o Senado acompanha de perto os acontecimentos na Venezuela e se solidariza com o povo venezuelano.
— O Senado da República recebeu o presidente interino, Juan Guaidó, acompanhado de vários parlamentares do congresso venezuelano, e se manifestou solidariamente à situação que vive aquele país. Eu recolho as palavras e as ponderações de Vossa Excelência e volto a afirmar que o Senado e o governo brasileiro reconhecem nele a autoridade de presidente daquele país — reforçou.
