Um ato simples e eficaz no combate às infecções, a higienização das mãos ganha reforço no atual contexto de pandemia causada pela Covid-19. Mas antes disso, a Organização Mundial de Saúde (OMS) já sinalizava a importância do ato quando criou em 2008, o Dia Mundial da Higienização das Mãos, no dia 5 de maio.
A secretária municipal de Saúde, Shádia Fraxe, destaca que a data é importante para enfatizar a necessidade desse cuidado básico, que deve ser incorporado como hábito por todos. Ela avalia que a população, embora tenha despertado para a importância de higienizar as mãos, pode apresentar uma tendência ao relaxamento com a redução do número de internações na rede pública de saúde.
“Como o número de casos de internação tem reduzido, podemos pensar que o problema já passou e que esse cuidado não precisa mais ser seguido. Mas todos precisamos encarar a higienização das mãos como um hábito de combate não só à Covid-19, mas a outras doenças também”, orienta.
Embora a principal forma de contaminação pelo novo coronavírus seja pela via respiratória, a transmissão pode ocorrer ao se passar as mãos nos olhos ou na boca. O alerta para esse risco vem sendo enfatizado pelos trabalhadores de saúde nas unidades da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), afirma a diretora do Departamento de Atenção Primária, Sonja Ale Farias.
“Seja no momento de espera das consultas, da dispensação dos medicamentos ou nos consultórios médicos, sempre reiteramos a necessidade da higienização das mãos e ensinamos o passo a passo desse processo de higienização”, acentua Sonja.
Hábito
A lavagem das mãos é importante não só para remover da pele o Sars-Cov-2, que causa a Covid-19, mas também para impedir que problemas originados pela falta de higiene ocorram, a exemplo das gastroenterites (infecções diarreicas), gripes, escabiose (sarna), conjuntivite e outras.
A enfermeira Gerda Santos, que chefia o Núcleo de Saúde da Mulher da Semsa, observa que, de modo geral, a população demonstra saber sobre a importância de higienizar as mãos, seja com álcool em gel ou com água e sabão. “Muitas pessoas ainda subestimam o poder de lavar as mãos para prevenir a Covid-19 e outras doenças”, analisa.
Cuidado com os bebês
Quando o tema higienização das mãos é relacionado aos cuidados com os bebês, algumas orientações devem ser seguidas, recomenda Gerda Santos. Quando nasce, a criança deve ser colocada imediatamente em contato pele a pele com sua mãe, para que as bactérias presentes na pele materna passem para a pele do bebê, aumentando a resistência do recém-nascido.
A partir daí, a mãe deve sempre lavar as mãos com água e sabão (uma combinação muito eficiente no combate a microrganismos), antes e depois de amamentar, trocar a fralda do bebê e de pegar em objetos e roupas de uso da criança. São cuidados essenciais para proteger o sistema imunológico da criança, que ainda está se desenvolvendo e, portanto, está mais vulnerável às doenças, dentre elas a Covid-19, que também afeta recém-nascidos.
Outro mal que pode afetar os bebês e está diretamente relacionado à higiene das mãos maternas é o impetigo bolhoso, infecção da pele altamente contagiosa. “Essa infecção é causada pela bactéria Staphylococcus aureus. Quando as lesões do impetigo são extensas, é necessário prescrever um antibiótico, mas isso pode ser evitado com a higienização das mãos e objetos do bebê.
Forma correta de lavar as mãos:
Passo 1
Abrir a torneira e molhar os pulsos e as mãos. Em seguida, ensaboar a palma das mãos, ensaboar a torneira, fechando o fluxo de água, ensaboar novamente a palma, depois punho, o dorso das mãos, cada um dos dedos, os espaços interdigitais e polpas digitais.
Passo 2
Depois deve-se abrir a torneira e proceder ao enxágue, deixar a água escorrer abundantemente pelos punhos e, em seguida, pelas mãos, até que todo o sabão seja removido.
Passo 3
Deve-se juntar as mãos em forma de concha, enchê-las de água e proceder ao enxágue da torneira, para só então, com as mãos limpas, fechar a torneira, igualmente higienizada.
Passo 4
É importante que as mãos não sejam chacoalhadas, após a lavagem, pois, caso não tenham sido devidamente higienizadas, ao se fazer este movimento, pode-se espirrar água contaminada sobre as superfícies ao redor. Além do mais, objetos molhados ou úmidos tornam-se locais propícios para proliferação de bactérias.
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Texto – Tânia Brandão / Semsa
Fotos – Divulgação/Semsa
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