sábado, junho 21, 2025
Sem resultados
Visualizar todos os resultados
O Verídico
  • Principal
  • Política
  • Amazonas
  • Brasil
  • Mundo
  • Judiciário
  • Economia
  • Principal
  • Política
  • Amazonas
  • Brasil
  • Mundo
  • Judiciário
  • Economia
Sem resultados
Visualizar todos os resultados
O Verídico
Sem resultados
Visualizar todos os resultados
Inicial Politica

Estados rejeitam mudar ICMS de combustíveis e deputados atacam preços da Petrobras

por marceloleite
19 de maio de 2021
no Politica
0
Estados rejeitam mudar ICMS de combustíveis e deputados atacam preços da Petrobras
0
Compartilhamentos
4
Visualizações
Share on FacebookShare on Twitter

19/05/2021 – 16:13  

Marcelo Camargo/Agência Brasil

Alíquotas para gasolina comum nos estados vão de 25% a 34%

O secretário-adjunto da Fazenda de Minas Gerais, Luiz Cláudio Fernandes Gomes, declarou que o Comitê Nacional de Secretários de Fazenda, Finanças, Receita ou Tributação dos Estados e do Distrito Federal (Consefaz) é contra as mudanças na tributação do ICMS de combustíveis.

PUBLICIDADE

Os deputados da Comissão de Finanças e Tributação da Câmara discutiram nesta quarta-feira (19), com representantes dos estados, do setor de combustíveis e da Agência Nacional de Petróleo (ANP), o Projeto de Lei Complementar (PLP) 16/21, do Poder Executivo, que modifica o recolhimento e unifica as alíquotas do tributo estadual.

O objetivo da proposta é simplificar o sistema e evitar oscilações nos preços ao consumidor. No entanto, os deputados entenderam que o ICMS não é o principal responsável pelas altas recentes no custo dos combustíveis. Apesar de reconhecerem o impacto do tributo no valor pago nos postos de abastecimento, eles culparam a política da Petrobras que vincula os preços ao mercado internacional.

“Não se pode colocar toda a culpa nos governadores ou na União. Devemos buscar as causas reais, e uma delas é o ICMS. A diferença da alíquota entre estados é superior a 10%”, ponderou o presidente da comissão, deputado Julio César (PSD-PI).

O deputado Sidney Leite (PSD-AM) reclamou que os custos da Petrobras não são transparentes e auditáveis. “Que seja muito claro da Petrobras o que incide neste custo. Tem servidores da Petrobras que não trabalham em plataformas, que não correm risco, mas recebem gratificações como se estivessem na ponta do processo”, criticou.

O deputado Merlong Solano (PT-PI) declarou que o preço do combustível não terá solução somente com mudanças de ordem tributária. “É preciso colocar em pauta a opção pelo preço da paridade internacional. O Brasil tem reservas em abundância, tem experiência tecnológica suficiente, parque industrial subutilizado”, observou. “Está havendo um problema de definição de prioridade, que passou a ser o interesse dos acionistas. Não se pode buscar 100% o interesse do mercado, precisamos de um meio termo. Nem tanto ao mercado, nem tanto ao estado”, ponderou.

Já o deputado Christino Aureo (PP-RJ) sugeriu que as mudanças no recolhimento e na alíquota do ICMS de combustíveis sejam realizadas junto com a reforma tributária, para assegurar princípios constitucionais. “Temos carga tributária exagerada, mal distribuída e mal informada à sociedade sobre como se compõe e distribui. O PLP 16/21 tem pontos positivos, mas sem estabelecer ambiente adequado de discussões com os estados, ele não evolui”, alertou.

Christino Aureo também defendeu o equilíbrio entre a oferta e logística brasileira com os preços de importação de combustíveis. “Que a paridade não seja tão crua. Devemos construir uma solução duradoura em vez da mágica que se espera a cada crise no mercado de transportes, com caminhoneiros ou com a sociedade”, sugeriu.

Preços e arrecadação
O principal temor dos estados é a perda da arrecadação, já que o ICMS de combustíveis é a sua principal fonte de receita, equivalente a quase 20% do total. O mercado de combustível foi responsável por uma arrecadação de R$ 130 bilhões no ano passado, sendo R$ 81 bilhões somente em ICMS.

Luiz Cláudio Fernandes Gomes afirmou que o ICMS não é o vilão do aumento de preços de combustíveis. Ele observou que, entre 2017 e 2021, o preço do diesel em Minas Gerais subiu 27,06%, enquanto a alíquota não teve variação. O secretário culpou a inflação, a alta de 72% no dólar e de 100,5% no barril do petróleo.

Fernandes Gomes afirmou que a mudança na tributação não vai contribuir para estabilizar os preços. O secretário também teme que a unificação da alíquota leve a uma aumenta nos preços de combustíveis em alguns estados. “São Paulo tem alíquota menor do que a nacional. Se o estado adotar média nacional, terá pico de inflação”, alertou. Ele criticou o PLP 16/21 por acreditar que uma alíquota unificada prejudica a autonomia dos estados de fixar as alíquotas, e apontou para as dificuldades de alcançar uma unanimidade no Confaz para alterar a alíquota.

Pesquisadora do Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (Ineep), Carla Borges Ferreira concordou que o ICMS não é o principal responsável pela alta do preço dos combustíveis. Na variação do custo do diesel entre maio de 2020 e fevereiro de 2021, o fator mais significativo foi o aumento do preço das refinarias, que segundo ela teve um impacto de R$ 0,60 no litro vendido no posto de abastecimento. Carla também notou que a recente isenção de tributos federais nos combustíveis não chegou ao consumidor. Os preços ficaram estáveis porque a redução dos tributos federais foi incorporada por outros agentes do setor, que se aproveitaram da oportunidade para reajustar o preço de produção, a margem de revenda e o ICMS.

A pesquisadora também culpou o preço de paridade de importação da Petrobras, que são afetados pela alta do dólar e custos de logística, provocando maior volatilidade e constantes aumentos. “A única queda significativa do diesel foi por causa da queda dos preços internacionais do barril do petróleo, durante a pandemia de coronavírus”, notou. Ela alertou que o PLP 16/21 pode não alcançar o objetivo de reduzir o preço na bomba. “Alterações na tributação têm funcionado como medidas paliativas, mas não resolvem a questão da alta dos preços de sua volatilidade”, explicou.

Alíquotas
Apesar de reconhecer que o ICMS não é o fator fundamental para definir o preço do combustível, o professor de Direito da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Eduardo Maneira defendeu as mudanças previstas no PLP 16/21. “Não existe hoje alíquota média ou baixa de combustíveis, tem alíquotas altas e altíssimas, chegando a 34%. Isso revela a dependência dos estados com os combustíveis”, afirmou.

O superintendente de Defesa da Concorrência da Agência Nacional do Petróleo (ANP), Bruno Caselli, chamou a atenção para as diferenças entre as alíquotas de combustíveis nos estados, especialmente para a gasolina comum, que vão de 25% a 34%. “O etanol tem comportamento diferente, com alguns estados procurando dar incentivo maior à produção local, em Minas Gerais, Paraná e São Paulo. Por ser um insumo para o transporte de cargas, as alíquotas do diesel são inferiores às da gasolina, variando de 12% a 25%. O GLP tem dois patamares: estados com alíquotas na ordem de 12% e de 18%”, afirmou.

Miguel Ângelo/CNI

Deputados reclamam que custos da Petrobras não são transparentes ou auditáveis

Recolhimento
Além de unificar as alíquotas, o PLP 16/21 muda a forma de recolhimento do ICMS. Esta é uma das principais razões para defesa da proposta pelo gerente-geral de Contabilidade e Tributário da Petrobras, Cristiano Gadelha Vidal Campelo.

Hoje, com a técnica de substituição tributária, o recolhimento do ICMS devido pela operação própria da refinaria, das distribuidoras e dos postos revendedores é antecipado pela própria refinaria. Mas como há mudanças entre o preço estimado na hora do recolhimento na refinaria, com a base de cálculo presumida, e o preço praticado nas bombas de abastecimento, a tributação não é definitiva e requer compensações posteriores com pedidos de restituição ou complementação de preço.

O PLP instituiu um sistema de tributação monofásico, em que o imposto é recolhido de forma concentrada na refinaria e nas usinas de etanol e biodiesel. Com a concentração da carga nos produtores, não haveria incidência de ICMS na venda entre distribuidoras e postos revendedores, e dos postos para os consumidores finais. Como a alíquota é especifica, não há variação de arrecadação ao longo da cadeia produtiva.

“A sistemática atual é um sistema complexo, com elevados gastos com conformidade fiscal e grande variedade de alíquotas, que mudam de acordo com o combustível, estado e operações”, lamentou o gerente da Petrobras.

“Não há previsibilidade na arrecadação, que varia de acordo com o preço do combustível e gera acúmulo de créditos de ICMS nas distribuidoras, com pedidos de restituição”, completou. Campelo espera que a monofasia dê maior previsibilidade na arrecadação, com uma alíquota uniforme em todos os estados. “Isso dá maior transparência e simplificação. Permite que a sociedade conheça o valor do imposto embutido no produto e melhora o ambiente tributário no setor de combustíveis, com praticidade no cálculo do imposto”, esclareceu.

O professor Eduardo Maneira concorda que o novo sistema de incidência do ICMS proposto é mais racional, simplifica e dá mais segurança ao contribuinte. “Por causa da base de cálculo presumida, o sistema atual traz ônus muito grande para Petrobras, que funciona como grande câmara de compensação, com restituições periódicas quando se cobrou a mais do que o praticado”, disse.

Sonegação
O diretor-executivo do Instituto Combustível Legal (ICL), Guilherme Theófilo, defendeu a aprovação do PLP 16/21 por acreditar que a proposta vai combater as fraudes no setor, que representam uma sonegação de R$ 14 bilhões em combustíveis, segundo estimativa da Fudanção Getulio Vargas. Ele lembrou que há R$ 70 bilhões inscritos em dívidas ativas da União. “O PLP 16/21 é de suma importância, estratégica para o setor pela simplificação tributária e redução dos custos burocráticos. Vai combater o mercado irregular, contribuindo para maior arrecadação de tributos. Trará benefícios para toda a sociedade”, elogiou.

A diretora-executiva de Downstream do Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP), Valéria Lima, também espera que a simplificação da estrutura tributária aumente a transparência, melhore o ambiente de negócios, atraia novos investimentos e reduza os custos do setor, desonerando o consumidor. “A sistemática atual é complexa e custosa, estimula a sonegação e promove o mercado irregular. A carga tributária está na ordem de 44% da gasolina e 24% do preço do diesel”, observou.

Reportagem – Francisco Brandão
Edição – Geórgia Moraes

Assuntos: Câmara Federalúltimas notícias
marceloleite

marceloleite

Próxima notícia
Sistema de gestão da Amazonprev mantém certificação ISO 9001 pelo 11º ano consecutivo

Sistema de gestão da Amazonprev mantém certificação ISO 9001 pelo 11º ano consecutivo

Recommended

Vereador Lissandro Breval lança "Gabinete Mobile” para aproximar diálogo com a população

Vereador Lissandro Breval lança "Gabinete Mobile” para aproximar diálogo com a população

4 anos ago
Se O Espírito De Deus Se Move Em Mim | DVD Davi | Crianças Diante do Trono

Se O Espírito De Deus Se Move Em Mim | DVD Davi | Crianças Diante do Trono

9 anos ago

Popular News

    Connect with us

    • Principal
    • Política
    • Amazonas
    • Brasil
    • Mundo
    • Judiciário
    • Economia

    Sem resultados
    Visualizar todos os resultados
    • Principal
    • Política
    • Amazonas
    • Brasil
    • Mundo
    • Judiciário
    • Economia