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Por Agência Amazonas
A iniciativa da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (Sedecti) de visitar municípios do interior do Amazonas para fazer a divulgação das funcionalidades da Rede de Recursos Humanos e Inteligência para a Sustentabilidade da Amazônia (Rede Rhisa) foi bem aceita pelos pesquisadores de Itacoatiara (a 176 quilômetros de Manaus).
O encontro com professores e pesquisadores das Instituições de Ensino e Pesquisa de Itacoatiara aconteceu na manhã da terça-feira (31/08), no auditório do Instituto de Ciências Exatas e Tecnologia (Icet) da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), naquela cidade.
Na avaliação do secretário titular da Sedecti, Jório Veiga, que esteve presente nos dois dias de reuniões de articulação em Itacoatiara, a missão teve um bom resultado com a participação dos profissionais.
“Tivemos uma reunião muito boa com os pesquisadores, onde houve a oportunidade de explicar a eles o que é a Rede e quais os potenciais que nós temos. Ficamos felizes de encontrar as portas abertas, com uma boa receptividade, além do desejo deles de participarem da Rede, fazendo intercâmbio com outros profissionais e podendo integrar-se a todos os benefícios que ela proporciona”, avaliou Veiga.
O secretário reforçou que “é através da plataforma da Rede Rhisa que será possível ter acesso à várias informações de inteligência e do conhecimento amazônico, além de participar de editais”.
“Temos aqui em Itacoatiara mais de 200 mestres e doutores e isso é uma fortaleza muito grande porque, é através desse pessoal que poderemos gerar mais que pesquisa. Poderemos gerar atividade econômica para a população que vive no interior”, enfatizou o secretário.
Para a professora Elisângela Silva de Oliveira, que é coordenadora da Qualidade de Ensino da Universidade do Estado do Amazonas (UEA) de Itacoatiara, a participação no encontro trouxe uma impressão positiva sobre a plataforma.
“Fiquei muito satisfeita com as ideias sobre a Rede (Rhisa) porque todos nós do interior do Amazonas precisamos unir o nosso potencial, trabalhar em rede para que este estado cresça, principalmente os interiores, porque o Amazonas tem muitas riquezas. Essa união é muito importante para mostrar o trabalho que cada pesquisador está fazendo e, principalmente, a união das Instituições junto às comunidades de base, com as quais nós trabalhamos, seja no ensino, na pesquisa ou na extensão”, avaliou.
O diretor do Icet-Ufam de Itacoatiara, Geone Maia Corrêa, destacou a proposta da Rede Rhisa em parceria com a Sedecti, a qual cria várias oportunidades para os pesquisadores da região amazônica.
“Quero agradecer esse projeto da Sedecti com a Rede Rhisa porque é um projeto muito importante, que pode ajudar a resolver a problemática de nossos comunitários e dar oportunidade para que os pesquisadores possam se unir na busca de soluções”, declarou o diretor.
Inteligências do Amazonas e da Amazônia
Conforme a secretária executiva de Ciência, Tecnologia e Inovação da Sedecti, Tatiana Schor, o trabalho inicial de mapeamento do quantitativo de mestres e doutores no Amazonas foi o balizador para a criação da plataforma, que deve crescer ainda mais.
“Com esse mapa, nós começamos a construir a Rede para identificar e espacializar a distribuição de mestres e doutores no estado. Foi possível perceber que precisamos organizar uma forma com a qual essa inteligência que está instalada no nosso estado se conecte. Então, construímos a Rede Rhisa, que tem como primeira finalidade articular e reconhecer as inteligências que estão no Amazonas e, depois, na Amazônia”, ressaltou Tatiana.
Ela destaca ainda que a ideia é fazer com que a Rede Rhisa possa trazer para junto as associações, as cooperativas, o extrativismo e a agricultura familiar, o setor privado e a gestão pública.
“Dessa forma, poderemos, de fato, ter um desenvolvimento econômico pautado na Ciência, Tecnologia e Inovação e que tenha como premissa, uma economia justa, igualitária e sustentável para a Amazônia”, esclareceu a secretária executiva, que também coordena a Rede Rhisa.
Ciência e saúde
Para o professor Henrique Pereira, que é coordenador técnico da Rede Rhisa, a boa ciência é fundamental para auxiliar a sociedade em diversas situações, principalmente as de saúde pública.
“Neste momento, a cidade de Itacoatiara vive uma crise sanitária provocada por uma síndrome, uma doença cuja causa é desconhecida. E esse é exatamente o momento em que a sociedade precisa se socorrer da boa ciência. (Daí) a importância de nós termos aqui uma solução, uma resposta rápida, uma certeza que possa orientar a conduta das autoridades sanitárias, além da proteção da saúde pública”, reforçou o coordenador.
Para Henrique, a Rede Rhisa vem exatamente para aproximar a sociedade dessa inteligência, desses recursos humanos que já existem e estão instalados aqui na região.
“Talvez, muito próximo da gente possa estar esse saber, essa inteligência que possa nos ajudar a resolver problemas como esse de saúde pública, problemas ambientais e problemas econômicos”, conclui o pesquisador.