21/03/19 11h29
Ter uma marca reconhecida internacionalmente é o sonho da maioria dos empreendedores. Porém, fazer negócios em outros países não é algo simples e diversos fatores, tais como burocracia, logística eficiente e até mesmo diferenças culturais, podem ser determinantes no sucesso ou fracasso da expansão internacional.
Segundo o Global Entrepreneurship Monitor (GEM) 2018/2019, estudo realizado por pesquisadores de mais de 100 países, o Brasil é considerado um dos países menos internacionalizados do mundo. Para mudar essa realidade, o StartOut Brasil surgiu com a meta de aumentar o volume de negócios com o exterior por meio do apoio à inserção de startups brasileiras promissoras nos principais ecossistemas de inovação do mundo.
Realizado pelo Ministério da Economia, Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), Ministério das Relações Exteriores (MRE), Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec), o programa gratuito compreende todas as fases da internacionalização de uma startup.
“O Brasil tem cerca de 25 mil exportadores, mas representa apenas 3% do mercado mundial. Visando a aumentar essa porcentagem e ajudar as startups brasileiras a levarem suas soluções para outros países e, quem sabe, se estabelecerem neles, criamos o StartOut Brasil”, afirma Igor Nazareth, Subsecretário de Inovação do Ministério da Economia.
Iniciativas como o StartOut preparam empreendedores para se conectarem com investidores e potenciais clientes e parceiros nos mais promissores ecossistemas globais por meio de consultorias, capacitações e mentorias. Em um ano de programa, 56 startups tiveram a oportunidade de se conectarem com alguns dos principais players de Buenos Aires, Paris, Berlim, Miami e Lisboa.]
Para 2019, o StartOut Brasil selecionou criteriosamente quatro novos destinos: Santiago (Chile), Toronto (Canadá), Londres (Inglaterra) e Xangai (China). Essas cidades foram escolhidas com base em critérios como a existência de ambiente de investimentos para startups estrangeiras, o tamanho e a maturidade do ecossistema de inovação, além do custo da missão para o empreendedor.
PRÓXIMOS CICLOS
Entre os dias 24 e 29 de março ocorre a primeira missão do ano. Foram selecionadas 20 startups para imergir no ecossistema de Santiago. Essas empresas participarão de seminário de oportunidades, reuniões com prestadores de serviços e encontros de negócio organizados pelo programa, realizarão visitas a aceleradoras, incubadoras e empresas locais e também farão uma apresentação para possíveis investidores e parceiros.
O segundo ciclo, que acontecerá em Toronto, já está com inscrições abertas. Os interessados tem até o dia 8 de abril de 2019 para fazer seu cadastro no site do StartOut Brasil. As startups selecionadas para a missão, que acontece em junho, serão divulgadas no dia 7 de maio.
STARTOUT BRASIL
Para se inscrever no StartOut Brasil, as empresas precisam ter faturamento (de preferência acima de R$500 mil por ano) ou já ter recebido algum tipo de investimento. Os empreendedores também devem ter fluência em inglês. O programa é destinado a startups brasileiras que já tenham tração no mercado doméstico e condições concretas de se internacionalizar sem comprometer suas operações no país.