O senador Paulo Rocha (PT-PA) denunciou, nesta quarta-feira (27), uma chacina ocorrida no fim de semana em Tucuruí, no nordeste do Pará. O parlamentar relatou que, na madrugada do dia 22 de março, Dilma Ferreira Silva, líder do Movimento dos Atingidos por Barragens, foi torturada e morta. Além de Dilma, mais cinco pessoas foram assassinadas.
O senador afirmou que, segundo apuração da polícia, o fazendeiro mandante do crime, Fernando Ferreira Rosa, pretendia expulsar parte dos trabalhadores rurais que vivem no assentamento localizado ao lado de sua propriedade. De acordo com Paulo Rocha, Dilma representava um obstáculo e precisava ser eliminada por ser líder do movimento. Ele disse ainda que funcionários da fazenda foram mortos porque ameaçaram entrar com uma ação trabalhista contra o fazendeiro.
— É, portanto, nossa obrigação denunciar esses crimes, exigir a apuração, mas, sobretudo, nos indignar contra essa forma de resolver os conflitos pela posse da terra e de outros recursos naturais, especialmente na Amazônia. Esses costumes bárbaros precisam ser eliminados — disse.
O parlamentar disse ainda que são necessárias políticas públicas que assegurem a reforma agrária, o fortalecimento dos assentados, além de crédito e assistência técnica para o agricultor, o pescador e o extrativista. O senador destacou ainda que o atual governo não apoia os movimentos sociais, mas fortalece os setores conservadores e defensores da violência no campo.
— Mas nós não vamos nos calar e vamos resistir a essa escalada de ódio e intolerância que é marca desse governo.