O senador Paulo Rocha (PT-PA) acusou nesta terça-feira (2), em Plenário, o presidente da República, Jair Bolsonaro, de entregar a Amazônia aos interesses do capitalismo internacional.
De acordo com o senador, o Brasil tem sido relegado ao papel de fornecedor de commodities, apenas um exportador de bens primários, como é o caso de grãos e de minérios. Ele se mostrou preocupado com a cobiça internacional e o controle da Amazônia. Ele informou que os parlamentares formarão uma frente parlamentar para resistir aos ataques à região.
— A sucessão de ataques à Amazônia visa ao controle e à posse do território para fins acumulativos privados internacionais, com a abertura de exploração, sobretudo, das riquezas minerais, inclusive (…) nas terras indígenas. O poder energético que tem aquela região e tantos outros poderes — ressaltou.
Paulo Rocha salientou a importância econômica da biodiversidade da região e da floresta em pé. Ele destacou que a preservação do meio ambiente é necessária para garantir crescimento econômico e combater as desigualdades sociais. O senador observou que, mesmo fornecendo tantas riquezas para o Brasil e o mundo, o estado do Pará ainda tem um dos menores índices de desenvolvimento humano (IDH) do país. No seu entendimento, a região não se desenvolverá por meio da exploração predatória, mas com bases solidárias e justas, centradas no bem comum.
— Tudo isso é possível numa região que tem riqueza para todos, e tem espaço para todos, e tem oportunidade para todos, basta ter governos que criem esta possibilidade e estas oportunidades — disse.