MARCO ANTONIO CALEJO
DA REDAÇÃO
Diversos representantes de entidades sociais e religiosas ligadas a Igreja Católica participaram de uma solenidade, nesta quinta-feira (4/4), na Câmara Municipal de São Paulo, sobre temas da Campanha da Fraternidade 2019, intitulada Fraternidade e Políticas Públicas. O evento foi uma iniciativa dos vereadores Juliana Cardoso (PT) e Eduardo Suplicy (PT).
A Campanha da Fraternidade é uma ação organizada pela CNBB (Confederação Nacional dos Bispos do Brasil) todos os anos, no período da Quaresma, entre o Carnaval e a Páscoa. O objetivo da campanha é despertar a solidariedade dos fiéis e da sociedade para os problemas sociais e a busca de soluções.
Para o vereador Suplicy, este é um período de reflexão. “É o momento de pensarmos em como poderemos colocar em prática os instrumentos de política econômica e social que contribuam para uma sociedade justa, solidária e fraterna em nosso Brasil”, disse o vereador. Já a vereadora Juliana Cardoso ressaltou a importância de levar o tema de 2019 para dentro da Câmara paulistana. “A vinda da campanha para cá é para dar luz, principalmente aos vereadores, e mostrar o quanto é importante pensarmos na comunhão do bem das pessoas”, disse a vereadora.
Também presente à sessão, o vereador Cláudio Fonseca (CIDADANIA23) elogiou a discussão de políticas públicas para a cidade, na Câmara Municipal. “A Sessão Solene também serve como um alerta à sociedade para a necessidade do seu engajamento, da sua união em defesa de uma cidade melhor, de um estado melhor e de um Brasil melhor”, comentou Fonseca.
Toninho Vespoli (PSOL) destacou a relevância do tema deste ano. “Este é o momento de dialogar bastante com o povo e mostrar que existem soluções para os problemas. Podemos discutir juntos os nossos problemas. E juntos arrumarmos uma saída para eles”, disse Vespoli.
De acordo com o bispo-auxiliar de São Paulo, dom Luiz Carlos Dias, a Campanha da Fraternidade é um instrumento de diálogo entre a Igreja Católica e a sociedade. “Nós esperamos que um tema como este, de forte apelo, estenda o olhar para os nossos irmãos que não têm os seus direitos respeitados”, afirmou o bispo-auxiliar.
O velejador Daniel Dantas participou da Sessão Solene. Ele é um dos três velejadores brasileiros detidos injustamente, em 2017, por 18 meses, em Cabo Verde, na África, acusados de tráfico internacional de drogas.
“É um tema difícil de ser encarado por muitos políticos. O Eduardo Suplicy foi a pessoa que conheceu o caso e, com o aval da Polícia Federal, comprou a briga, foi até Cabo Verde, participou de reuniões com políticos cabo-verdianos, e a partir daí o caso tomou outra denotação”, disse Dantas.