06/05/19 12h25
Intercâmbio virtual tem foco nas estratégias de aprendizagem colaborativa on-line, com módulo que dura cerca de seis semanas
Governo do Estado de São Paulo
A visita do professor Kelly Wessel à Faculdade de Ciências e Engenharia de Tupã, no começo de abril, marcou o início de um projeto de intercâmbio virtual entre a Universidade Estadual Paulista (Unesp) e a Tompkins Cortland Community College, sediada na cidade de Dryden, em Nova York, nos Estados Unidos.
A iniciativa integra uma proposta da universidade de convidar docentes a elaborar estratégias de aprendizagem colaborativa on-line em parceria com colegas no exterior. O projeto recebeu o nome de BraVe (ou Brazilian Virtual Exchange).
O parceiro do visitante norte-americano em Tupã é o professor Rodrigo Manzione, que ministra a disciplina de Engenharia de Biossistemas no campus da cidade. A partir de um edital publicado pela Pró-Reitoria de Graduação e a Assessoria de Relações Externas, os dois professores foram colocados em contato e começaram a elaborar a atividade. Kelly Wessel ministra a disciplina de Tecnologia Ambiental na instituição norte-americana.
“O modulo foi desenvolvido para durar cerca de seis semanas, na forma de um apêndice à disciplina que eu leciono. Nas atividades, os alunos serão expostos a questões relacionadas às mudanças climáticas, no intuito de refletirmos sobre como criar nossos sistemas mais fortes e preparados para os possíveis efeitos desta alteração do clima”, salienta Rodrigo Manzione.
Atividades
O docente explica que o módulo incluirá atividades em vídeo e a interação por meio de fóruns e posts, tudo pensado sob a ótica dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), conjunto de 17 metas propostas pela ONU, em 2015. “Decidimos dividir as atividades em duas questões principais: a segurança alimentar e a segurança hídrica, que correspondem às ODS número 2 e 5, respectivamente”, acrescenta o professor.
Em 2018, seis professores de diversos campus da Unesp (Araraquara, Bauru, Botucatu, Guaratinguetá, São José do Rio Preto e São Vicente) estabeleceram parcerias com colegas estrangeiros e desenvolveram a estratégia com estudantes de graduação em projetos-piloto que tiveram impactos positivos.
A professora Ana Cristina Biondo Salomão, coordenadora do BraVe, destaca que a estratégia não tem uma “fórmula pronta” nem se caracteriza como “método”. A parceria, inclusive, pode ocorrer com docentes que lecionam em cursos diferentes. Basta que haja uma temática comum interessante a eles.
“Os assuntos são afins, mas as disciplinas nem os cursos precisam ser os mesmos”, completa a docente do Departamento de Letras Modernas da Faculdade de Ciências e Letras da Unesp em Araraquara.
Treinamento
Os docentes envolvidos com o BraVe passam por um treinamento em que são apresentadas técnicas e recursos para o desenvolvimento do módulo. Além da visita do professor norte-americano a Tupã, Rodrigo Manzione também esteve nos Estados Unidos, em contato com a turma do professor parceiro.
Na interação no âmbito do projeto BraVe, também foram feitas palestras abertas à comunidade, no mês de abril, em Tupã e Presidente Prudente, sobre “Ação Ambiental na Era Trump”.