Setecentos médicos de unidades públicas de saúde estão recebendo hoje (8) treinamento gratuito sobre insuficiência cardíaca, durante o 36º Congresso de Cardiologia, promovido pela Sociedade de Cardiologia do Estado do Rio de Janeiro (Socerj). Desse total, 300 são médicos da rede de saúde do Estado, 300 da capital fluminense e 100 de Niterói, município da região metropolitana do Rio.
O curso, em sua terceira edição, é feito a partir de convênio firmado com os governos estadual e municipais, informou o cardiologista Marcelo Garcia, presidente do Departamento de Insuficiência Cardíaca e Cardiomiopatias da Socerj. Em 2017, o tema abordado foi prevenção cardiovascular e, no ano passado, hipertensão. Em cada um dos cursos participaram 600 profissionais da área da saúde.
Além do curso, os médicos da atenção básica de saúde recebem o Manual de Insuficiência Cardíaca, do qual Garcia é um dos autores. “O que é falado em aula está contido também no manual”, disse o especialista à Agência Brasil. Os profissionais também podem participar do congresso. “Eles seguem se atualizando no congresso. Vai ser uma revisão bastante interessante para eles”.
A insuficiência cardíaca é caracterizada pela dificuldade do coração em bombear sangue para o corpo, o que compromete as funções e necessidades do organismo. Algumas doenças crônicas podem causar a insuficiência, entre elas hipertensão arterial, doença arterial coronariana, fibrilação atrial, diabetes, insuficiência renal crônica, obesidade e até depressão.
Segundo Garcia, a insuficiência cardíaca é altamente prevalente. Os últimos dados disponíveis indicam que 23 milhões de pessoas no mundo são hoje portadoras de insuficiência cardíaca. “As pessoas estão vivendo mais, elas têm muita doença coronária, doença sistêmica, hipertensiva. Isso, antigamente, não era tratado da mesma maneira, as medidas preventivas também eram menores. Hoje, a população vive mais e a doença final vai ser insuficiência cardíaca”.
O Congresso de Cardiologia prossegue até a próxima sexta-feira (10), no Rio.
Insuficiência
O 1º Registro Brasileiro de Insuficiência Cardíaca (Breathe, do inglês Brazilian Registry of Acute Heart Failure), elaborado em 2015, com base em dados de vários centros especializados nacionais das cinco regiões brasileiras, constatou elevada taxa de mortalidade por insuficiência cardíaca e uma grande taxa de reinternações, lembrou Garcia. Pelo menos 50% dos pacientes retornam em 90 dias.
“Um paciente que foi internado hoje, até agosto ele vai ser internado de novo. Quando um paciente procura um serviço médico, uma urgência, unidade de pronto atendimento, esse paciente está ligando um sinal de alerta, no sentido de que é um paciente mais delicado, mais suscetível a eventos com mais reinternações”. Se a equipe que der o primeiro atendimento tiver a visão de que aquele paciente é muito suscetível a novos eventos e novas internações, isso vai ajudar bastante, segundo o cardiologiasta.
O estudo Breathe mostrou elevada taxa de mortalidade intra hospitalar por insuficiência cardíaca no Brasil, da ordem de 12,6%. Comparando com dados internacionais, a taxa observada no Brasil é quatro ou três vezes maior. A taxa de mortalidade em países do primeiro mundo costuma variar entre 3% e 4%, no máximo 5%, apontou.
Edição: Maria Claudia
Setecentos médicos de unidades públicas de saúde estão recebendo hoje (8) treinamento gratuito sobre insuficiência cardíaca, durante o 36º Congresso de Cardiologia, promovido pela Sociedade de Cardiologia do Estado do Rio de Janeiro (Socerj). Desse total, 300 são médicos da rede de saúde do Estado, 300 da capital fluminense e 100 de Niterói, município da região metropolitana do Rio.
O curso, em sua terceira edição, é feito a partir de convênio firmado com os governos estadual e municipais, informou o cardiologista Marcelo Garcia, presidente do Departamento de Insuficiência Cardíaca e Cardiomiopatias da Socerj. Em 2017, o tema abordado foi prevenção cardiovascular e, no ano passado, hipertensão. Em cada um dos cursos participaram 600 profissionais da área da saúde.
Além do curso, os médicos da atenção básica de saúde recebem o Manual de Insuficiência Cardíaca, do qual Garcia é um dos autores. “O que é falado em aula está contido também no manual”, disse o especialista à Agência Brasil. Os profissionais também podem participar do congresso. “Eles seguem se atualizando no congresso. Vai ser uma revisão bastante interessante para eles”.
A insuficiência cardíaca é caracterizada pela dificuldade do coração em bombear sangue para o corpo, o que compromete as funções e necessidades do organismo. Algumas doenças crônicas podem causar a insuficiência, entre elas hipertensão arterial, doença arterial coronariana, fibrilação atrial, diabetes, insuficiência renal crônica, obesidade e até depressão.
Segundo Garcia, a insuficiência cardíaca é altamente prevalente. Os últimos dados disponíveis indicam que 23 milhões de pessoas no mundo são hoje portadoras de insuficiência cardíaca. “As pessoas estão vivendo mais, elas têm muita doença coronária, doença sistêmica, hipertensiva. Isso, antigamente, não era tratado da mesma maneira, as medidas preventivas também eram menores. Hoje, a população vive mais e a doença final vai ser insuficiência cardíaca”.
O Congresso de Cardiologia prossegue até a próxima sexta-feira (10), no Rio.
Insuficiência
O 1º Registro Brasileiro de Insuficiência Cardíaca (Breathe, do inglês Brazilian Registry of Acute Heart Failure), elaborado em 2015, com base em dados de vários centros especializados nacionais das cinco regiões brasileiras, constatou elevada taxa de mortalidade por insuficiência cardíaca e uma grande taxa de reinternações, lembrou Garcia. Pelo menos 50% dos pacientes retornam em 90 dias.
“Um paciente que foi internado hoje, até agosto ele vai ser internado de novo. Quando um paciente procura um serviço médico, uma urgência, unidade de pronto atendimento, esse paciente está ligando um sinal de alerta, no sentido de que é um paciente mais delicado, mais suscetível a eventos com mais reinternações”. Se a equipe que der o primeiro atendimento tiver a visão de que aquele paciente é muito suscetível a novos eventos e novas internações, isso vai ajudar bastante, segundo o cardiologiasta.
O estudo Breathe mostrou elevada taxa de mortalidade intra hospitalar por insuficiência cardíaca no Brasil, da ordem de 12,6%. Comparando com dados internacionais, a taxa observada no Brasil é quatro ou três vezes maior. A taxa de mortalidade em países do primeiro mundo costuma variar entre 3% e 4%, no máximo 5%, apontou.
Edição: Maria Claudia