Com a abertura de inscrições para os principais vestibulares do país, como o ENEM (saiba mais aqui), estudantes em toda a rede pública de São Paulo começam a se preparar para os exames. Pensando nesse momento de estudo e atenção, o Centro Paula Souza (CPS) reuniu, no YouTube, aulas específicas de educadores das Escolas Técnicas (Etecs) e Faculdades de Tecnologia (Fatecs).
A nova aula, já disponível, é sobre interpretação de texto. Quem ministra o conteído éFrancisco Fagner Araújo Pinheiro, professor da Escola Técnica Estadual (Etec) de Heliópolis. Docente de Língua Portuguesa e coordenador do Ensino Médio da unidade, o educador esteve envolvido com educação e tecnologia em diversos períodos de sua vida: já teve blog, pensou em escrever um livro digital e decidiu criar um canal no YouTube para divulgar o conhecimento.
Veja a primeira aula do projeto Aulas Fundamentais
Chamado de “Prof. Fagner e o Português Nordestino”, o canal tem como objetivo ajudar alunos a vencerem aquilo que ele considera o maior desafio em sala: a preguiça de ler na era das redes sociais e da alta velocidade da informação. “Cada vez menos há espaço para os clássicos da literatura”, explica.
Para criar uma boa prática de leitura em sala, ele inicia seu trabalho com livros que têm mais apelo entre os jovens, como os da série Harry Potter. “Mostro a eles que o personagem Harry é o estereótipo do herói dos clássicos que estudamos”, diz o professor, que também usa filmes e séries para tornar as aulas mais dinâmicas e atrativas.
Internet pode ser aliada dos estudos
Fenômeno recente, as redes sociais e a popularização do celular mudaram a forma de aprender. Hoje, o aluno tem novas formas de receber o conteúdo e professores encaram o desafio de usar a internet à favor do processo formativo de diversas maneiras. Por isso, iniciativas com a “Aulas Fundamentais” são fundamentais para o processo de formação.
Para Haroldo Rocha, secretário executivo da Educação, o uso da tecnologia estimula a criatividade e colabora para criar um ambiente de aprendizado completo: “Hoje, o professor é muito mais um tutor e um curador do conhecimento ao invés de apenas alguém que demonstra o conhecimento para os alunos. O aluno é inquieto e quer alguém que ensine na conversa”, conta.