Duas pessoas foram presas, entre elas, um policial militar apontado como líder de um grupo de milicianos que domina áreas da zona oeste do Rio de Janeiro. As prisões foram feitas por policiais civis da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (DRACO), que deflagraram, hoje (21), nos bairros da Taquara, Rocha Miranda, Praça Seca e Guaratiba, a Operação Barbárie, para cumprir dois mandados de prisão temporária e seis mandados de busca e apreensão contra membros da organização criminosa. De acordo com a Secretaria de Estado de Polícia Civil do Rio de Janeiro (Sepol), o policial militar é apontado como líder do grupo.
A operação, que ainda está em andamento, conta com o apoio de agentes da Corregedoria da Polícia Militar. O delegado William Pena Júnior informou que os dois investigados estão respondendo pelos crimes de extorsão, roubo, estupro e associação criminosa. “Sob falso pretexto de que as vítimas sejam marginais, eles extorquiam, batiam, espancavam para conseguir o dinheiro desses pobres trabalhadores. Eles estão prestando depoimento e já afirmam prática criminosa. Estamos investigando mais outros dois que seriam informantes dessa quadrilha para que a gente possa concluir este inquérito policial”, revelou.
Conforme a Sepol, a operação foi batizada de Barbárie, porque o grupo de milicianos age com extrema violência e humilhação para obtenção de lucro obtido com a prática de extorsão. “Além das sessões de espancamento que as vítimas sofreram, também foi praticada violência sexual contra uma delas”, completou a secretaria.
Polícia Militar
Segundo a Secretaria de Estado de Polícia Militar, a área Correcional da PM já foi informada sobre a prisão do policial. “O referido policial militar era lotado no 41º BPM (Irajá) e está preso, sendo ouvido pela Polícia Civil. O comando da unidade acompanha a acareação na delegacia e a área Correcional da Corporação já foi comunicada do fato”, informou.