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Dia do Imigrante: evento mostra que Santa Catarina continua acolhendo pessoas de todo o mundo

por marceloleite
23 de junho de 2021
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Direitos do Cidadão

23 de Junho de 2021 às 14h55

Dia do Imigrante: evento mostra que Santa Catarina continua acolhendo pessoas de todo o mundo

MPF e parceiros marcam a data com ação em Florianópolis dias 25 e 26/6

Arte do evento. Ao fundo, um grupo de pessoas. Sobre essa imagem, o título do evento Ações Integradas Migrantes. Abaixo, as datas do evento, 25 e 26 de junho, e o local, estacionamento do trapiche da avenida beira-mar norte. Mais abaixo, as logomarcas dos realizadores.


Arte: Ascom/PRSC

Santa Catarina é um estado de imigrantes. Os primeiros, no século 19, eram alemães, italianos, poloneses e ucranianos. Pessoas que buscavam recomeçar a vida em países distantes. Hoje, são haitianos, venezuelanos, argentinos, cubanos e dezenas de outras nacionalidades, em busca do mesmo que os pioneiros. Recomeçar.

Imigrantes2.jpg
“Meu nome é Clefaude Estimable (Clef), vim do Haiti e cheguei ao país em 2015. Deixei minha família no Haiti e vivo aqui sozinho focando no meu estudo. Eu saí do México para vir ao Brasil, pois morava lá. As dificuldades são várias, burocracia para conseguir os documentos migratórios, ter acesso a universidades públicas, validação dos diplomas, (a questão do) trabalho são as principais dificuldades. Desde que cheguei no Brasil, moro em Florianópolis. Hoje a vida vai melhor do que antes, já consigo aprender a língua, aprendo a cultura local, isso facilita a adaptação. Meu sonho é conseguir um trabalho, fazer um mestrado na UFSC, trazer minha sobrinha para estudar aqui e, por fim, contribuir como profissional para retribuir tudo que o Brasil fez para mim e meus compatriotas”.
“Sou Reina Bejarano López, colombiana, em 2015 viemos de ônibus desde meu país para conhecer o Brasil. Então iniciamos a organização de documentação, processo escolar, fizemos aulas de português básico lá na minha cidade. Em 2017, viemos para ficar, eu, Reina, meu marido Fredy Aza, meu filho Saywa, e meus dois filhos mais velhos Angela e Cesar. Eu sou leitora de histórias, escrevo poesia e tenho experiência de trabalho com biblioteca e comunidades. Fredy é técnico de sistemas e luthier (construtor) de instrumentos musicais dos Andes. Ele é músico e dá aulas. Nos reinventamos como artesãos na produção de instrumentos musicais e acessórios sustentáveis. Trabalhamos nas feiras culturais, porque é uma oportunidade para mostrar nossos saberes e experiência. Além disso, podemos dedicar mais tempo para nosso filho, que tem necessidades especiais. Então, entre as maiores dificuldades estão a mudança cultural, ausência de um grupo de apoio, dificuldades de estabelecer relações de amizade livre de preconceito por ser colombianos, dificuldade para aluguel de casa, aluguel muito caro e muita burocracia. Moramos em Florianópolis desde nossa chegada. Temos sonhos, queremos  divulgar a importância da diversidade na construção social, ter espaço fixo para trabalhar e divulgar nosso empreendimento, ter uma casa própria e oferecer ao nosso filho um lugar seguro para morar, onde a educação e formação seja parte da dignidade e qualidade de vida”.
Imigrantes4.jpg
Imigrantes5.jpg
“Sou Luis Navarro, venezuelano de Barinas. Vim para o Brasil em 2017 com minha esposa e meu filho. A primeira dificuldade é ir embora e largar tudo pra trás, a família. Assim que chegamos na fronteira com Brasil eu fui assaltado. E aí eu estava sem documentação e só conseguimos entrar com aqueles que eles chamam trouxa (pessoa que atravessa o imigrante pela fronteira). Ficamos dois anos e meio em Roraima, passando muitas dificuldades. Tinha o que comer mas, por exemplo, um dia meu filho se acidentou na bicicleta e quase quebrou o pé, levei ele de bicicleta a dois centros de saúde e não atenderam meu filho, que estava com o pé sangrando. Fomos a um hospital e me mandaram para um hospital de criança, que ficava muito longe de bicicleta. Eu fiquei transtornado porque ninguém queria me ajudar. Mas aí uma doutora me levou para o hospital. Minha esposa conseguiu emprego mas o patrão queria abusar dela, por ser imigrante. Foi muito difícil em Roraima. Vir para Florianópolis foi uma mudança muito grande, aqui a gente está trabalhando e ajudando os imigrantes que chegam de outras nacionalidades. Meu sonho é ter uma casa própria, um carro, estabilidade para sustentar minha família”.

Segundo a ONU (Organização das Nações Unidas), apesar da Pandemia de Covid-19, mais de 82 milhões de pessoas ao redor do mundo foram forçadas a deixar suas casas em 2020 em razão de guerras, violência, perseguições e violações de direitos humanos. Existem mais de 281 milhões de migrantes internacionais em todo o mundo. No cenário local, de março de 2020 a maio de 2021, 3.424 pessoas de 15 nacionalidades diferentes foram atendidas pela Organização Não-Governamental Círculos de Hospitalidade, em Florianópolis.

Para marcar o Dia do Imigrante (25/6) e o Dia Mundial do Refugiado (20/6), o Ministério Público Federal em Santa Catarina, em parceria com a Organização Internacional para as Migrações (OIM/ONU) e a ONG Círculos de Hospitalidade, vai promover ação para sensibilizar a população de Florianópolis para a presença de imigrantes.

O objetivo é esclarecer e ajudar a diminuir a hostilidade contra eles. Também haverá coleta de alimentos para as famílias imigrantes que estão em situação de vulnerabilidade e insegurança alimentar na Grande Florianópolis (Serviço abaixo).

A procuradora da República Daniele Escobar ressalta que “Santa Catarina tem recebido imigrantes de vários países, entre eles Venezuela, Haiti, Colômbia, Angola, República Democrática do Congo. A situação socioeconômica dos imigrantes não costuma ser fácil, pois encontram o preconceito e diversos tipos de barreiras, sejam sociais, culturais, linguísticas. Muitos se encontram em grave situação de vulnerabilidade devido à pandemia. É necessário conscientizar e sensibilizar a população do nosso Estado, destacando o valor da inclusão, da capacidade de contribuição dos imigrantes na nossa comunidade”.

Bruna Kadletz, presidente da ONG Círculos de Hospitalidade, lembra que ”em tempos de crise e agravamento de vulnerabilidades, precisamos nos mobilizar para assegurar a proteção e o acesso aos direitos fundamentais, como à alimentação. A Círculos de Hospitalidade acredita que ações de conscientização como esta são gotas de esperança que nos fortalecem e nos impulsionam a fim de continuarmos nosso trabalho com pessoas refugiadas e migrantes”.

Serviço
Ações Integradas – Migrantes
Estacionamento do trapiche da Avenida Beira Mar Norte
25 de junho – 16h às 19h
26 de junho – 9h às 11h
Promoção: Ministério Público Federal em Santa Catarina, ONU Migração e Círculos de Hospitalidade
Presença de imigrantes e representantes dos organizadores
Coleta de alimentos não perecíveis
Este evento segue todas as regras sanitárias de biossegurança

Assessoria de Comunicação Social
Ministério Público Federal em SC
Atendimento ao público: (48) 2107-6100 e 2107-2410
Atendimento à imprensa: (48) 2107-2466, 2107-2480 e 2107-2474
E-mail: prsc-ascom@mpf.mp.br
www.mpf.mp.br/sc
Twitter: @MPF_SC

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23 de Junho de 2021 às 14h55

Dia do Imigrante: evento mostra que Santa Catarina continua acolhendo pessoas de todo o mundo

MPF e parceiros marcam a data com ação em Florianópolis dias 25 e 26/6

Arte do evento. Ao fundo, um grupo de pessoas. Sobre essa imagem, o título do evento Ações Integradas Migrantes. Abaixo, as datas do evento, 25 e 26 de junho, e o local, estacionamento do trapiche da avenida beira-mar norte. Mais abaixo, as logomarcas dos realizadores.


Arte: Ascom/PRSC

Santa Catarina é um estado de imigrantes. Os primeiros, no século 19, eram alemães, italianos, poloneses e ucranianos. Pessoas que buscavam recomeçar a vida em países distantes. Hoje, são haitianos, venezuelanos, argentinos, cubanos e dezenas de outras nacionalidades, em busca do mesmo que os pioneiros. Recomeçar.

Imigrantes2.jpg
“Meu nome é Clefaude Estimable (Clef), vim do Haiti e cheguei ao país em 2015. Deixei minha família no Haiti e vivo aqui sozinho focando no meu estudo. Eu saí do México para vir ao Brasil, pois morava lá. As dificuldades são várias, burocracia para conseguir os documentos migratórios, ter acesso a universidades públicas, validação dos diplomas, (a questão do) trabalho são as principais dificuldades. Desde que cheguei no Brasil, moro em Florianópolis. Hoje a vida vai melhor do que antes, já consigo aprender a língua, aprendo a cultura local, isso facilita a adaptação. Meu sonho é conseguir um trabalho, fazer um mestrado na UFSC, trazer minha sobrinha para estudar aqui e, por fim, contribuir como profissional para retribuir tudo que o Brasil fez para mim e meus compatriotas”.
“Sou Reina Bejarano López, colombiana, em 2015 viemos de ônibus desde meu país para conhecer o Brasil. Então iniciamos a organização de documentação, processo escolar, fizemos aulas de português básico lá na minha cidade. Em 2017, viemos para ficar, eu, Reina, meu marido Fredy Aza, meu filho Saywa, e meus dois filhos mais velhos Angela e Cesar. Eu sou leitora de histórias, escrevo poesia e tenho experiência de trabalho com biblioteca e comunidades. Fredy é técnico de sistemas e luthier (construtor) de instrumentos musicais dos Andes. Ele é músico e dá aulas. Nos reinventamos como artesãos na produção de instrumentos musicais e acessórios sustentáveis. Trabalhamos nas feiras culturais, porque é uma oportunidade para mostrar nossos saberes e experiência. Além disso, podemos dedicar mais tempo para nosso filho, que tem necessidades especiais. Então, entre as maiores dificuldades estão a mudança cultural, ausência de um grupo de apoio, dificuldades de estabelecer relações de amizade livre de preconceito por ser colombianos, dificuldade para aluguel de casa, aluguel muito caro e muita burocracia. Moramos em Florianópolis desde nossa chegada. Temos sonhos, queremos  divulgar a importância da diversidade na construção social, ter espaço fixo para trabalhar e divulgar nosso empreendimento, ter uma casa própria e oferecer ao nosso filho um lugar seguro para morar, onde a educação e formação seja parte da dignidade e qualidade de vida”.
Imigrantes4.jpg
Imigrantes5.jpg
“Sou Luis Navarro, venezuelano de Barinas. Vim para o Brasil em 2017 com minha esposa e meu filho. A primeira dificuldade é ir embora e largar tudo pra trás, a família. Assim que chegamos na fronteira com Brasil eu fui assaltado. E aí eu estava sem documentação e só conseguimos entrar com aqueles que eles chamam trouxa (pessoa que atravessa o imigrante pela fronteira). Ficamos dois anos e meio em Roraima, passando muitas dificuldades. Tinha o que comer mas, por exemplo, um dia meu filho se acidentou na bicicleta e quase quebrou o pé, levei ele de bicicleta a dois centros de saúde e não atenderam meu filho, que estava com o pé sangrando. Fomos a um hospital e me mandaram para um hospital de criança, que ficava muito longe de bicicleta. Eu fiquei transtornado porque ninguém queria me ajudar. Mas aí uma doutora me levou para o hospital. Minha esposa conseguiu emprego mas o patrão queria abusar dela, por ser imigrante. Foi muito difícil em Roraima. Vir para Florianópolis foi uma mudança muito grande, aqui a gente está trabalhando e ajudando os imigrantes que chegam de outras nacionalidades. Meu sonho é ter uma casa própria, um carro, estabilidade para sustentar minha família”.

Segundo a ONU (Organização das Nações Unidas), apesar da Pandemia de Covid-19, mais de 82 milhões de pessoas ao redor do mundo foram forçadas a deixar suas casas em 2020 em razão de guerras, violência, perseguições e violações de direitos humanos. Existem mais de 281 milhões de migrantes internacionais em todo o mundo. No cenário local, de março de 2020 a maio de 2021, 3.424 pessoas de 15 nacionalidades diferentes foram atendidas pela Organização Não-Governamental Círculos de Hospitalidade, em Florianópolis.

Para marcar o Dia do Imigrante (25/6) e o Dia Mundial do Refugiado (20/6), o Ministério Público Federal em Santa Catarina, em parceria com a Organização Internacional para as Migrações (OIM/ONU) e a ONG Círculos de Hospitalidade, vai promover ação para sensibilizar a população de Florianópolis para a presença de imigrantes.

O objetivo é esclarecer e ajudar a diminuir a hostilidade contra eles. Também haverá coleta de alimentos para as famílias imigrantes que estão em situação de vulnerabilidade e insegurança alimentar na Grande Florianópolis (Serviço abaixo).

A procuradora da República Daniele Escobar ressalta que “Santa Catarina tem recebido imigrantes de vários países, entre eles Venezuela, Haiti, Colômbia, Angola, República Democrática do Congo. A situação socioeconômica dos imigrantes não costuma ser fácil, pois encontram o preconceito e diversos tipos de barreiras, sejam sociais, culturais, linguísticas. Muitos se encontram em grave situação de vulnerabilidade devido à pandemia. É necessário conscientizar e sensibilizar a população do nosso Estado, destacando o valor da inclusão, da capacidade de contribuição dos imigrantes na nossa comunidade”.

Bruna Kadletz, presidente da ONG Círculos de Hospitalidade, lembra que ”em tempos de crise e agravamento de vulnerabilidades, precisamos nos mobilizar para assegurar a proteção e o acesso aos direitos fundamentais, como à alimentação. A Círculos de Hospitalidade acredita que ações de conscientização como esta são gotas de esperança que nos fortalecem e nos impulsionam a fim de continuarmos nosso trabalho com pessoas refugiadas e migrantes”.

Serviço
Ações Integradas – Migrantes
Estacionamento do trapiche da Avenida Beira Mar Norte
25 de junho – 16h às 19h
26 de junho – 9h às 11h
Promoção: Ministério Público Federal em Santa Catarina, ONU Migração e Círculos de Hospitalidade
Presença de imigrantes e representantes dos organizadores
Coleta de alimentos não perecíveis
Este evento segue todas as regras sanitárias de biossegurança

Assessoria de Comunicação Social
Ministério Público Federal em SC
Atendimento ao público: (48) 2107-6100 e 2107-2410
Atendimento à imprensa: (48) 2107-2466, 2107-2480 e 2107-2474
E-mail: prsc-ascom@mpf.mp.br
www.mpf.mp.br/sc
Twitter: @MPF_SC

Assuntos: JustiçaMinistério Público Federal
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