O encontro promovido pelo Instituto Jovens do Futuro foi encerrado, na última sexta-feira (22), na Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam). O evento, que durou dois dias, teve o apoio da deputada estadual Therezinha Ruiz (PSDB), presidente da Comissão de Saúde, e o resultado foi considerado positivo pelas participantes, um total de 40 mulheres no último dia da programação.
Com o tema “Ela Pode”, o Instituto Jovens do Futuro tem um programa de capacitação gratuita voltado para as mulheres empreendedoras. De acordo com a empresária Ana Carolina Chacon, 36, dona de uma empresa da área de saúde e uma das palestrantes do evento, 88% das mulheres estão no empreendedorismo.
Enfermeira, com mestrado em educação, casada há 16 anos e mãe de dois filhos, Ana Carolina criou a empresa Arcos, que presta assessoria e serviços em saúde e cursos na área de instrumentação cirúrgica. Ela explica que é necessário sempre inovar. “Há oito anos, não havia nenhuma empresa que tivesse curso de instrumentação cirúrgica. Hoje, são cinco. Por isso tem de inovar sempre, mostrar um referencial, para se manter no mercado”, diz Ana Carolina, para quem as mulheres estão mais seguras e buscando alternativas, criando seus próprios negócios.
Outras mulheres que participaram do encontro também revelam ter ficado satisfeitas e ainda mais dispostas a prosseguir na atividade. Dentre elas estavam Riceli Cristina, 35 anos, mãe de três filhos, e Délia Parada Castedo, 38, mãe de dois filhos. Riceli já trabalhou de carteira assinada, no setor de serviços gerais de uma empresa, porém há mais de um ano está desempregada e hoje é manicure e vende dindin em sua casa. Ela ganha o suficiente para não faltar comida em casa. Agora, vai tentar um empréstimo na Agência de Fomento do Estado do Amazonas (Afeam), pois pretende comprar materiais para continuar a fazer manicure na própria casa. “Foi uma boa oportunidade”, afirma.
Délia Parada também vende dindin e agora vai tentar um empréstimo para comprar uma geladeira grande. “Minha geladeira é muito pequena e eu não tenho como comprar outra”, contou. Com o marido desempregado há cinco anos, a venda do dindin ajuda no sustento da família. Ela diz por que gostou muito de participar desse encontro de mulheres. “Isso aqui me motivou muito. Eu já estava para desistir. Valeu ter vindo”, declarou.
O presidente do Instituto Jovens do Futuro, Helen Andrade, explica que o objetivo é capacitar mais de 100 mil mulheres em dois anos. O Instituto foi fundado em 2015 e iniciou suas atividades quando um grupo de amigos passaram a se reunir para organizar em mutirões que ofereciam serviços como corte de cabelo ou documentos para vaga de emprego.