O carcinoma de células escamosas é o tipo de neoplasia maligna mais comum da cavidade bucal. Os cânceres de boca são em sua maioria associados ao uso prolongado de tabaco e álcool, e podem acometer diversas regiões anatômicas: língua, assoalho da boca, gengivas, palato duro, lábios e a mucosa jugal (bochecha).
Uma pesquisa científica apoiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam) buscou responder qual o papel do gene Receptor do Fator de Crescimento Epidérmico (EGFR) e de sua proteína na progressão e prognóstico da doença, estudando especificamente pacientes com idade menor ou igual a 40 anos, considerados jovens para desenvolver o câncer de boca.
O projeto “Investigação da amplificação do EGFR em carcinoma de células escamosas de boca em pacientes jovens” foi desenvolvido na Universidade Estadual Paulista “Julio de Mesquita Filho” (Unesp), de São José dos Campos (SP), em parceria com o hospital AC Camargo Cancer Center (SP), por meio do Programa RH-Mestrado – Fluxo Contínuo, edital Nº 002/2014.
De acordo com o pesquisador, Victor Costa, o carcinoma de células escamosas de boca acomete mais comumente pessoas por volta da meia-idade, entre a 5ª e 6ª década de vida, que começaram a consumir álcool e tabaco ainda jovens, e por isso são considerados grupo de risco, ou seja, com maior probabilidade para desenvolver esse tipo de câncer.
Pesquisa – Acredita-se que pessoas mais jovens que desenvolvem câncer de boca provavelmente têm predisposição genética. Nessa linha de investigação, os pesquisadores analisaram se a proteína que o gene EGFR produz está associada ao aparecimento da doença.
Através da imunomarcação do EGFR, os pesquisadores investigaram a amplificação e a expressão dessa proteína nesse grupo etário, ou seja, em pacientes jovens, portadores de câncer de boca. Estudos mostram que geralmente esses receptores estão ligados ao desenvolvimento e a progressão de tumores sólidos (câncer).
“Avaliamos a relação entre o gene e a proteína para poder analisar se algum deles era capaz de influenciar o prognóstico do paciente e/ou se fatores clinicopatológicos (idade, sexo e hábitos nocivos), se associavam com alterações no gene EGFR”, disse.
Gene EGFR – Victor explica que o ponto central da pesquisa era investigar as possíveis alterações no gene EGFR, como translocação (quando o gene muda do seu lugar habitual), polissomias (quando o número daquele gene específico aumenta mais que o convencional) e amplificações (quando o tamanho do gene muda). Tudo isso na tentativa de identificar o papel do gene nesse grupo de pacientes e sua relação com a proteína EGFR, que é o alvo da imunoterapia.
A proteína, por sua vez, foi mais expressa e esteve associada ao pior prognóstico da doença. Além disso, esse foi o primeiro estudo a investigar esse gene em pacientes jovens com câncer de boca.
Para embasar o estudo, foram utilizadas amostras biológicas (tecidos provenientes do câncer de boca) a partir de blocos de peça cirúrgica de 60 pacientes. Sendo 21 pacientes do grupo teste e 39 do grupo controle, todos tratados no AC Camargo Cancer Center (SP).
Resultados – A pesquisa apontou que existe uma maior amplificação do gene EGFR em pacientes jovens, apesar desta amplificação não influenciar na expressão proteica.
“Isso significa que, apesar dessa alteração do gene, a modificação não muda o padrão da expressão da proteína, ou seja, a amplificação não quer dizer que a célula vai expressar mais proteína. Apesar de não influenciar na expressão da proteína, no estudo, tumores com estágio clínico mais avançado foram associados a essa alteração do gene. Só que a amplificação do gene não possibilita o tratamento imunoterápico”, explicou.
O estudo foi publicado na International Journal of Oral and Maxillofacial Surgery, na subárea de oncologia de cabeça e pescoço, e pode ser acessado aqui.
Programa de bolsas – O programa RH-Mestrado foi substituído pelo Programa de Bolsas de Pós-Graduação em Instituições fora do Estado do Amazonas (PROPG-Capes/Fapeam), que concede bolsas de mestrado e doutorado a profissionais interessados em realizar curso de pós-graduação stricto sensu, em cursos recomendados pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) em outros Estados da Federação.
O programa está com edital aberto e recebe propostas até o dia 13 de maio. Mais informações acesse o edital do PROPG-Capes/Fapeam.
O carcinoma de células escamosas é o tipo de neoplasia maligna mais comum da cavidade bucal. Os cânceres de boca são em sua maioria associados ao uso prolongado de tabaco e álcool, e podem acometer diversas regiões anatômicas: língua, assoalho da boca, gengivas, palato duro, lábios e a mucosa jugal (bochecha).
Uma pesquisa científica apoiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam) buscou responder qual o papel do gene Receptor do Fator de Crescimento Epidérmico (EGFR) e de sua proteína na progressão e prognóstico da doença, estudando especificamente pacientes com idade menor ou igual a 40 anos, considerados jovens para desenvolver o câncer de boca.
O projeto “Investigação da amplificação do EGFR em carcinoma de células escamosas de boca em pacientes jovens” foi desenvolvido na Universidade Estadual Paulista “Julio de Mesquita Filho” (Unesp), de São José dos Campos (SP), em parceria com o hospital AC Camargo Cancer Center (SP), por meio do Programa RH-Mestrado – Fluxo Contínuo, edital Nº 002/2014.
De acordo com o pesquisador, Victor Costa, o carcinoma de células escamosas de boca acomete mais comumente pessoas por volta da meia-idade, entre a 5ª e 6ª década de vida, que começaram a consumir álcool e tabaco ainda jovens, e por isso são considerados grupo de risco, ou seja, com maior probabilidade para desenvolver esse tipo de câncer.
Pesquisa – Acredita-se que pessoas mais jovens que desenvolvem câncer de boca provavelmente têm predisposição genética. Nessa linha de investigação, os pesquisadores analisaram se a proteína que o gene EGFR produz está associada ao aparecimento da doença.
Através da imunomarcação do EGFR, os pesquisadores investigaram a amplificação e a expressão dessa proteína nesse grupo etário, ou seja, em pacientes jovens, portadores de câncer de boca. Estudos mostram que geralmente esses receptores estão ligados ao desenvolvimento e a progressão de tumores sólidos (câncer).
“Avaliamos a relação entre o gene e a proteína para poder analisar se algum deles era capaz de influenciar o prognóstico do paciente e/ou se fatores clinicopatológicos (idade, sexo e hábitos nocivos), se associavam com alterações no gene EGFR”, disse.
Gene EGFR – Victor explica que o ponto central da pesquisa era investigar as possíveis alterações no gene EGFR, como translocação (quando o gene muda do seu lugar habitual), polissomias (quando o número daquele gene específico aumenta mais que o convencional) e amplificações (quando o tamanho do gene muda). Tudo isso na tentativa de identificar o papel do gene nesse grupo de pacientes e sua relação com a proteína EGFR, que é o alvo da imunoterapia.
A proteína, por sua vez, foi mais expressa e esteve associada ao pior prognóstico da doença. Além disso, esse foi o primeiro estudo a investigar esse gene em pacientes jovens com câncer de boca.
Para embasar o estudo, foram utilizadas amostras biológicas (tecidos provenientes do câncer de boca) a partir de blocos de peça cirúrgica de 60 pacientes. Sendo 21 pacientes do grupo teste e 39 do grupo controle, todos tratados no AC Camargo Cancer Center (SP).
Resultados – A pesquisa apontou que existe uma maior amplificação do gene EGFR em pacientes jovens, apesar desta amplificação não influenciar na expressão proteica.
“Isso significa que, apesar dessa alteração do gene, a modificação não muda o padrão da expressão da proteína, ou seja, a amplificação não quer dizer que a célula vai expressar mais proteína. Apesar de não influenciar na expressão da proteína, no estudo, tumores com estágio clínico mais avançado foram associados a essa alteração do gene. Só que a amplificação do gene não possibilita o tratamento imunoterápico”, explicou.
O estudo foi publicado na International Journal of Oral and Maxillofacial Surgery, na subárea de oncologia de cabeça e pescoço, e pode ser acessado aqui.
Programa de bolsas – O programa RH-Mestrado foi substituído pelo Programa de Bolsas de Pós-Graduação em Instituições fora do Estado do Amazonas (PROPG-Capes/Fapeam), que concede bolsas de mestrado e doutorado a profissionais interessados em realizar curso de pós-graduação stricto sensu, em cursos recomendados pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) em outros Estados da Federação.
O programa está com edital aberto e recebe propostas até o dia 13 de maio. Mais informações acesse o edital do PROPG-Capes/Fapeam.