O prefeito de Pacaraima, Juliano Torquato, disse hoje (6) no Senado, que o município está à beira de um colapso social com o crescente número de venezuelanos que chegam e se instalam na cidade. Torquato participou de uma reunião da Subcomissão Temporária criada para tratar da crise na Venezuela, bem como suas consequências para o Brasil.
Torquato disse que tem, de todas as formas, tentado solucionar o problema na fronteira do Brasil com a Venezuela. “Só que infelizmente chegou a um momento em que eu peço ajuda de vocês. Não consigo mais. A gente vai entrar num colapso na sociedade, na educação e na saúde”, disse o prefeito.
Há vários meses, a Venezuela passa por uma severa crise econômica. Atingido pela hiperinflação, o país sofre com o desabastecimento cada vez mais intenso e com a falta de emprego e perspectivas sociais e políticas. Milhares de venezuelanos têm deixado o país em busca de oportunidades de emprego em países vizinhos, dente eles o Brasil. Com isso, a cidade de Pacaraima, na fronteira com a Venezuela, é a porta de entrada e, muitas vezes, o destino final dos refugiados.
Torquato explicou que o município tem recebido um número muito maior de alunos do que o suportável pela rede de ensino pública. “Em 2017, eu tinha 1.743 alunos; em 2018, eu passei para 2.072 e, neste ano, eu tenho 2.772 alunos, um aumento de 35% com a mesma renda do Fundeb [Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica], sem aumentar um real, sendo que, desses 2.700 alunos, 903 são venezuelanos”.
O prefeito disse que o município tem sofrido com “furtos, roubos, assaltos, homicídios e sequestros”. Ele também citou um aumento no número de armas dentro de Pacaraima e problemas com drogas. Segundo ele, a larga faixa de fronteira permite a entrada de pessoas sem verificação prévia de antecedentes criminais.
O deputado estadual Jeferson Alves (PTB) pediu que os recursos da União destinados ao estado pudessem ser geridos pelo governo local. Para ele, o estado está sozinho. “Acho um absurdo deixar o estado de Roraima sozinho nessa situação, tendo em vista que arcamos com uma responsabilidade maior de educação, segurança e saúde”.
Edição: Fábio Massalli
O prefeito de Pacaraima, Juliano Torquato, disse hoje (6) no Senado, que o município está à beira de um colapso social com o crescente número de venezuelanos que chegam e se instalam na cidade. Torquato participou de uma reunião da Subcomissão Temporária criada para tratar da crise na Venezuela, bem como suas consequências para o Brasil.
Torquato disse que tem, de todas as formas, tentado solucionar o problema na fronteira do Brasil com a Venezuela. “Só que infelizmente chegou a um momento em que eu peço ajuda de vocês. Não consigo mais. A gente vai entrar num colapso na sociedade, na educação e na saúde”, disse o prefeito.
Há vários meses, a Venezuela passa por uma severa crise econômica. Atingido pela hiperinflação, o país sofre com o desabastecimento cada vez mais intenso e com a falta de emprego e perspectivas sociais e políticas. Milhares de venezuelanos têm deixado o país em busca de oportunidades de emprego em países vizinhos, dente eles o Brasil. Com isso, a cidade de Pacaraima, na fronteira com a Venezuela, é a porta de entrada e, muitas vezes, o destino final dos refugiados.
Torquato explicou que o município tem recebido um número muito maior de alunos do que o suportável pela rede de ensino pública. “Em 2017, eu tinha 1.743 alunos; em 2018, eu passei para 2.072 e, neste ano, eu tenho 2.772 alunos, um aumento de 35% com a mesma renda do Fundeb [Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica], sem aumentar um real, sendo que, desses 2.700 alunos, 903 são venezuelanos”.
O prefeito disse que o município tem sofrido com “furtos, roubos, assaltos, homicídios e sequestros”. Ele também citou um aumento no número de armas dentro de Pacaraima e problemas com drogas. Segundo ele, a larga faixa de fronteira permite a entrada de pessoas sem verificação prévia de antecedentes criminais.
O deputado estadual Jeferson Alves (PTB) pediu que os recursos da União destinados ao estado pudessem ser geridos pelo governo local. Para ele, o estado está sozinho. “Acho um absurdo deixar o estado de Roraima sozinho nessa situação, tendo em vista que arcamos com uma responsabilidade maior de educação, segurança e saúde”.
Edição: Fábio Massalli