Aliar a teoria e a prática é uma das caraterísticas do ensino indiano, segundo o estudante brasileiro de engenharia mecânica, Emerson Nogueira, 20 anos. “O professor ensina a teoria e vamos para o laboratório trabalhá-la na prática”, diz.
Em dez dias, ele completa um programa de cinco meses de intercâmbio na Universidade Sathyabama, em Chennai, capital de Tâmil Nadu, no sul da Índia. Nogueira é estudante do Grupo Unis, em Varginha (MG). Ele foi o primeiro aluno que a instituição enviou para o país.
Todas as atividades práticas, segundo ele, são realizadas em grupo. “O grupo tem que fazer o mesmo trabalho e, se der errado, todo mundo tira nota ruim.” Assim, segundo ele, são trabalhadas também habilidades socioemocionais, como resolução de problemas, empatia e trabalho em conjunto.
Ele conta ainda, que na sala de aula, o professor é a autoridade máxima. Na instituição onde estudou, os estudantes recebiam os docentes de pé. “Uma vez um estudante estava no celular durante a aula. O professor pegou o aparelho e jogou para fora da sala. O aluno ficou parado e não fez nada.”
Apesar do rigor, a maior lição que ele levará da Índia será, segundo ele, o lidar com as pessoas. No segundo país mais populoso do mundo, que com 1,3 bilhão de habitantes perde apenas para a China, com 1,4 bilhões, é quase impossível, nas grandes cidades, isolar-se completamente. “No Brasil, a gente acha que primeiro temos que ser cativados para depois nos abrir para as pessoas. Aqui eles se abrem muito facilmente e tentam agregar. Isso é uma coisa muito forte. Te tratam bem porque é uma pessoa igual a ela.”
Brasileiro explica a inserção de estudantes no mercado de trabalho indiano
Brasileiros na Índia
Nogueira viajou 42 horas de trem de Chennai, capital de Tâmil Nadu, no sul da Índia, a Nova Déli, capital do país, para encontrar representantes de instituições privadas de ensino superior do Brasil na noite dessa quinta-feira (9) e contar um pouco da experiência que teve.
Ele é um dos poucos estudantes brasileiros no ensino superior indiano. Segundo a Associação de Universidades Indianas, os últimos dados do governo mostram que apenas 18 brasileiros estão matriculados nas instituições da Índia, sendo dez mulheres.
O estudante fala do país com muito carinho. Foi aqui também que ele conheceu a namorada, Krish Rajma, 22 anos. Nogueira vai voltar para o Brasil para finalizar os estudos. Krish, que é cineasta, não acha ruim. “Vou me dedicar à minha carreira por um tempo. Mas tenho certeza que nosso vínculo vai permanecer.” O casal planeja ainda casar e morar junto no Canadá.
* A repórter viajou a convite do Semesp
Saiba mais
Edição: Narjara Carvalho
Aliar a teoria e a prática é uma das caraterísticas do ensino indiano, segundo o estudante brasileiro de engenharia mecânica, Emerson Nogueira, 20 anos. “O professor ensina a teoria e vamos para o laboratório trabalhá-la na prática”, diz.
Em dez dias, ele completa um programa de cinco meses de intercâmbio na Universidade Sathyabama, em Chennai, capital de Tâmil Nadu, no sul da Índia. Nogueira é estudante do Grupo Unis, em Varginha (MG). Ele foi o primeiro aluno que a instituição enviou para o país.
Todas as atividades práticas, segundo ele, são realizadas em grupo. “O grupo tem que fazer o mesmo trabalho e, se der errado, todo mundo tira nota ruim.” Assim, segundo ele, são trabalhadas também habilidades socioemocionais, como resolução de problemas, empatia e trabalho em conjunto.
Ele conta ainda, que na sala de aula, o professor é a autoridade máxima. Na instituição onde estudou, os estudantes recebiam os docentes de pé. “Uma vez um estudante estava no celular durante a aula. O professor pegou o aparelho e jogou para fora da sala. O aluno ficou parado e não fez nada.”
Apesar do rigor, a maior lição que ele levará da Índia será, segundo ele, o lidar com as pessoas. No segundo país mais populoso do mundo, que com 1,3 bilhão de habitantes perde apenas para a China, com 1,4 bilhões, é quase impossível, nas grandes cidades, isolar-se completamente. “No Brasil, a gente acha que primeiro temos que ser cativados para depois nos abrir para as pessoas. Aqui eles se abrem muito facilmente e tentam agregar. Isso é uma coisa muito forte. Te tratam bem porque é uma pessoa igual a ela.”
Brasileiro explica a inserção de estudantes no mercado de trabalho indiano
Brasileiros na Índia
Nogueira viajou 42 horas de trem de Chennai, capital de Tâmil Nadu, no sul da Índia, a Nova Déli, capital do país, para encontrar representantes de instituições privadas de ensino superior do Brasil na noite dessa quinta-feira (9) e contar um pouco da experiência que teve.
Ele é um dos poucos estudantes brasileiros no ensino superior indiano. Segundo a Associação de Universidades Indianas, os últimos dados do governo mostram que apenas 18 brasileiros estão matriculados nas instituições da Índia, sendo dez mulheres.
O estudante fala do país com muito carinho. Foi aqui também que ele conheceu a namorada, Krish Rajma, 22 anos. Nogueira vai voltar para o Brasil para finalizar os estudos. Krish, que é cineasta, não acha ruim. “Vou me dedicar à minha carreira por um tempo. Mas tenho certeza que nosso vínculo vai permanecer.” O casal planeja ainda casar e morar junto no Canadá.
* A repórter viajou a convite do Semesp
Saiba mais
Edição: Narjara Carvalho