O depoimento do empresário Francisco Emerson Maximiano, sócio da Precisa Medicamentos, que estava previsto para esta quarta-feira (23), foi adiado para a semana que vem. O anúncio foi feito pelo presidente da CPI da Pandemia, Omar Aziz (PSD-AM), após ele receber o comunicado do advogado do depoente. Segundo as justificativas apresentadas nesse comunicado, o empresário retornou no último dia 15 da Índia e foi orientado a permanecer em quarentena.
— Recebemos o comunicado do advogado do senhor Maximiano comunicando a essa CPI, hoje [terça-feira], que o cliente dele, Maximiano, chegou no dia 15 da Índia e que ele tem que fazer quarentena na sua residência. Então nós vamos transferir a oitiva para a semana que vem — informou Omar Aziz a reunião da CPI desta terça-feira (22).
Maximiano foi convocado pela CPI para esclarecer se houve algum tipo de irregularidade no processo de compra da vacina Covaxin, produzida pelo laboratório indiano Bharat Biotech. A convocação de Maximiano foi solicitada pelo senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE), para que se saiba os “exatos termos das tratativas” entre a Precisa Medicamentos e o Ministério da Saúde para aquisição da Covaxin.
Críticas
O presidente da CPI também fez uma crítica: ele ressaltou que o comunicado feito pelo advogado de Maximiano poderia ter sido feito antes, o que permitiria que a comissão se organizasse a tempo de ouvir outra pessoa na quarta-feira (23).
Para o vice-presidente da commissão, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), o depoente “começou muito mal” ao informar sobre sua ausência na véspera de seu depoimento, impedindo que a comissão refizesse a programação já estabelecida para esta semana.
— Só para registrar o grau de desrespeito de Maximiano e da sua defesa com esta comissão parlamentar de inquérito: bastava essa comunicação ter chegado à CPI no dia de ontem [segunda-feira]. Ele começou muito mal — protestou Randolfe.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)