Ricardo Stuckert
O romprimento da barragem deixou 240 mortos e 32 desaparecidos
A Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados avalia nesta terça-feira (28) os aspectos econômicos e institucionais do desastre da Vale no município mineiro de Brumadinho.
A pedido do presidente do colegiado, deputado Helder Salomão (PT-ES), foram convidados para discutir o assunto, entre outros, os pesquisadores Bruno Milanez (Universidade Federal de Juiz de Fora) e Luiz Jardim de Moraes Wanderley (Universidade do Rio de Janeiro). Eles são autores do relatório “Minas não há mais: avaliação dos aspectos econômicos e institucionais do desastre da Vale em Brumadinho”.
Helder Salomão explica que o estudo discute o posicionamento da Vale em relação ao mercado financeiro e a prioridade dada ao retorno aos acionistas, em detrimento de aspectos operacionais; aborda alguns dos desdobramentos do rompimento e traz recomendações para tentar reequilibrar a correlação de forças entre grandes mineradoras e os demais agentes.
Também foram convidados o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles; o procurador-geral de Justiça de Minas Gerais, Antônio Sérgio Tonet; o diretor da Agência Nacional de Mineração, Eduardo Araújo de Souza Leão; e o diretor-presidente da Vale, Eduardo Bartolomeo.
Confira a lista completa de convidados
Relembre
No dia 25 de janeiro, uma barragem de mineração da Vale em Brumadinho (MG) se rompeu deixando até agora 240 mortos e 32 desaparecidos.
A lama de rejeitos de minério de ferro atingiu parte do centro administrativo da empresa, a comunidade Córrego do Feijão e o rio Paraopeba, afluente do rio São Francisco.
A audiência será realizada no plenário 9 a partir das 14h30.