O governador do Amazonas disse que saiu otimista da reunião porque o presidente se mostrou receptivo a encontrar soluções para a proteção da Zona Franca de Manaus. “Eu expliquei ao presidente que a Zona Franca de Manaus é intocável e que ela é um modelo econômico de desenvolvimento regional e que nós não temos nenhum outro modelo a curto ou a médio prazo que possa substituí-la. Por isso, é preciso que nós protejamos a Zona Franca de Manaus. Entendendo a contrapartida que as empresas do Polo de concentrados vão dar, de forma mais efetiva, para a contribuição do desenvolvimento regional, ficou acordado acordado que, nos próximos 30 ou 40 dias, um estudo deve ser apresentado para o polo de concentrados”, disse Wilson Lima.
O governador também obteve do presidente a promessa de que os técnicos do Governo do Amazonas e do Ministério da Economia irão se reunir para encontrar soluções para que o polo de informática do Amazonas não seja prejudicado. “Há duas leis de informática: uma para o Estado do Amazonas, levando em consideração a excepcionalidade que é a Zona Franca de Manaus, e outra para o restante do Brasil. Foi aberta uma consulta pública para os PPBs desses componentes de informática e se eles forem executados com as diretrizes e os parâmetros que foram apresentados isso atinge frontalmente o nosso polo de componentes e ameaça 4 mil empregos diretos. Expliquei isso ao presidente e o compromisso que ele assumiu é que os nossos técnicos vão sentar com os representantes do Ministério da Economia para encontrar um meio-termo e não prejudicar o Amazonas”.
O presidente Bolsonaro disse que o Governo Federal está à disposição para encontrar soluções para os problemas apresentados pelo governador Wilson Lima. “A Zona Franca de Manaus foi criada em 1967, pelo governo do presidente Castelo Branco e a intenção é realmente dizer que a Amazônia é nossa. E essa questão do atendimento, do cuidado e zelo com a Zona Franca de Manaus faz parte de toda a nossa equipe econômica. E está fechado o compromisso, por ocasião da discussão, disso e o que mais interessar da Amazônia”.
A questão da alíquota do Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI) também foi discutida durante a reunião entre o governador Wilson Lima e o presidente Bolsonaro. ”Falei sobre a questão do IPI, que agora no dia 30 de junho cairá para 8% e até o final do ano cairá para 4%. O ideal é que a gente encontre o equilíbrio. E o que eu expliquei para o presidente: ‘Vamos fazer com que os seus técnicos e os técnicos do Amazonas possam sentar para que eles encontrem um equilíbrio”.