Em atenção ao Dia Mundial de Combate à Tuberculose, o Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas (CBMAM), por meio da Diretoria de Saúde da corporação, realizou uma ação para capacitar os bombeiros militares. O evento ocorreu na manhã desta quarta-feira (20/03), no auditório do Quartel do Comando Geral, localizado na avenida Codajás, bairro Petrópolis, zona sul. Durante a ação, foram realizados testes rápidos de diagnósticos de HIV, hepatite do tipo B e C, além do exame de escarro para diagnóstico da tuberculose.
A preocupação do comandante-geral, coronel BM Danízio Valente Gonçalves Neto, é preparar e orientar os bombeiros militares para que redobrem o cuidado durante as ocorrências. “Nosso trabalho é de constante contato com o público, por essa razão os bombeiros militares estão sempre expostos a diversos tipos de doenças. Essas orientações são para que os militares estejam redobrando o cuidado, tanto durante as ocorrências quanto indo ao médico regularmente e realizando seus exames com periodicidade”, informou o coronel BM Danízio Valente.
O diretor de Saúde do CBMAM, tenente-coronel BM, João Batista do Nascimento, explica que a tuberculose é uma doença antiga no Brasil e que tem cura. “A tuberculose é uma doença que está presente no país durante muito tempo. Se formos recordar grandes nomes da literatura, lembraremos que muitos morriam jovens e com tuberculose. É de suma importância sabermos como se contrai a doença, como prevenir, fazer o diagnóstico e principalmente como tratar”, disse o militar.
De acordo com a tenente BM médica e pediatra, Nayara Dias, a tuberculose é uma doença mais comum em ambientes fechados, quentes e úmido, por ser uma situação que favorece a proliferação das bactérias. “A falta de higiene, a pobreza e a desnutrição estão acompanhadas da tuberculose. Se você vive com muitas pessoas numa casa e essa moradia não tem uma ventilação e alimentação adequada para manter o seu sistema imunológico funcionando, você pode ser uma pessoa em potencial a adquirir e desenvolver a doença”, alerta a tenente.
Outras manifestações – Nayara Dias afirma que essa doença possui diversas formas de manifestação. “Lembrando que a tuberculose não dá apenas no pulmão, essa doença pode aparecer em qualquer parte do corpo. Como costumo dizer, tuberculose só não dá no cabelo”, disse a médica.
A diretora e pneumologista da Policlínica Cardoso Fontes, Irineide Antunes, dá orientações quanto aos sintomas e alerta quanto ao tempo e custo do tratamento. “A tuberculose é uma doença de alta incidência no nosso Estado, é preciso estar atento aos sintomas. A pessoa que estiver com tosse com mais duas ou três semanas deve procurar a unidade mais próxima de sua residência, se for diagnosticado com tuberculose, o paciente vai precisar fazer um tratamento de no mínimo seis meses e se fizer o tratamento correto vai ficar curado. O tratamento da tuberculose é gratuito pode ser feito pelo Sistema Único de Saúde (SUS)”, orienta a médica especialista.
Crianças – Quanto aos casos envolvendo crianças, a tenente BM Nayara Dias direciona as orientações aos pais. “As crianças não transmitem tuberculose umas para as outras. É muito raro uma criança menor de 10 anos transmitir a doença. Geralmente, as crianças diagnosticadas com tuberculose adquiriram a enfermidade de um adulto, por dividir o talher ou copo durantes as refeições”, conta a pediatra.
Apoio familiar – A coordenadora estadual de Controle da Tuberculose da Fundação de Vigilância em Saúde (FVS), doutora Marlúcia Garrido, fala da necessidade da ajuda de familiares e amigos. “Quem está com tuberculose não precisa ser isolado do convívio familiar. A pessoa que foi diagnosticada com a doença precisa de apoio, uma boa alimentação e cuidados para que ela se recupere e volte a vida normal”, sensibiliza a especialista.