A Defesa Civil de Minas Gerais normalizou na noite de ontem (17) o tráfego no trecho da rodovia federal BR-356, que estava funcionando em operação pare e siga desde o dia 21 de fevereiro.
A estrada dá acesso a cidades históricas mineiras como Itabirito, Ouro Preto e Mariana e chegou a ser totalmente interditada no dia 20 de fevereiro por estar na zona de inundação da barragem Vargem Grande, localizada em Nova Lima. A estrutura, pertencente à Vale, está paralisada devido aos riscos de rompimento.
De acordo com nota divulgada pela Defesa Civil, a liberação da rodovia foi acordada em uma audiência com a participação da mineradora, do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e da Polícia Militar. “O encontro teve por objetivo a apresentação de um estudo técnico elaborado por empresa contratada pela Vale que demonstrou a viabilidade de uma operação assistida na BR-356”, diz a nota. A assinatura de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) formalizou o acordo.
Foi montada uma estrutura de intervenção que funcionará 24 horas por dia e que permitirá a adoção das medidas necessárias em caso de risco a segurança dos usuários da rodovia.
Interdição
A interdição de estruturas, com o consequente fechamento de acessos e evacuação de moradores, tem sido adotada em diversas cidades mineiras desde a tragédia de Brumadinho (MG), em 25 de janeiro, quando o rompimento de uma barragem da Vale na Mina do Feijão provocou mais de 200 mortes e acendeu o alerta em relação a estruturas semelhantes. Atualmente, segundo dados da mineradora, 755 moradores estão fora de suas casas, nas cidades de Barão de Cocais, Nova Lima, Ouro Preto e Rio Preto. Em Brumadinho, há outros 271 desabrigados.
Em Barão de Cocais (MG), onde mais de 400 pessoas deixaram seus lares devido aos riscos envolvendo a Barragem Sul Superior, na Mina de Gongo Soco, está em avaliação um projeto da Vale para construção de um enorme muro, com 35 metros de altura e 307 metros de comprimento, para conter rejeitos em caso de ruptura. Moradores tomaram conhecimento da proposta na semana passada.
A Vale possui mais de 15 barragens com operações suspensas em Minas Gerais. Na semana passada, decisões do Tribunal de Justiça de Minas Gerais afetaram mais três estruturas: a barragem Campo Grande, em Mariana (MG), e as barragens Galego e Dique da Pilha 1, situadas na Mina Córrego do Meio, em Sabará (MG). A Vale também foi obrigada, entre outras medidas, a contratar auditorias técnicas independentes que possam analisar a condições de estabilidade. Por outro lado, a mineradora anunciou na terça-feira (16) que uma decisão judicial lhe permitirá retomar as atividades na Mina de Brucutu, a maior de Minas Gerais.
Saiba mais
Edição: Sabrina Craide
A Defesa Civil de Minas Gerais normalizou na noite de ontem (17) o tráfego no trecho da rodovia federal BR-356, que estava funcionando em operação pare e siga desde o dia 21 de fevereiro.
A estrada dá acesso a cidades históricas mineiras como Itabirito, Ouro Preto e Mariana e chegou a ser totalmente interditada no dia 20 de fevereiro por estar na zona de inundação da barragem Vargem Grande, localizada em Nova Lima. A estrutura, pertencente à Vale, está paralisada devido aos riscos de rompimento.
De acordo com nota divulgada pela Defesa Civil, a liberação da rodovia foi acordada em uma audiência com a participação da mineradora, do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e da Polícia Militar. “O encontro teve por objetivo a apresentação de um estudo técnico elaborado por empresa contratada pela Vale que demonstrou a viabilidade de uma operação assistida na BR-356”, diz a nota. A assinatura de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) formalizou o acordo.
Foi montada uma estrutura de intervenção que funcionará 24 horas por dia e que permitirá a adoção das medidas necessárias em caso de risco a segurança dos usuários da rodovia.
Interdição
A interdição de estruturas, com o consequente fechamento de acessos e evacuação de moradores, tem sido adotada em diversas cidades mineiras desde a tragédia de Brumadinho (MG), em 25 de janeiro, quando o rompimento de uma barragem da Vale na Mina do Feijão provocou mais de 200 mortes e acendeu o alerta em relação a estruturas semelhantes. Atualmente, segundo dados da mineradora, 755 moradores estão fora de suas casas, nas cidades de Barão de Cocais, Nova Lima, Ouro Preto e Rio Preto. Em Brumadinho, há outros 271 desabrigados.
Em Barão de Cocais (MG), onde mais de 400 pessoas deixaram seus lares devido aos riscos envolvendo a Barragem Sul Superior, na Mina de Gongo Soco, está em avaliação um projeto da Vale para construção de um enorme muro, com 35 metros de altura e 307 metros de comprimento, para conter rejeitos em caso de ruptura. Moradores tomaram conhecimento da proposta na semana passada.
A Vale possui mais de 15 barragens com operações suspensas em Minas Gerais. Na semana passada, decisões do Tribunal de Justiça de Minas Gerais afetaram mais três estruturas: a barragem Campo Grande, em Mariana (MG), e as barragens Galego e Dique da Pilha 1, situadas na Mina Córrego do Meio, em Sabará (MG). A Vale também foi obrigada, entre outras medidas, a contratar auditorias técnicas independentes que possam analisar a condições de estabilidade. Por outro lado, a mineradora anunciou na terça-feira (16) que uma decisão judicial lhe permitirá retomar as atividades na Mina de Brucutu, a maior de Minas Gerais.
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Edição: Sabrina Craide