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Por Agência Amazonas
Estudo tem a participação da Semsa Manaus, SES-AM, e envolve a FCecon. FOTO: Rodrigo Santos/SES-AM.
A coordenadora do projeto Manejo de Risco de câncer de colo do útero (Marco), Kátia Torres, reforçou, nesta segunda-feira (22/03), aos gestores da Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM) e da Secretaria Municipal de Saúde de Manaus (Semsa), as ações do projeto de avaliação de novas estratégias de rastreio e triagem baseadas em testes de Papilomavírus Humano (HPV).
“Estamos fortalecendo as articulações para realização do projeto que é para o SUS (Sistema Único de Saúde). O estudo tem a participação da atenção primária, a Semsa Manaus, secundária, SES-AM, e envolve a FCecon (Fundação Centro de Controle de Oncologia) no tratamento do câncer. Vamos testar uma técnica com a perspectiva de que poderá ser implantada no SUS no futuro. Sair de uma técnica de rastreio feita por papanicolau para detecção molecular do DNA do HPV”, explicou a diretora de Ensino e Pesquisa da FCecon.
O projeto, que visa identificar a melhor estratégia de rastreamento do câncer de colo de útero através do uso de um dispositivo de autocoleta, abrangerá 40 mil mulheres das cidades de Manaus/AM (24 mil) e de Brasília/DF (16 mil). Estimativas do Instituto Nacional de Câncer (Inca) apontam 700 casos de câncer de colo uterino, causado pela infecção persistente de alguns tipos de HPV, por ano no Amazonas, sendo 580 em Manaus.
A coordenadora da rede de atenção à saúde da SES-AM, Neylane Macêdo, ressaltou a necessidade de fortalecimento do diagnóstico e do monitoramento do câncer cervical.
“Sabemos da importância da implantação do projeto. Estamos à disposição e vamos apoiar no que for necessário. A rede de atenção à saúde está integrada à atenção básica para que estejamos trabalhando, inicialmente, nos nove polos e tenhamos a implantação e a efetividade”, afirmou a enfermeira.
Execução
Segundo a coordenadora, o projeto está na fase de abordagem das mulheres, no ambiente domiciliar e nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), que irão realizar a autocoleta das células do colo do útero, mediante orientação para identificação do HPV.
“O projeto tem o custo de efetividade sendo avaliado e vamos poder mostrar que é tecnicamente e economicamente viável. A técnica é adotada em países europeus, na Austrália, Estados Unidos, Canadá e na América Latina como Argentina e Equador”, disse Kátia Torres.
O projeto é uma cooperação internacional entre o Ministério da Saúde, por meio do Inca, o Instituto Nacional do Câncer dos Estados Unidos (NIC), a Fundação Oswaldo Cruz e a Universidade de Brasília. A FCecon, o laboratório de histopatologia do Hospital Delphina Aziz e os centros de colposcopia da rede estadual estão envolvidos no estudo em Manaus.