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Por Agência Amazonas
Centro Socioeducativo Senador Raimundo. Foto: Denise Pêgo/Sejusc O Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania (Sejusc), realizou, na manhã desta terça-feira (31/08), a 1ª Mostra Científica sobre a pandemia do novo coronavírus com internos do Centro Socioeducativo Senador Raimundo Parente. Localizado na rua Cananeia, 2.748, bairro Cidade Nova, zona norte de Manaus.
Coordenado pelo Departamento de Atendimento Socioeducativo (DASE), vinculado à Secretaria Executiva de Direitos da Criança e do Adolescente (Sedca), da Sejusc, em parceria com a Escola Estadual Josephina de Melo, a iniciativa tem o objetivo de contribuir para a difusão do conhecimento dos jovens e a conscientização sobre o vírus.
A abertura da mostra contou com peça teatral, apresentação de dança e musical realizado pelos jovens. Gestores da escola, familiares dos socioeducandos e equipes de outros centros estiveram presentes no evento.
De acordo com a secretária Mirtes Salles, titular da Sejusc, o Governo do Amazonas dispõe de todos os mecanismos estabelecidos pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) para dar novas perspectivas aos adolescentes que cumprem a medida socioeducativa.
“O próprio nome já diz: ‘unidades socioeducativas’; ou seja, temos que socializar e educar os nossos adolescentes. Os jovens entraram no sistema por um motivo, mas podem sair com novas perspectivas, estudando, aprendendo uma profissão. Temos a oportunidade de fazer os jovens repensarem, saírem modificados. Nós estamos aqui para ajudar a construir um futuro melhor a todos os internos”, destacou Mirtes.
A diretora da unidade, Adriana Penha, destacou a importância da realização da 1ª Mostra Científica ser realizada pelos próprios socioeducandos.
“Foi um mês de preparo e organização, passamos para eles a responsabilidade da apresentação, do tema em questão, e eles construíram todo o evento. Isso é socioeducação, fazer o protagonismo juvenil acontecer dentro do socioeducativo e, diariamente, estamos vendo o aprendizado e esforço deles”, disse a diretora.
Experiência
Um interno de 16 anos comemorou a possibilidade de poder participar de ações educativas como esta, além de poder informar outras pessoas sobre a pandemia.
“Na escola que eu estudava, lá fora, eu não tive nenhuma oportunidade como essa, e eu estou muito feliz, aqui estou tendo a oportunidade de aprender. Através dessa mostra de ciência, hoje eu sei mais a fundo da importância desse conteúdo e como se prevenir, agora estou repassando o meu aprendizado”, disse o interno.
Esperança
A mãe de um dos internos ressaltou a satisfação de presenciar o filho participando: “Só Deus sabe a alegria e gratidão que eu fiquei em ver meu filho participar dessa mostra, porque apesar de tudo que eu passei, noites e noites sem dormir, vendo-o bem hoje, só mostra que as minhas orações valeram a pena”.