O crescimento profissional vem do esforço de cada um, mas também pode acontecer por meio da ajuda de terceiros. É isso que o Governo do Amazonas vem fazendo na vida de 18 pessoas com deficiência visual, inscritas no curso de “Confeitaria de doces e salgados” oferecido pelo Centro de Educação Tecnológica do Amazonas (Cetam). É a inclusão social acontecendo junto ao Terceiro Setor: organizações de iniciativa privada, sem fins lucrativos, que prestam serviços de caráter público.
O grupo de alunos faz parte da Associação dos Deficientes Visuais do Amazonas (Advam) e, de segunda a sexta-feira, das 8h ao meio-dia, marca presença nas aulas práticas comandadas pela professora Edineia Carneiro, 41, especialista na área gastronômica. Ela própria conta, animada, que muito do que sabe hoje aprendeu nos inúmeros cursos feitos pelo Cetam.
“Nunca imaginei que teria tanto prazer em transmitir meus conhecimentos. E hoje fico ainda mais feliz em poder ajudar os associados da Advam. Ao contrário do que muitos pensam, não existe dificuldade. Uns enxergam pouco, outros perderam 100% da visão, mas todos têm boa vontade e um desejo imenso de aprender”, conta a especialista.
Atenta às explicações da professora, a aluna Socorro Cabral, 56, afirma que achou fácil manipular a massa, rechear e moldar a coxinha de frango. Há 20 anos ela convive com a limitação visual. E hoje lhe restam apenas 15% de visão em um dos olhos. “Mas eu não paro. Fiz cursos de ‘Corte e costura’, ‘Emborrachado’, ‘Pintura em tecido’, todos pelo Cetam”, conta.
De acordo com Socorro, é com esses trabalhos que ela reforça sua renda de aposentada por invalidez. “Ainda tenho dois objetivos a alcançar: fazer faculdade de Direito e um curso de Radialismo. Meu sonho é levar informação para a minha comunidade em Novo Airão”, revela, contando que ainda se divide entre capital e interior para acompanhar o marido, um pescador artesanal.
O professor de português e francês, Oscarito Freitas, 57, e sua esposa Adília Nogueira, 47, também estão inscritos no curso de “Confeitaria de doces e salgados”. Ele perdeu a visão total há sete anos, em decorrência de um descolamento de retina. E ela enxerga parcialmente. Ambos se conheceram há dois anos na Advam e, de lá para cá, têm caminhado e crescido juntos.
Oscarito pretende colocar logo em prática o que está aprendendo no curso oferecido pelo Cetam. “Gosto de transmitir meus conhecimentos. Vou ensinar meus amigos e familiares”, conta o professor, formado em Letras pela Universidade Federal do Amazonas (Ufam). “Já estou inscrito no curso de computação voltado a Pessoas com Deficiência (PcD) que a Advam oferecerá por meio do Cetam”.
Parcerias – O curso “Confeitaria de doces e salgados” começou no dia 1º/4 e vai até 30/4. Outras parcerias com o Cetam já estão sendo firmadas para os próximos meses. Entre elas está os cursos de “Massoterapia” e “Computação”, pelo Dosvox. Esse sistema operacional permite que PcDs utilizem um microcomputador comum para desempenhar tarefas diversas.
A professora Rogéria Mesquita, coordenadora do Formação Inicial e Continuada (FIC) capital pelo Cetam, ressalta a preocupação da instituição em promover a inclusão social, facilitando o acesso ao mercado de trabalho e a geração de renda. “Este curso na Advam faz parte do projeto Cetam no Terceiro Setor. Ele visa firmar parcerias para oferecer cursos de qualificação profissional aos associados e à comunidade”.
BOX – Advam ressalta acesso ao mercado de trabalho
A direção da Advam não esconde a felicidade diante do entusiasmo de seus mais de 2 mil associados (capital e interior) com o aprendizado, crescimento profissional e ingresso ao mercado de trabalho. O vice-presidente da associação, Raimundo Alves Barbosa, 46, diz que as parcerias feitas com o Cetam vêm dando bons resultados.
Segundo ele, não adianta ter vagas para emprego e o interessado não possuir qualificação para o cargo. “Antes tínhamos essa dificuldade: nos eram oferecidas vagas, mas não tínhamos profissionais capacitados para ocupá-las”, explica Raimundo, ressaltando que, hoje, muitos associados buscam os cursos e conseguem trabalho.
O diretor de Trabalho e Profissionalização da Advam, Rogério Rosas, conta que nos últimos seis meses foram inseridos 68 associados ao mercado. “Esperamos empregar mais pessoas após o término dos cursos de ‘Confeitaria de doces e salgados’, ‘Massoterapia’ e ‘Computação’”.
A coordenadora pegadógica da Advam, Rozineia Ribeiro, 38, ressalta o sucesso das parcerias e ressalta que o trabalho da associação também conta com a ajuda da Secretaria Municipal de Educação (Semed) e a Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência (Seped).
O crescimento profissional vem do esforço de cada um, mas também pode acontecer por meio da ajuda de terceiros. É isso que o Governo do Amazonas vem fazendo na vida de 18 pessoas com deficiência visual, inscritas no curso de “Confeitaria de doces e salgados” oferecido pelo Centro de Educação Tecnológica do Amazonas (Cetam). É a inclusão social acontecendo junto ao Terceiro Setor: organizações de iniciativa privada, sem fins lucrativos, que prestam serviços de caráter público.
O grupo de alunos faz parte da Associação dos Deficientes Visuais do Amazonas (Advam) e, de segunda a sexta-feira, das 8h ao meio-dia, marca presença nas aulas práticas comandadas pela professora Edineia Carneiro, 41, especialista na área gastronômica. Ela própria conta, animada, que muito do que sabe hoje aprendeu nos inúmeros cursos feitos pelo Cetam.
“Nunca imaginei que teria tanto prazer em transmitir meus conhecimentos. E hoje fico ainda mais feliz em poder ajudar os associados da Advam. Ao contrário do que muitos pensam, não existe dificuldade. Uns enxergam pouco, outros perderam 100% da visão, mas todos têm boa vontade e um desejo imenso de aprender”, conta a especialista.
Atenta às explicações da professora, a aluna Socorro Cabral, 56, afirma que achou fácil manipular a massa, rechear e moldar a coxinha de frango. Há 20 anos ela convive com a limitação visual. E hoje lhe restam apenas 15% de visão em um dos olhos. “Mas eu não paro. Fiz cursos de ‘Corte e costura’, ‘Emborrachado’, ‘Pintura em tecido’, todos pelo Cetam”, conta.
De acordo com Socorro, é com esses trabalhos que ela reforça sua renda de aposentada por invalidez. “Ainda tenho dois objetivos a alcançar: fazer faculdade de Direito e um curso de Radialismo. Meu sonho é levar informação para a minha comunidade em Novo Airão”, revela, contando que ainda se divide entre capital e interior para acompanhar o marido, um pescador artesanal.
O professor de português e francês, Oscarito Freitas, 57, e sua esposa Adília Nogueira, 47, também estão inscritos no curso de “Confeitaria de doces e salgados”. Ele perdeu a visão total há sete anos, em decorrência de um descolamento de retina. E ela enxerga parcialmente. Ambos se conheceram há dois anos na Advam e, de lá para cá, têm caminhado e crescido juntos.
Oscarito pretende colocar logo em prática o que está aprendendo no curso oferecido pelo Cetam. “Gosto de transmitir meus conhecimentos. Vou ensinar meus amigos e familiares”, conta o professor, formado em Letras pela Universidade Federal do Amazonas (Ufam). “Já estou inscrito no curso de computação voltado a Pessoas com Deficiência (PcD) que a Advam oferecerá por meio do Cetam”.
Parcerias – O curso “Confeitaria de doces e salgados” começou no dia 1º/4 e vai até 30/4. Outras parcerias com o Cetam já estão sendo firmadas para os próximos meses. Entre elas está os cursos de “Massoterapia” e “Computação”, pelo Dosvox. Esse sistema operacional permite que PcDs utilizem um microcomputador comum para desempenhar tarefas diversas.
A professora Rogéria Mesquita, coordenadora do Formação Inicial e Continuada (FIC) capital pelo Cetam, ressalta a preocupação da instituição em promover a inclusão social, facilitando o acesso ao mercado de trabalho e a geração de renda. “Este curso na Advam faz parte do projeto Cetam no Terceiro Setor. Ele visa firmar parcerias para oferecer cursos de qualificação profissional aos associados e à comunidade”.
BOX – Advam ressalta acesso ao mercado de trabalho
A direção da Advam não esconde a felicidade diante do entusiasmo de seus mais de 2 mil associados (capital e interior) com o aprendizado, crescimento profissional e ingresso ao mercado de trabalho. O vice-presidente da associação, Raimundo Alves Barbosa, 46, diz que as parcerias feitas com o Cetam vêm dando bons resultados.
Segundo ele, não adianta ter vagas para emprego e o interessado não possuir qualificação para o cargo. “Antes tínhamos essa dificuldade: nos eram oferecidas vagas, mas não tínhamos profissionais capacitados para ocupá-las”, explica Raimundo, ressaltando que, hoje, muitos associados buscam os cursos e conseguem trabalho.
O diretor de Trabalho e Profissionalização da Advam, Rogério Rosas, conta que nos últimos seis meses foram inseridos 68 associados ao mercado. “Esperamos empregar mais pessoas após o término dos cursos de ‘Confeitaria de doces e salgados’, ‘Massoterapia’ e ‘Computação’”.
A coordenadora pegadógica da Advam, Rozineia Ribeiro, 38, ressalta o sucesso das parcerias e ressalta que o trabalho da associação também conta com a ajuda da Secretaria Municipal de Educação (Semed) e a Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência (Seped).