DANIEL MONTEIRO
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Com a presença do presidente da Câmara Municipal de São Paulo, vereador Milton Leite (DEM), a Prefeitura da capital apresentou, em coletiva virtual nesta terça-feira (3/8), um resumo da situação epidemiológica da pandemia no município até o momento.
Também foram apresentadas as ações implementadas e em curso visando o controle de novos casos de Covid-19, principalmente com a confirmação da transmissão comunitária da variante Delta do novo coronavírus na cidade.
Um dos pontos destacados pela Prefeitura no combate à pandemia foi a grande adesão da população da capital à campanha de imunização contra a Covid-19, uma vez que o município atingiu a marca de 83,8% do público eletivo vacinado com a primeira dose da vacina.
Segundo os dados apresentados, um dos reflexos diretos do alto índice de vacinação foi a redução das mortes por Covid-19 de pessoas com mais de 60 anos – público que já completou o esquema vacinal e recebeu as duas doses do imunizante. Nesse sentido, a expectativa do município é de que, à medida que o restante da população receber a segunda dose, seja ampliada a tendência de diminuição dos novos casos e mortes.
Para o presidente da Câmara, vereador Milton Leite, essa perspectiva de melhoria da pandemia, aliada à vacinação e às ações do município para o controle do novo coronavírus, aumenta a possibilidade de reabertura econômica do município. “Preciso destacar que, com 83% do público-alvo vacinado, nos dá um pouco de esperança. A cidade de São Paulo é uma cidade de eventos, é uma cidade que precisa ser reaberta na sua totalidade. Estamos iniciando agosto e, com certeza, precisamos dar um norte para os grandes centros de eventos, um cronograma para que nós possamos dizer ao país e ao mundo que a cidade de São Paulo estará reabrindo, em condições de segurança e obedecidos os protocolos”, comentou o presidente da Câmara.
“Com esse quadro, nos dá uma esperança gigantesca para que as pessoas possam voltar a trabalhar e fazer da cidade de São Paulo a cidade de negócio, de esperanças, de oportunidade. São Paulo é a cidade de oportunidade e eu tenho fé que, com os números que estão aqui, os índices que estão apontando, será reaberta em breve. E isso é importante. Então fica aí a minha fala breve, na esperança de que esses eventos grandes sejam realizados e, principalmente, para que hotéis com salão de eventos, feiras e negócios voltem a fazer negócios para a cidade de São Paulo. Nossos hotéis estão parados e é preciso que eles tenham clientes, tenham hóspedes e que essa cidade gire. Precisamos que o ISS volte a gerar renda para a cidade de São Paulo. Isso é importante demais para nós, importante para a cidade que nós tenhamos recurso para pagar a despesa que vai ficando causada pela Covid-19 na cidade de São Paulo”, completou Leite.
Também participou da coletiva o prefeito Ricardo Nunes (MDB); o secretário municipal da Saúde, Edson Aparecido; a coordenadora do Núcleo de Vigilância de Doenças Agudas Transmissíveis da Covisa (Coordenadoria de Vigilância em Saúde), Paula Bisordi Ferreira; e o vereador George Hato (MDB).
Situação epidemiológica e variante Delta
Segundo os dados apresentados pela Prefeitura, os casos de síndrome gripal e de SRAG (Síndrome Gripal Aguda Grave) vinham em queda desde a semana epidemiológica 22 (início de junho), mas apresentaram estabilidade entre as semanas 26 e 28, com alerta para possibilidade aumento de casos notificados. Da mesma forma, foi observada uma estabilidade no número de óbitos, a partir da semana epidemiológica 21 (final de maio), após sucessivas semanas em queda.
Sobre a variante Delta na capital, a Prefeitura destacou que em 05/07 foi notificado o primeiro caso no município, sendo que os primeiros sintomas do paciente infectado começaram em 19/06. Já entre 16/07 e 20/07 foram notificados outros 7 casos confirmados de variante Delta.
Conforme a cronologia apresentada, em 21/07 o Instituto Butantan notificou mais quatro casos da variante Delta em residentes na cidade de São Paulo. No dia 22/07, houve a notificação de mais um caso Hospital Israelita Albert Einstein. Por fim, no dia 27/07 o Butantan notificou 10 sequenciamentos da variante delta em investigação – um paciente é residente em outro município.
Segundo a Prefeitura, após a investigação epidemiológica, não foi possível identificar a origem da infecção do primeiro caso notificado da variante Delta no município. Dessa forma, é possível considerar a possibilidade de transmissão comunitária da variante na capital paulista.
Diante desse cenário, foram instaladas barreiras sanitárias nos terminais rodoviários e no aeroporto de Congonhas, com o objetivo de controlar as pessoas que chegam à capital, identificar possíveis casos positivos, adotar as medidas sanitárias necessárias e, assim, impedir o avanço da variante Delta no município.
Além disso, pacientes com sintomas respiratórios de síndrome gripal, em casos leves e moderados, passaram a ser atendidos e acompanhados pela atenção básica da Saúde com monitoramento por 14 dias, avaliação clínica e oximetria, através da instituição de um protocolo de exames de acordo com recomendação técnica e o fornecimento de oxímetro para grupos de risco e/ou comorbidades, gestantes e piora do quadro.
Por fim, a Prefeitura reforçou a recomendação de manter o uso correto de máscara (cobrindo nariz e boca), distanciamento social, higienização de mãos e evitar aglomerações. Caso a pessoa apresente qualquer sintoma compatível com síndrome gripal, ela deve procurar uma unidade de saúde, uma vez que todos os casos suspeitos devem ser imediatamente notificados e passar por uma investigação clínica e laboratorial. Além disso, os casos suspeitos devem ficar em isolamento por no mínimo 10 dias e seus contatos próximos devem fazer quarentena de 14 dias.