LUANA GASPAROTTO
DA REDAÇÃO
Em reunião de trabalho da Comissão de Saúde, Promoção Social, Trabalho e Mulher, nesta quarta-feira (27/3), na Câmara Municipal de São Paulo, foram debatidas as condições de trabalho dos profissionais que atuam no SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência).
Além dos vereadores Gilberto Natalini (PV), Celso Giannazi (PSOL) e Juliana Cardoso (PT), membros da comissão, participaram da reunião funcionários e representantes dos enfermeiros do SAMU, que se concentraram em debater melhores condições de trabalho e a situação atual do serviço em São Paulo.
Devido a um processo de reestruturação em curso, a Secretaria Municipal de Saúde tem feito realocações no SAMU, a partir das diretrizes da portaria 190/2019, o que tem gerado reações contrárias de servidores.
De acordo com o enfermeiro do SAMU Alexandre Yague, não foi feito um estudo adequado para essas alterações. “O município conta atualmente com 122 ambulâncias, e muitas não trabalham 24 horas, o que impacta no tempo de resposta. Não houve estudo epidemiológico para essas novas bases. E não temos efetivamente o atendimento para o qual o SAMU foi criado”, afirmou Yague.
Para o vereador Natalini, as manifestações dos servidores devem ser averiguadas com a Secretaria Municipal de Saúde. “Vamos tomar uma posição para que o atendimento do SAMU não seja prejudicado, mas sim mantido e melhorado. É nosso trabalho levar essa luta para frente”, disse o vereador.
A comissão aguarda o comparecimento do coordenador de regulação da Secretaria Municipal de Saúde, Marcelo Itiro Takano, para prestar esclarecimentos sobre o serviço, conforme requerimento aprovado na reunião do dia 13 de março.