Entra em cartaz no próximo sábado (15) a exposição “A linha como direção”, que tomará todo o segundo andar da Pinacoteca Estação. Com curadoria do Núcleo de Pesquisa e Curadoria do museu, a mostra apresenta 12 esculturas e relevos, pertencentes ao acervo da Pinacoteca, que tem em comum o fato de apoiarem-se no elemento geométrico da linha para criar sua espacialidade, retendo, de maneira direta ou indireta, alguns dos questionamentos propostos pelo construtivismo no início do século XX.
Os trabalhos reunidos nesta exposição são compostos por diversas matrizes do construtivismo. As obras de Waltercio Caldas, por exemplo, flertam com o grafismo. Macaparana e Joaquim Tenreiro criam volumes a partir do cruzamento das linhas ortogonais ou diagonais. Willys de Castro e Luiz Hermano também operam com a modulação da linha e com ela sugerem volumes sucessivos ou alternados.
Todos eles têm algo em comum: ocupam o espaço, tanto com cheios como com vazios, numa quase demonstração da possibilidade de separar o volume da massa de que também falavam os construtivistas.
Foram incluídos também na seleção curatorial, artistas que jogaram nova luz sobre a linhagem construtivista nas últimas décadas, remodelando a percepção do movimento na sociedade. “Essas artistas retiram sua graça justamente de seu caráter de risco, de quase-objeto – que pode ser completado pela vontade e fantasia, ou que se mantém para sempre em potência, no estado de esboço ou como vestígio, resto ou memória”, finaliza Fernanda Pitta, uma das curadoras do núcleo.
“A linha como direção” fica em cartaz até o dia 03 de fevereiro de 2020.
SERVIÇO
A linha como direção
Visitação: 15 de junho de 2019 a 3 de fevereiro de 2020
De quarta a segunda, das 10h às 17h30 – com permanência até as 18h
Pinacoteca: Estação – Largo General Osório,66 – 2º andar.
Gratuita todos os dias.
Wifi livre para visitantes
Acesso para cadeirantes