No primeiro dia da coleta de assinaturas para à abertura da CPI da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam) – que visa investigar os gastos de mais de R$ 130 milhões em dispensa de licitação e contratos emergenciais com transporte e alimentação pela pasta – os deputados deputado Augusto Ferraz (DEM) e Dermilson Chagas (PP) assinaram o documento, na sessão da última quinta-feira (09). A terceira veio do propositor.
O autor da proposta, deputado Wilker Barreto (PHS), iniciou as conversas com os parlamentares e espera, até a próxima semana, concluir com o processo das assinaturas. “A CPI da educação é necessária, já tem procedimento de investigação no ministério público do Estado e Federal. São 18 milhões a mais de gastos com a Dantas Transporte e sei que esses monitores não estão trabalhando. Também sei que já começou um ‘barata voa na empresa’ para contratar pessoas porque eles sabem que a Assembleia não vai parar de cobrar. A merenda teve um sobrepreço absurdo. O nosso papel é zelar com o dinheiro da população e na cara dura estão metendo a mão no dinheiro do contribuinte”, revelou Wilker.
O líder do DEM, Augusto Ferraz, disse da tribuna que assinou a CPI por não ter nada a esconder. “Venho supervisionando e fiscalizando o interior. Sei o benefício que a Dantas está trazendo, mas não tenho conhecimento de como anda a situação dos monitores, não sei dizer de forma embasada se está tendo carteira assinada ou contrato. Quem não deve não teme e apoio a CPI do deputado Wilker Barreto, que está fazendo o seu papel como parlamentar”, afirmou.
Ao assinar o documento, o deputado Dermilson Chagas declarou que a CPI terá condições de esclarecer os verdadeiros gastos da pasta da educação do Estado. “Essa CPI vem no momento certo. Ela vem trazer luz para esclarecer o desvio de dinheiro que está acontecendo lá na Seduc. Tem alguém se favorecendo com isso e nós vamos descobrir”, afirmou Chagas.
Mais de 130 milhões
De acordo com o Portal da Transparência, somente na gestão do secretário Luiz Castro, a Seduc já gastou mais R$ 46 milhões em transporte escolar no período de 180 dias. Em dispensa de licitação para as refeições preparadas para os Centros de Educação em Tempo Integral (Ceti’s) do interior e a capital somam-se R$ 98 milhões.
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