Deputada acusa ministro de manipular dados e diz que Educação avançou em todos os governos
Pelo PDT, a deputada Tabata Amaral (SP) disse ser mentira que o setor de Ciências Humanas é privilegiado, ressaltando que 1,4% das verbas do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) vai para as Humanas.
“Um ministro não pode travar essa cruzada contra o que o governo chama de marxismo cultural, coisa que não existe. A educação e as universidades não são o projeto de um único partido e sim de uma nação. Deixe de manipular os dados, porque a educação começou com investimento durante a ditadura e avançou durante todos os governos”, afirmou.
Balbúrdia
O deputado Daniel Almeida (PCdoB-BA) criticou o ministro da Educação, chamando-o de “presunçoso” e “arrogante”. “Enquanto isso, o Bolsonaro está lá fora batendo continência para a bandeira dos Estados Unidos, que é o que ele gosta de fazer”, afirmou.
Sobre a Universidade Federal da Bahia, acusada de “balbúrdia” pelo ministro após o aumento do contingenciamento, Almeida ressaltou a primazia da instituição, lembrando que é uma das primeiras do Brasil e a 30ª da América Latina.
Também falando pelo PCdoB, a deputada Alice Portugal (BA) levantou a hipótese de o ministro fazer o contingenciamento para depois negociar com cada reitor para angariar apoios na próxima indicação para o posto.
“O senhor parece sofrer de uma certa esquizofrenia, como o presidente da República. Responda se o senhor vai seguir as indicações para a reitoria feitas pela comunidade universitária”, questionou.
Telefonema
Sobre a questão do telefonema do presidente da República, Jair Bolsonaro, ao ministro, Abraham Weintraub disse que os deputados presentes na reunião não ouviram suas explicações. “Expliquei ao presidente que o contingenciamento foi determinado pelo Ministério da Economia por lei e que se não houver recursos no fim do ano teria de haver créditos adicionais”, disse.
O debate prossegue no Plenário da Câmara.
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