Will Shutter/ Câmara dos Deputados
Coletivo de Mulheres de Samba se apresentou durante o manifesto cultural
Coube à deputada Maria do Rosário (PT-RS) lembrar o engajamento político de Beth Carvalho, forjado desde os tempos de resistência à ditadura militar. “Beth sempre teve lado: artista posicionada pela democracia e pela liberdade.
Artista que conectou as periferias do Brasil ao mais alto padrão de arte. E eu digo isso porque não queremos viver em um País que divida as pessoas e isso começa quando a gente canta junto, brinca junto e se dá conta que tem uma mesma identidade”.
Coordenadora do manifesto cultural realizado nesta quarta-feira (29), a deputada Jandira Feghalli (PC do B-RJ), disse que a homenagem reforça a imortalidade da obra de Beth Carvalho.
“Esse manifesto cultural é fundamental para que a gente marque no Parlamento brasileiro, que deve ser a expressão da diversidade desse País continental, uma homenagem singela de Beth Carvalho para sempre viva entre nós”.
O manifesto em homenagem à Beth Carvalho foi iniciativa da presidente da Comissão de Cultura, deputada Benedita da Silva (PT-RJ). Ela lembrou que o colegiado promove tais eventos desde 2013 em forma de “atos artísticos para a defesa da cultura e sua transversalidade no processo legislativo”. “A intenção do projeto é unir os debates sobre a cultura com a expressão cultural em si”.
Trajetória
A “madrinha do samba” nos deixou em 30 de abril, aos 72 anos de idade, depois de passar semanas internada em um hospital do Rio de Janeiro. Na véspera do primeiro mês de morte, a Comissão de Cultura reuniu o Coletivo de Mulheres de Samba do Distrito Federal para relembrar um pouco do repertório e das histórias de vida de Beth Carvalho. Com 19 anos de idade, a cantora gravava o primeiro compacto simples, ainda influenciada pela bossa-nova. Três anos depois, veio o primeiro grande sucesso: “Andança”, de Paulinho Tapajós e Danilo Caymmi.
Logo Beth Carvalho abraçaria o samba para sempre, buscando referência nas velhas guardas de escolas tradicionais, principalmente da sua Estação Primeira de Mangueira. Sua voz foi parar até no planeta Marte quando a Nasa, a agência espacial dos Estados Unidos, usou o samba “Coisinha do pai” (de Jorge Aragão, Almir Guineto e Luiz Carlos) durante uma missão (Mars Pathfinder) de 1997. Por isso, Beth costumava dizer que, mais do que cantora internacional, ela era “interplanetária”.
Marca
A vocalista do Coletivo de Mulheres de Samba, que se apresentou durante o manifesto cultura, Clara Nogueira, cita outra marca da história de vida da cantora. “Não tem como falar de Beth Carvalho e não falar de luta. Ela abriu portas onde antigamente não entravam o preto, a música preta, as mulheres. E tinha um brilhantismo na escolha de seus compositores. A luta da Beth continua viva com cada artista que continua cantando em seu nome”.
E foram vários os artistas batizados no samba por Beth Carvalho. Na lista, estão Zeca Pagodinho, Mariene de Castro e praticamente todo o grupo Fundo de Quintal, como Jorge Aragão, Arlindo Cruz e Almir Guineto.
Ouça esta matéria na Rádio Câmara
Will Shutter/ Câmara dos Deputados
Coletivo de Mulheres de Samba se apresentou durante o manifesto cultural
Coube à deputada Maria do Rosário (PT-RS) lembrar o engajamento político de Beth Carvalho, forjado desde os tempos de resistência à ditadura militar. “Beth sempre teve lado: artista posicionada pela democracia e pela liberdade.
Artista que conectou as periferias do Brasil ao mais alto padrão de arte. E eu digo isso porque não queremos viver em um País que divida as pessoas e isso começa quando a gente canta junto, brinca junto e se dá conta que tem uma mesma identidade”.
Coordenadora do manifesto cultural realizado nesta quarta-feira (29), a deputada Jandira Feghalli (PC do B-RJ), disse que a homenagem reforça a imortalidade da obra de Beth Carvalho.
“Esse manifesto cultural é fundamental para que a gente marque no Parlamento brasileiro, que deve ser a expressão da diversidade desse País continental, uma homenagem singela de Beth Carvalho para sempre viva entre nós”.
O manifesto em homenagem à Beth Carvalho foi iniciativa da presidente da Comissão de Cultura, deputada Benedita da Silva (PT-RJ). Ela lembrou que o colegiado promove tais eventos desde 2013 em forma de “atos artísticos para a defesa da cultura e sua transversalidade no processo legislativo”. “A intenção do projeto é unir os debates sobre a cultura com a expressão cultural em si”.
Trajetória
A “madrinha do samba” nos deixou em 30 de abril, aos 72 anos de idade, depois de passar semanas internada em um hospital do Rio de Janeiro. Na véspera do primeiro mês de morte, a Comissão de Cultura reuniu o Coletivo de Mulheres de Samba do Distrito Federal para relembrar um pouco do repertório e das histórias de vida de Beth Carvalho. Com 19 anos de idade, a cantora gravava o primeiro compacto simples, ainda influenciada pela bossa-nova. Três anos depois, veio o primeiro grande sucesso: “Andança”, de Paulinho Tapajós e Danilo Caymmi.
Logo Beth Carvalho abraçaria o samba para sempre, buscando referência nas velhas guardas de escolas tradicionais, principalmente da sua Estação Primeira de Mangueira. Sua voz foi parar até no planeta Marte quando a Nasa, a agência espacial dos Estados Unidos, usou o samba “Coisinha do pai” (de Jorge Aragão, Almir Guineto e Luiz Carlos) durante uma missão (Mars Pathfinder) de 1997. Por isso, Beth costumava dizer que, mais do que cantora internacional, ela era “interplanetária”.
Marca
A vocalista do Coletivo de Mulheres de Samba, que se apresentou durante o manifesto cultura, Clara Nogueira, cita outra marca da história de vida da cantora. “Não tem como falar de Beth Carvalho e não falar de luta. Ela abriu portas onde antigamente não entravam o preto, a música preta, as mulheres. E tinha um brilhantismo na escolha de seus compositores. A luta da Beth continua viva com cada artista que continua cantando em seu nome”.
E foram vários os artistas batizados no samba por Beth Carvalho. Na lista, estão Zeca Pagodinho, Mariene de Castro e praticamente todo o grupo Fundo de Quintal, como Jorge Aragão, Arlindo Cruz e Almir Guineto.
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