sábado, agosto 2, 2025
Sem resultados
Visualizar todos os resultados
O Verídico
  • Principal
  • Política
  • Amazonas
  • Brasil
  • Mundo
  • Judiciário
  • Economia
  • Principal
  • Política
  • Amazonas
  • Brasil
  • Mundo
  • Judiciário
  • Economia
Sem resultados
Visualizar todos os resultados
O Verídico
Sem resultados
Visualizar todos os resultados

Deputados querem regulamentar pagamento por serviços ambientais

por marceloleite
12 de julho de 2019
no Sem categoria
0
Deputados querem regulamentar pagamento por serviços ambientais
0
Compartilhamentos
7
Visualizações
Share on FacebookShare on Twitter

Vinícius Loures/Câmara dos Deputados

Audiência pública sobre a Lei da Mata Atlântica, os Seus Avanços e Ameaças Atuais. Dep. Rodrigo Agostinho (PSB-SP)

Deputado Rodrigo Agostinho: Essa é uma das poucas agendas que unem ambientalistas e ruralistas

Deputados querem viabilizar o pagamento por serviços ambientais (PSA) de forma equilibrada para produtores rurais e populações tradicionais. Uma audiência pública conjunta das comissões de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável; e de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural reuniu representantes do governo e dos dois setores envolvidos, em busca de acordo em torno dos vários projetos de lei que tramitam na Câmara sobre o tema.

O pagamento por serviço ambiental está previsto no Código Florestal (Lei 12.651/12), mas ainda depende de regulamentação. Trata-se de instrumento de retribuição, monetária ou não, pelas ações de preservação dos ecossistemas.

Para o presidente da Comissão de Meio Ambiente, deputado Rodrigo Agostinho (PSB-SP), essa é uma das poucas agendas que unem ambientalistas e ruralistas e tem chance de aprovação imediata. Relator de uma das propostas (PL 312/15), o deputado Camilo Capiberibe (PSB-AP), aposta em “equilíbrio” no texto final. “É muito importante a gente dar uma resposta para os dois setores: se olhar um, que não se excluam justamente as populações tradicionais. Essa é a minha preocupação nesse debate.”

PUBLICIDADE

A representante da Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (Conaq) Kátia Penha disse que a regulamentação do PSA passa pela regularização das terras dos povos tradicionais que, segundo ela, vêm sendo “griladas e assediadas” pelo agronegócio.

Cleia Viana/Câmara dos Deputados

Audiência Pública sobre pagamentos por Serviços Ambientais. Presidente do CNS - Conselho Nacional das Populações Extrativistas, Joaquim Correa de Souza Belo

Para Joaquim Correa, tem que haver “uma grande aliança entre economia, natureza e sociedade, que são o tripé desse processo”

Já o presidente do Conselho Nacional das Populações Extrativistas (CNS), Joaquim Correa de Souza Belo, reclamou de resistências ao tema por parte de setores econômicos e do governo. “Não tem saída para isso se não houver uma grande aliança entre economia, natureza e sociedade, que são o tripé desse processo. A sociedade almeja isso, mas a economia não abre mão do modelo e a natureza paga o pato”, declarou.

O chefe de assuntos socioambientais do Ministério da Agricultura, João Adrien Fernandes, admitiu a necessidade de solução rápida para a titulação de terras indígenas e quilombolas, mas pediu que a futura lei preveja outros tipos de pagamento, como a cota de reserva ambiental (CRA), já regulamentada pelo ministério como um tipo de PSA junto ao produtor rural.

“Hoje o Brasil preserva em torno de 66% de áreas com floresta nativa, dos quais 25% estão dentro das propriedades rurais. Então, o produtor rural passa a ter, além da responsabilidade com a segurança alimentar, uma contribuição para a preservação ambiental”, explicou Fernandes.

Critérios objetivos
O secretário de produtividade do Ministério da Economia, Gustavo Fontenele, citou a atual crise fiscal do País para pedir que o pagamento por serviços ambientais tenha “definição econômica clara e critérios objetivos”.

Fundador da ONG Instituto Socioambiental (ISA), Márcio Santilli concordou com esse argumento e sugeriu, então, que o governo Bolsonaro pare de criticar outras fontes de recursos para o PSA, como o Fundo Amazônia mantido por doações voluntárias dos governos da Noruega e da Alemanha. Santilli citou outras alternativas de PSA.

“Entendo que não cabe ao orçamento público pagar pelo mero cumprimento da lei. É possível se alcançar esse algo mais para a proteção do meio ambiente por meio de um programa de incentivos e compensações viabilizado pelo governo”, afirmou.

Cleia Viana/Câmara dos Deputados

Audiência Pública sobre pagamentos por Serviços Ambientais. Chefe da Assessoria de Assuntos Socioambientais do Mapa - Ministério da Agricultura, Pesca e Pecuária,  João Adrien Fernandes

João Fernandes, do Ministério da Agricultura, pediu que a futura lei preveja outros tipos de pagamento por serviços ambientais

Alternativas
Ao longo da audiência, os debatedores citaram outras alternativas de PSA, como o ICMS ecológico, linhas de crédito diferenciadas e isenções tributárias para quem oferece serviços ambientais aos ecossistemas.

O pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Luciano Mattos alertou que o recente acordo entre Mercosul e União Europeia também deve ser considerado na análise do PSA.

“Nós estamos eliminando barreiras tarifárias, que é uma oportunidade muito grande para exportar. Por outro lado, o Brasil vai ter que ver que, nesse tipo de relação, vêm as barreiras não tarifárias nos moldes do que há nos programas territoriais europeus para valorizar a política ambiental, a cultura, a saúde pública, a qualidade do alimento. E isso se choca muito com o que estamos assistindo hoje no Brasil, com muita polêmica na questão ambiental e um registro de agroquímicos proibidos na Europa e nos Estados Unidos de maneira avassaladora”.

Segundo Mattos, o pagamento por serviços ambientais pode ser um instrumento eficaz para a readequação da agricultura brasileira, em caso de ratificação do acordo Mercosul-União Europeia.

Para aprimorar as propostas em análise na Câmara, os debatedores também sugeriram que a regulamentação do PSA venha acompanhada de orçamento definido por lei, políticas públicas e escala territorial das ações, perpassando por várias propriedades.

marceloleite

marceloleite

Próxima notícia

MPF ajuíza ação civil pública por oferta ilegal de mestrado no Bico do Papagaio, região norte do Tocantins

Recommended

Microsoft Global Datacenters and Network Infrastructure

Microsoft Global Datacenters and Network Infrastructure

7 anos ago
Vídeo: Medidas de gestão de pessoal no serviço público podem trazer economia de R$ 128 bi, revela IFI

Vídeo: Medidas de gestão de pessoal no serviço público podem trazer economia de R$ 128 bi, revela IFI

4 anos ago
  • Principal
  • Política
  • Amazonas
  • Brasil
  • Mundo
  • Judiciário
  • Economia

Sem resultados
Visualizar todos os resultados
  • Principal
  • Política
  • Amazonas
  • Brasil
  • Mundo
  • Judiciário
  • Economia