sexta-feira, junho 20, 2025
Sem resultados
Visualizar todos os resultados
O Verídico
  • Principal
  • Política
  • Amazonas
  • Brasil
  • Mundo
  • Judiciário
  • Economia
  • Principal
  • Política
  • Amazonas
  • Brasil
  • Mundo
  • Judiciário
  • Economia
Sem resultados
Visualizar todos os resultados
O Verídico
Sem resultados
Visualizar todos os resultados

Destinação de parte do Fundo Social para ciência e tecnologia é discutida na CCT

por marceloleite
13 de junho de 2019
no Sem categoria
0
Destinação de parte do Fundo Social para ciência e tecnologia é discutida na CCT
0
Compartilhamentos
16
Visualizações
Share on FacebookShare on Twitter

A Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT) debateu, nesta quinta-feira (13), o Projeto de Lei do Senado (PLS) 181/2016, que destina 20% dos rendimentos do Fundo Social para pesquisa e desenvolvimento científico. Criado pela Lei 12.351, de 2010, o fundo é formado por recursos recebidos pelo governo a partir da exploração do petróleo da camada pré-sal. O texto, de autoria do senador Lasier Martins (Podemos/RS), já foi aprovado em decisão terminativa pela CCT no último dia 5 e aguarda decisão de recurso, antes de ser enviado à Câmara dos Deputados.

Durante a audiência, o secretário de Políticas para Formação e Ações Estratégicas do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTI), Marcelo Marcos Morales, afirmou que o orçamento do ministério é incoerente com o de um país que “quer despontar em conhecimento e produção científica”. Enquanto a China aplica US$ 30 bilhões em ciência e tecnologia por ano, o Brasil dispõe de apenas R$ 2.7 bilhões para a área, informou.

PUBLICIDADE

Ao defender a aprovação do PLS, Morales ressaltou que o Brasil atingiu a 13ª colocação em produção científica no mundo, no espaço de 20 anos, sendo responsável por 52% da produção científica na América Latina. O pesquisador declarou que o país alcançou um patamar “invejável” na área, mas disse que, embora a ciência nacional tenha se desenvolvido, a atividade não pode parar.

— É através do MCTI que nós articulamos a pesquisa em todo o território nacional. O quantitativo de bolsas de pesquisas tem diminuído em função do baixo orçamento da pasta, mas é preciso lembrar que recurso para pesquisa não é gasto, é investimento.

Morales explicou que a destinação da verba para o CNPq, prevista no PLS 181/2016, tem a finalidade de articular as pesquisas realizadas em áreas como meio ambiente, mares, defesa e biodiversidade. Ao enfatizar a importância de aprovação da matéria, ele ressaltou a necessidade de reestruturação dos laboratórios de pesquisa de universidade e institutos ligados ao MCTI, com investimentos perenes.

Pesquisas

O secretário de Qualidade Ambiental do Ministério do Meio Ambiente (MMA), André Luiz Felisberto França, reconheceu a necessidade de aumento da produtividade para promover a competitividade e o desenvolvimento do país. Ele observou um sucateamento das instituições de pesquisa nos últimos anos e disse que o MMA é sensível às questões apresentadas pelo MCTI.

André destacou que, embora o Fundo Social não reserve especificamente 20% de recursos para ciência e tecnologia, o próprio texto institui uma política de governança, por meio de um conselho deliberativo, que permite o debate sobre a destinação da verba.

— Isso pode atender circunstâncias como o melhor direcionamento para uma área ou outra, em função, por exemplo, da agenda de governo ou outras prioridades que surjam.

O secretário da Comissão Interministerial para os Recursos do Mar do Comando da Marinha do Brasil, Sérgio Gago Guida, disse que os representantes do órgão são conscientes da importância da ciência e tecnologia para o país. Ele explicou que qualquer pesquisa na Antártida ou no mar, por exemplo, é muito cara, e informou que os editais atuais do CNPq são importantes, porém insuficientes.

— O último edital foi da ordem de R$ 18 milhões. Muito pouco, quando comparado ao que nós gastamos em logística, que é um custo fixo, onde gastamos um total de R$ 80 milhões por ano.

Também favorável à aprovação do projeto de lei, o secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, Denizar Vianna Araújo, ressaltou que a articulação das demandas deve ser feita pelo MCTI junto aos demais órgãos. O especialista defendeu o bom senso nas tomadas de decisões, alertando que políticas públicas referentes à saúde devem ser norteadas por evidências. E isso, segundo ele, só é possível por meio da pesquisa.

— O Ministério da Saúde tem um dos maiores orçamentos da Esplanada, mas precisa usar bem esse recurso, e o MCTI é fundamental nessa articulação. É essa utilização adequada que levará benefícios à sociedade, fazendo com que cada cidadão perceba o valor dos investimentos.

Recursos

Coordenadora-geral de Programas Estratégicos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), Priscila Lelis Cagni disse que o Ministério da Educação é favorável ao PLS 181/2016, com ressalvas. Segundo ela, a destinação limitada aos programas e projetos vinculados a uma instituição específica, como o CNPq, impediria que outras ações voltadas para o desenvolvimento científico e tecnológico sejam beneficiadas pelos recursos decorrentes do rendimento do Fundo Social.

—A Capes foi consultada em 2016, mas permanece com a mesma posição. Estamos à disposição nessa discussão, que é bastante importante, inclusive, com os parceiros aqui, para que cada um faça suas considerações.

Difusão do conhecimento

O autor do requerimento para a audiência pública, senador Izalci Lucas (PSDB-DF), defendeu mais divulgação e conscientização sobre a pesquisa, ressaltando a importância de se popularizar o assunto. Ele atribuiu a diminuição dos recursos para a área à falta de entendimento sobre o tema e de articulação do governo na assinatura de parcerias.

— Espero que a gente consiga aprovar o projeto, mas é importante que os demais ministérios continuem a investir em pesquisa, inclusive aplicada, aproveitando as estruturas que já existem e todos os seus potenciais.

O relator do PLS 181/2016, senador Jean Paul Prattes (PT-RN), disse que respeita todas as destinações dos royalties do petróleo, considerando o assunto uma questão de Estado. Ao declarar que manterá o relatório como está, o parlamentar explicou que a destinação da verba para o MCTI não exclui o entendimento da pasta com instituições como Exército, Marinha ou Ministério da Saúde sobre o uso do recurso.

— A matéria ciência e tecnologia é indicada genericamente para a destinação. Isso significa que, se houver componentes de ciência e tecnologia no Ministério dos Esportes, por exemplo, e ele apresentar projetos relacionados ao tema, certamente terá uma destinação [de recursos] dada pelo governante de plantão.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

marceloleite

marceloleite

Próxima notícia

"O que ele fez não tem preço", diz Bolsonaro sobre Moro na Lava Jato

Recommended

‘Pitoco’ por Rolando Boldrin

‘Pitoco’ por Rolando Boldrin

8 anos ago
“Praça do Consumidor” da Assembleia Legislativa chega ao município de Itacoatiara

“Praça do Consumidor” da Assembleia Legislativa chega ao município de Itacoatiara

4 anos ago

Popular News

    Connect with us

    • Principal
    • Política
    • Amazonas
    • Brasil
    • Mundo
    • Judiciário
    • Economia

    Sem resultados
    Visualizar todos os resultados
    • Principal
    • Política
    • Amazonas
    • Brasil
    • Mundo
    • Judiciário
    • Economia