Há 21 minutos
Por Agência Amazonas
Detentos do CDPM 2. Foto: Divulgação Oito reeducandos do Centro de Detenção Provisória de Manaus 2 (CDPM 2), do programa de ressocialização implantado pelo Governo do Amazonas “Trabalhando a Liberdade”, estão realizando trabalhos extramuros no Comando de Operações Especiais da Polícia Militar do Amazonas (COE/PMAM).
A parceria entre a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) e a PMAM já é antiga. Desde a criação do “Trabalhando a Liberdade”, em 2019, os detentos do sistema prisional realizam trabalhos nas locações onde as tropas militares funcionam. No COE, os reeducandos já construíram o muro da entrada, um tapiri e a cobertura da academia. Eles também reformaram e ampliaram o alojamento de oficiais e sargentos e executaram serviços de eletricidade.
Agora, a Seap tem disponibilizado a mão de obra carcerária no comando para a execução dos seguintes serviços: construção do alojamento do batalhão, do galpão onde irá funcionar a sala de condicionamento físico e o auditório dos militares, limpeza, conservação e roçagem do local, mais a carga e descarga de madeiras apreendidas em operações.
O capitão Ricardo Lemos exaltou a parceria duradoura. “Para nós é muito gratificante podermos contar com esse apoio, pois não temos os nossos próprios trabalhadores, então, essa iniciativa acaba barateando a obra. Acreditamos que esse programa só tem a evoluir e com certeza é algo que veio para ficar aqui no estado do Amazonas”.
O interno Gilberto* (nome fictício*), que está há dois anos e cinco meses no programa, participou desde as primeiras obras do COE. Para ele, fazer parte disso tem transformado sua vida. “Eu me sinto bem em vir para cá, porque é um meio de estarmos fora da cadeia, tendo uma liberdade. Poder trabalhar mudou muita coisa na minha vida, pois todo ser humano está sujeito a errar, mas quem quer mudar tem essa chance dentro desse programa e eu estou mudando”.
Remição de pena
Canal de ressocialização, o programa “Trabalhando a Liberdade” possibilita a oferta de uma ocupação enquanto o interno está em cárcere, a profissionalização e a remição de um dia da pena a cada três dias trabalhados.