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Por Agência Amazonas
24 de agosto, Dia do Artista. Foto: Eduardo Cavalcante/Seduc-AMMúsica, dança, literatura. Qual expressão artística está presente no cotidiano dos estudantes? No dia a dia de Maysa Silva, Luana e Luane Pardo, do 6º ano, o desenho é que as guia para exercitar a criatividade, expressarem-se com o mundo e deixarem as páginas dos cadernos mais bonitas. Orientadas pela professora de Artes, Cris Pimentel, elas começaram a aprender as técnicas de traços e cores e sonham, dentre tantas coisas, em serem artistas reconhecidas pelo talento.
As alunas e a professora são da Escola Estadual Nathália Uchôa, na zona sul de Manaus, onde se reúnem nos tempos vagos para terem orientações. A docente desenvolve o projeto “Formando Artistas: o desenho como base para o início de uma vida artística”, um dos 712 aprovados no Programa Ciência na Escola (PCE), da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado Amazonas (Fapeam).
Com quase 20 anos no meio, Cris conta que começou a gostar das expressões artísticas com o pai e, desde cedo, almejava seguir a carreira. Neste dia 24 de agosto, Dia do Artista, ela diz que quer, com o projeto, incentivar os estudantes a se mostrarem e não terem vergonha de se expressar.
“Estudei com o professor Anísio Mello e desde lá estou no ramo, não me vejo fazendo outra coisa. Eu vejo que com ela posso ajudar outras pessoas, por exemplo, as alunas mostram os desenhos e eu tento mostrar a elas que a arte está em tudo. Na pandemia, tivemos muitas lives e, aqui em Manaus, temos muitas galerias físicas, então, a ideia que tive foi de montar uma galeria digital na escola, botar as crianças, os talentos”, explica Pimentel.
As gêmeas Luana e Luane, de 12 anos, gostam de desenhar mangá. Ambas assistem a animes e tentam copiar os personagens, com traços e cores de cada um. Agora, elas querem conseguir fazer desenhos mais realistas e criados da própria cabeça. “Eu sinto muita alegria quando estou desenhando, e sinto que as pessoas também ficam alegres quando recebem os desenhos”, diz Luana.
Luane, dentre as profissões que quer seguir, também quer ser desenhista profissional. “Dá para a gente levar a arte para todos os lugares, se inspirar. Eu quero conseguir fazer meus próprios desenhos, sem ‘colar’ dos que já existem”, entrega a estudante.
Técnicas aprimoradas
Maysa Silva, também de 12 anos, conta que queria fazer um curso de desenho, mas não conseguia arcar com o alto custo. Com as aulas gratuitas da professora na própria escola, ela teve o estímulo para seguir criando.
“Eu quero ser dubladora e desenhista, criar histórias, mangás. Quero fazer desenhos bons, vendê-los, ter renda, sabe? Fiquei muito feliz quando a professora me convidou, porque estudando eu vou aprender os traços, melhorar. O meu primeiro desenho foi o Kakashi [personagem de anime], que fiz para presentear um amigo, aí vi que ficou bom e fui tentando outras formas. Para mim, a arte traz felicidade, tira a gente do mundo real, nos distrai, afasta a gente dos problemas, é ótimo”, avalia a estudante.