LETÍCIA GOMES
DA REDAÇÃO
A Comissão de Saúde, Promoção Social, Trabalho e Mulher ouviu, durante reunião ordinária realizada nesta quarta-feira (8/05), Marcelo Takano, diretor do SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), e outros representantes do serviço municipal.
Através de uma convocação do colegiado, o diretor do SAMU compareceu à reunião da comissão para prestar mais esclarecimentos sobre a reestruturação das equipes e bases móveis do serviço. “Nesse novo modelo, integrado com as coordenadorias regionais de saúde, a coordenadoria tem a potência de identificar o ponto específico a ser melhorado e intervir. Ao descentralizar, estamos ampliando a atuação da gestão para a melhoria funcional dos nossos servidores”, disse Takano.
Para funcionários do SAMU presentes à reunião, a reestruturação é inviável. “Os números são muito bonitos, mas nós que estamos na rua, desde o inicio da reestruturação, que acirrou com a portaria 190, no dia 23 de fevereiro, vimos que esse projeto com certeza não favorece a população, muito menos os funcionários”, afirmou Andreia Quintão.
A funcionária do SAMU destacou as condições de trabalho da categoria. “Estamos falando em ter condições de trabalhar na rua, com características totalmente diferentes de trabalhar em hospital ou Unidade Básica de Saúde. Não está sendo feita uma reestruturação que respeite as necessidades da população”, disse Andreia.
Marisa Aparecida, representante do COREN-SP (Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo), também se manifestou, demonstrando preocupação com as condições de trabalho nas bases de saúde municipais.
Para a presidente do colegiado, vereadora Edir Sales (PSD), a presença do diretor do SAMU foi fundamental para a reunião. A parlamentar, contudo, ressaltou a necessidade de serem feitas adequações à iniciativa do Executivo.
Segundo a vereadora Juliana Cardoso (PT), será feito um indicativo para que a comissão acompanhe as visitas técnicas juntamente com a Secretaria Municipal de Saúde, acompanhados de funcionários do SAMU e de representantes de sindicatos.
A comissão também apreciou 20 Projetos de Lei, de autoria dos vereadores, dos quais 16 receberam parecer favorável, e a análise dos demais foi adiada.
Mais Médicos
Após manifestação realizada na manhã desta quarta-feira (8/5), em frente à Secretaria Municipal de Saúde, um grupo de profissionais do Programa Mais Médicos esteve presente à reunião da Comissão de Saúde, Promoção Social, Trabalho e Mulher. Eles solicitaram apoio para a renovação dos contratos desses funcionários junto ao SUS (Sistema Único de Saúde).
Hoje na cidade de São Paulo cerca de 50 médicos que atuam nas Unidades Básicas de Saúde (UBS’s) realizam mais de 20 mil atendimentos por mês. Segundo o SIMESP (Sindicato dos Médicos de São Paulo), cerca de 50 contratos que vencem entre julho a agosto, podem ser rompidos, pois não foram revogados.
O vereador Celso Giannazi (PSOL) ressaltou a importância da renovação desses profissionais, em respeito à quantidade de atendimentos realizados mensalmente. “A Câmara Municipal tem um papel fundamental em pressionar os deputados federais do estado de São Paulo, para que o Ministério da Saúde e o Ministério da Educação, junto ao presidente Jair Bolsonaro, resolvam essa situação”, declarou Giannazi.
Também estiveram presentes à reunião os vereadores Celso Giannazi (PSOL), Gilberto Natalini (PV), Milton Ferreira (PODE), Noemi Nonato (PR), Patrícia Bezerra (PSDB) e Soninha Francine (CIDADANIA23).
