O novo Sistema de Transferência de Emergências Reguladas (Sister), da Secretaria de Estado de Saúde (Susam), está sendo bem avaliado por diretores das unidades de saúde do interior. O sistema, implantado na semana passada, melhorou, conforme opinião de diretores, as transferências de pacientes em estado grave, do interior para Manaus, em UTI aérea, com garantia de leito nos hospitais.
Criado por meio de Portaria assinada pelo secretário estadual de Saúde, Rodrigo Tobias, o Sister viabiliza as transferências de pacientes em estado crítico à Rede Hospitalar de Atenção às Urgências e Emergências da capital, via Regulação. Serve tanto para a transferência intermunicipal (do interior para Manaus) quanto entre as unidades de saúde da capital.
O novo sistema permitiu a padronização nas solicitações para a internação em leitos de UTI, estabelecendo fluxos de solicitação para admissão dos pacientes. A Portaria instituiu, ainda, o regulamento e os protocolos de transferências.
Rodrigo Tobias afirma que o novo modelo ainda está em fase de adaptação, mas a boa aceitação dos municípios já demonstra que a Susam está no caminho certo. “Sempre tem ajustes a fazer. Alguns municípios ainda estão se adaptando ao modelo, mas todos os prós e contras estão sendo observados para que possamos atender bem as solicitações de transferência, seguindo os protocolos de regulação, sempre pensando no que é melhor para o paciente”, afirmou o secretário.
Prático e eficiente – De acordo com o diretor do hospital do município de Novo Aripuanã, Márcio Gomes, à medida que a equipe se apropriou do novo processo, foi possível perceber que o Sister deu mais dinâmica e confiança no sucesso das solicitações feitas desde então. Em uma semana de operação do sistema, o município de Novo Aripuanã fez duas transferências de pacientes graves para Manaus pelo Serviço de Remoção com UTI aérea.
“É bem mais prático e facilita todo o processo agora. Porque permite que a gente insira todas as informações no sistema para o médico regulador avaliar o caso. E quando é liberada a transferência, o paciente já vai com a garantia de ter um leito no hospital em Manaus. Antes, não tínhamos essa segurança, você ficava ligando, não era uma coisa que ficava registrada, aí a gente tinha dúvidas se daria certo o pedido”, afirma Márcio.
Como lembra o diretor, antes do Sister, os pedidos de internação e transferência de pacientes entre unidades aconteciam manualmente por telefone, mensagens via Whatsapp e e-mail. Com a reformulação do sistema, cada unidade tem médicos reguladores que fazem a solicitação diretamente no Sister e os pedidos de internação para leitos de UTI via Sisreg.
Para o diretor do hospital de Coari, Fabrício da Rocha Botelho, o serviço se tornou mais eficiente. “Nossa equipe no hospital aprovou o sistema. O processo se tornou bastante eficiente. A secretaria fez um excelente trabalho”, elogiou Fabrício.
De acordo com o relatório quadrimestral das ações da Susam no 1º quadrimestre de 2019, em média, o serviço de UTI aérea do Governo do Amazonas realiza 56 remoções por mês. A Susam ainda não tem um balanço das remoções, mas com outras medidas como a disposição de novas aeronaves para a UTI aérea e a organização dos leitos na capital, espera-se um aumento nas remoções este ano. Hoje são três tipos de aeronaves, incluindo um anfíbio que pousa na água.
Para o secretário executivo adjunto de Atenção Especializada ao Interior da Susam (SEA-Interior), Cássio Espírito Santo, o novo sistema organizou as remoções e tornou o processo mais orgânico.
“O sistema tornou a prestação do serviço mais eficiente, porque organizou o fluxo das remoções, deixando todo o processo mais claro, principalmente para os profissionais dos municípios responsáveis pela solicitação da remoção”, avalia Cássio.
A secretária executiva adjunta de Atenção Especializada da Capital da Susam (SEA-Interior), Dayana Mejia de Souza, destaca a confiabilidade e integralidade do sistema.
“O Sister permite regular o paciente desde a solicitação de transferência, passando pela remoção, até acolhimento no leito, em Manaus. É uma ferramenta completa. Alimentou o sistema, a equipe que atua na regulação já visualiza a necessidade do paciente”, afirma Dayana.