O presidente Jair Bolsonaro defendeu hoje (8) o enfrentamento da hanseníase no Brasil, durante uma transmissão ao vivo em sua página no Facebook. Ele estava ao lado do ministro da Saúde, Henrique Mandetta, e do presidente da Fundação Nippon, o japonês Yohei Sasakawa, que lidera um trabalho internacional de prevenção e tratamento da doença. Os ministros Ernesto Araújo (Relações Exteriores) e Damares Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos) também acompanharam a transmissão.
O Brasil é um dos países com a maior incidência da hanseníase no planeta. “No Brasil, cada grupo de 10 pessoas, 1,3 tem hanseníase. Estamos fazendo as contas aqui, nós devemos ter mais de 100 mil pessoas com hanseníase no Brasil, no momento. Isso acontece junto às pessoas mais pobres”, disse Bolsonaro. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 200 mil novos casos da doença são detectados em todo o mundo, a cada ano, sendo que Brasil, Índia e Indonésia concentram 80% desse total. Ainda segundo a entidade, o Brasil respondeu por 93% dos 29.101 casos detectados em 2017.
Mandetta deu dicas de como identificar possíveis sintomas da doença e pediu atenção das famílias para o problema. “Fiquem atentos, uma pequena mancha na pele, pode ser na mão, no braço, em qualquer lugar do corpo. E essa mancha com menor sensibilidade. Pegue uma caneta, um lápis, aperte. Muitas vezes, na mancha da hanseníase, a pessoa não sente a pressão da ponta da caneta, é uma mancha com baixa sensibilidade. Procure uma unidade básica de saúde, pode ser hanseníase, os exames vão ser feitos”, afirmou. Ele destacou que o diagnóstico e o tratamento são gratuitos e ocorrem integralmente pelo Sistema Único de Saúde.
Yohei Sasakawa disse que a hanseníase ainda é uma doença cercada de preconceitos, que precisam ser desmistificados. “Hoje, temos medicamento gratuito. Não se trata de uma doneça vergonhosa, é uma doença facilmente curável”.
O presidente Bolsonaro disse que não sabia da extensão do problema no país e reforçou a necessidade das pessoas procurarem ajuda sempre que identificarem qualquer sintoma. “No passado, quem tinha hanseníase, era isolado. Tem gente que tem essa doença, [mas] tem vergonha, não se apresenta e fica escondido. Tem tratamento, com antibióticos, é gratuito, e a pessoa pode rapidamente ficar livre disso”, acrescentou.
Hanseníase
A hanseníase é uma doença crônica e que tem como agente etiológico o bacilo Micobacterium leprae. A infecção por hanseníase pode acometer pessoas de ambos os sexos e de qualquer idade, mas é de difícil transmissão, já que é necessário um longo período de exposição à bactéria, motivo pelo qual apenas uma pequena parcela da população infectada chega a adoecer.
A doença é transmitida pelas vias áreas superiores (tosse ou espirro), por meio do convívio próximo e prolongado com uma pessoa doente sem tratamento. A doença apresenta ainda um longo período de incubação, ou seja, há um intervalo, em média, de dois a sete anos, até que os sintomas se manifestem. De acordo com o Ministério da Saúde, já houve, porém, casos atípicos, em que esse período foi mais curto – de sete meses – ou mais longo – de dez anos.
A hanseníase provoca alterações na pele e nos nervos periféricos, podendo ocasionar, em alguns casos, lesões neurais, o que gera níveis de incapacidade física. Os estados do Maranhão e do Pará são os que concentram mais quadros do grau 2 de incapacidade física, quando a análise se restringe a pacientes com até 15 anos de idade, enquanto o Tocantins tem a maior taxa entre a população geral, de todas as faixas etárias.
Edição: Denise Griesinger
O presidente Jair Bolsonaro defendeu hoje (8) o enfrentamento da hanseníase no Brasil, durante uma transmissão ao vivo em sua página no Facebook. Ele estava ao lado do ministro da Saúde, Henrique Mandetta, e do presidente da Fundação Nippon, o japonês Yohei Sasakawa, que lidera um trabalho internacional de prevenção e tratamento da doença. Os ministros Ernesto Araújo (Relações Exteriores) e Damares Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos) também acompanharam a transmissão.
O Brasil é um dos países com a maior incidência da hanseníase no planeta. “No Brasil, cada grupo de 10 pessoas, 1,3 tem hanseníase. Estamos fazendo as contas aqui, nós devemos ter mais de 100 mil pessoas com hanseníase no Brasil, no momento. Isso acontece junto às pessoas mais pobres”, disse Bolsonaro. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 200 mil novos casos da doença são detectados em todo o mundo, a cada ano, sendo que Brasil, Índia e Indonésia concentram 80% desse total. Ainda segundo a entidade, o Brasil respondeu por 93% dos 29.101 casos detectados em 2017.
Mandetta deu dicas de como identificar possíveis sintomas da doença e pediu atenção das famílias para o problema. “Fiquem atentos, uma pequena mancha na pele, pode ser na mão, no braço, em qualquer lugar do corpo. E essa mancha com menor sensibilidade. Pegue uma caneta, um lápis, aperte. Muitas vezes, na mancha da hanseníase, a pessoa não sente a pressão da ponta da caneta, é uma mancha com baixa sensibilidade. Procure uma unidade básica de saúde, pode ser hanseníase, os exames vão ser feitos”, afirmou. Ele destacou que o diagnóstico e o tratamento são gratuitos e ocorrem integralmente pelo Sistema Único de Saúde.
Yohei Sasakawa disse que a hanseníase ainda é uma doença cercada de preconceitos, que precisam ser desmistificados. “Hoje, temos medicamento gratuito. Não se trata de uma doneça vergonhosa, é uma doença facilmente curável”.
O presidente Bolsonaro disse que não sabia da extensão do problema no país e reforçou a necessidade das pessoas procurarem ajuda sempre que identificarem qualquer sintoma. “No passado, quem tinha hanseníase, era isolado. Tem gente que tem essa doença, [mas] tem vergonha, não se apresenta e fica escondido. Tem tratamento, com antibióticos, é gratuito, e a pessoa pode rapidamente ficar livre disso”, acrescentou.
Hanseníase
A hanseníase é uma doença crônica e que tem como agente etiológico o bacilo Micobacterium leprae. A infecção por hanseníase pode acometer pessoas de ambos os sexos e de qualquer idade, mas é de difícil transmissão, já que é necessário um longo período de exposição à bactéria, motivo pelo qual apenas uma pequena parcela da população infectada chega a adoecer.
A doença é transmitida pelas vias áreas superiores (tosse ou espirro), por meio do convívio próximo e prolongado com uma pessoa doente sem tratamento. A doença apresenta ainda um longo período de incubação, ou seja, há um intervalo, em média, de dois a sete anos, até que os sintomas se manifestem. De acordo com o Ministério da Saúde, já houve, porém, casos atípicos, em que esse período foi mais curto – de sete meses – ou mais longo – de dez anos.
A hanseníase provoca alterações na pele e nos nervos periféricos, podendo ocasionar, em alguns casos, lesões neurais, o que gera níveis de incapacidade física. Os estados do Maranhão e do Pará são os que concentram mais quadros do grau 2 de incapacidade física, quando a análise se restringe a pacientes com até 15 anos de idade, enquanto o Tocantins tem a maior taxa entre a população geral, de todas as faixas etárias.
Edição: Denise Griesinger