O trabalho realizado pelo Governo do Amazonas voltado a migrantes e refugiados foi tema do encontro entre representantes do Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), a Secretaria de Justiça de Direitos Humanos e Cidadania (Sejusc) e demais integrantes da Operação Acolhida, que está em andamento para se tornar um serviço continuado.
A titular da Sejusc, Jussara Pedrosa, recebeu a gerente de projeto da Secretaria Nacional de Assistência Social, Niusarete Lima, que veio a Manaus conhecer os serviços e abrigos, hoje lotados, principalmente, por venezuelanos, colombianos e cubanos.
Nesta terça-feira (19/09), os órgãos se reuniram para discutir a participação de cada um na manutenção dos espaços, oferta de alimentos, cidadania e outros serviços do Posto de Interiorização e Triagem (PTRIG) e Posto de Recepção e Apoio (PRA), atualmente geridos pela Sejusc.
Jussara comentou que a visita é positiva, pois o Amazonas é referência na acolhida de migrantes devido ao grande volume migratório dos últimos anos; e que as tratativas entre as pastas estaduais, municipais, as Forças Armadas e organizações, que lidam com a migração, atuam integradas.
“Nosso abrigo está bem equipado, humanizado. Hoje tem mais de 100 abrigados e nós estamos tratando de uma fase de transição do (PTRIG), que funciona como um PAC e faz a parte de cidadania na recepção desses imigrantes. Nós estamos com uma agenda extensa em relação a boas mudanças para a recepção e humanização de migrantes aqui no estado” observou Jussara.
Trabalho integrado
Após visitar os espaços geridos pelo Governo do Estado, Niusarete Lima disse que a visita foi promissora e que o Amazonas é referência na estruturação de serviços e acolhimento, especialmente pelo diálogo entre as esferas. Ela acentua que a transição da força-tarefa humanitária para um serviço continuado e estruturado é de interesse do Governo Federal.
“Organizando o serviço da migração também vamos estar organizando o serviço para a população brasileira. Nessa ação conjunta, a gente vai conseguir fazer com que os serviços permaneçam com qualidade e com a referência que o Amazonas sempre foi na organização de serviços na área de justiça e da assistência social”, destacou Niusarete.
Operação Acolhida
A Operação Acolhida iniciou em 2018, devido ao intenso fluxo migratório de venezuelanos, que entraram no Brasil por Roraima e buscavam se fixar no Amazonas. Os governos Federal, Estadual e Municipal trabalham em conjunto com organizações que atuam com migrantes e refugiados, com a acolhida, oferta de alimentação e encaminhamentos para abrigos, atendimento de saúde e afins.