segunda-feira, junho 30, 2025
Sem resultados
Visualizar todos os resultados
O Verídico
  • Principal
  • Política
  • Amazonas
  • Brasil
  • Mundo
  • Judiciário
  • Economia
  • Principal
  • Política
  • Amazonas
  • Brasil
  • Mundo
  • Judiciário
  • Economia
Sem resultados
Visualizar todos os resultados
O Verídico
Sem resultados
Visualizar todos os resultados

Especialistas debatem direito previdenciário nas cortes superiores

por marceloleite
9 de maio de 2019
no Sem categoria
0
0
Compartilhamentos
10
Visualizações
Share on FacebookShare on Twitter

Promover um amplo debate de temas atuais e controvertidos sobre a questão previdenciária com especialistas do meio jurídico. Esse foi o objetivo do II Seminário sobre Direito Previdenciário: diálogo e reflexões entre a doutrina e a jurisprudência das cortes superiores, realizado no Superior Tribunal de Justiça (STJ) nesta quinta-feira (9). O evento contou com a participação dos ministros do STJ Napoleão Nunes Maia Filho e Sérgio Kukina.

O ministro Kukina, na abertura do encontro, falou sobre a importância da interação permanente entre os ambientes doutrinário e jurisprudencial na busca da evolução de questões relativas ao direito previdenciário. Além disso, o magistrado lembrou que, hoje, a causa previdenciária está no foco das atenções, devido à reforma da previdência, e que é preciso “vigilância” para evitar um indesejado retrocesso na área. “Precisamos nos constituir em sujeitos ativos capazes de escrever a nossa história”, disse.

Para o ministro, integrante da seção especializada em direito público do STJ, o que mais o incomoda é o fato de as pessoas serem céleres para criticar as leis produzidas no país, sem ao menos se perguntarem onde estavam, ou o que faziam, antes de a lei ser aprovada. “Se queremos nos colocar no pedestal de construtores da história, partícipes ativos, capazes de interferir positivamente na evolução deste direito fundamental, precisamos dar nossa cota de contribuição. O encontro de hoje é, sem dúvida, vocacionado a essa finalidade”, ressaltou.

PUBLICIDADE

Por fim, Kukina destacou o modelo precedentalista, incorporado ao Código de Processo Civil de 2015, e a importância da parceria indissociável com os advogados que, por meio de teses, petições e recursos, auxiliam o trabalho dos magistrados na discussão e formação de precedentes. “Todos nós temos um compromisso comum de trabalhar pela entrega de uma boa justiça, que satisfaça. O STJ tem se dedicado com entusiasmo”, concluiu o ministro.  

Além de Sérgio Kukina, participaram da mesa de abertura do encontro – organizado pelo Instituto Brasileiro de Direito Previdenciário (IBDP) – a presidente do IBDP, Adriane Ladenthin; os coordenadores Ícaro Cavalcanti e Maria Fernanda Wirth; a vice-presidente da Comissão Nacional de Direito Previdenciário, Suzani Ferraro; e a advogada Jéssica Matias, presidindo a mesa.

Direitos sociais

No painel que encerrou o encontro, o ministro Napoleão Nunes Maia Filho falou sobre os desafios da concretização dos direitos sociais e da interpretação da legislação previdenciária no Poder Judiciário.

“Nós achamos que os direitos subjetivos decorrem das leis escritas, e aí está o problema para os direitos humanos fundamentais que não estão escritos. Não são escritos; portanto, não podem ser invocados. No dia em que for escrito, pode acontecer de não ser aplicado”, afirmou.

Segundo o ministro, o juiz que julga somente com base na letra da lei é um burocrata. “O juiz que funciona assim não é um julgador no sentido que a população imagina. A imagem que a população faz da gente é que estamos acima de pressões, contingências e desvio de rumo”, declarou.

Napoleão disse ainda que o juiz deve corresponder a essa imagem, procedendo de maneira justa: “Se estiver de acordo com a lei, ótimo. Mas se tiver que afrontar a lei, afronta-se”.

Em relação às questões previdenciárias, o ministro afirmou que a doutrina deve construir soluções para casos concretos que não estiverem previstos em lei. “O direito previdenciário deve levar em conta os princípios, a supremacia dos direitos fundamentais da máxima proteção à pessoa hipossuficiente”, frisou.

Napoleão Nunes Maia Filho foi homenageado pelo IBDP com a apresentação de um vídeo no qual foram compilados os votos mais importantes do ministro no STJ, em julgados cujos temas envolveram direitos sociais. 

Judicialização 

O desembargador Paulo Afonso Brum Vaz, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, falou sobre a judicialização da saúde, da previdência e da assistência social. Segundo ele, existem divergências de entendimento entre o INSS e o Poder Judiciário. 

Paulo Vaz observou que alguns benefícios previdenciários, como aposentadoria especial (73%) e auxílio-acidente (72%), têm, atualmente, uma concessão judicial maior do que a administrativa.

“O trabalho do juiz ou tem assento nos problemas e necessidades sociais, procurando encaminhar seu equacionamento, ou é mera fala ideológica, falsificadora do contexto histórico”, destacou.

Para o magistrado, as decisões judiciais devem atender aos reclamos da vida humana. “A isto não se chega com hermetismo linguístico e artifícios lógicos, mas sim com uma compreensão dos fatos e das normas, em seus aspectos legais, valorativos e sociais, de modo a bem compreender os interesses sociais e pessoais em questão”, afirmou.

O advogado e professor Diego Cherulli finalizou o painel analisando a reforma da previdência que tramita no Congresso Nacional. De acordo com ele, a reforma é a desconstitucionalização das regras constitucionais. 

marceloleite

marceloleite

Próxima notícia

Terminais de ônibus são reformados com recurso de emenda parlamentar de Jaildo Oliveira

Recommended

Site do Enem apresenta instabilidade após divulgação da nota do Enem

4 anos ago

Libertadores: São Paulo vence fácil e Flamengo vira na Argentina

4 anos ago
  • Principal
  • Política
  • Amazonas
  • Brasil
  • Mundo
  • Judiciário
  • Economia

Sem resultados
Visualizar todos os resultados
  • Principal
  • Política
  • Amazonas
  • Brasil
  • Mundo
  • Judiciário
  • Economia