Especialistas dizem que burocracia dificulta o desenvolvimento de pesquisas no país
Em audiência na Comissão de Ciência e Tecnologia da Câmara dos Deputados, especialistas disseram que a legislação não é o maior problema para o setor, mas sim a interpretação das leis feita pelas instituições de controle, como a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e os órgãos que fiscalizam as importações.
A presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Lygia da Veiga, apontou como maior dificuldade a importação de substâncias químicas usadas nos estudos científicos.
Vinicius Loures/Câmara dos Deputados
Presidente do SBPC reclamou da demora na importação de reagentes químicos usados nas pesquisas
“Mesmo quando tem verba, a importação desses reagentes demora de 60 a 90 dias para a gente continuar a nossa pesquisa. E dessa forma você não pode ser competitivo”, reclamou. Segundo ela, para resolver esse problema é preciso vontade política. E completou: “A boa notícia é que a gente viu hoje nessa audiência, nessa comissão, muita vontade política para reunir todos os atores e resolver essa questão.”
O presidente do conselho que reúne as instituições de ensino e pesquisa, Fernando Peregrino, disse que a burocracia, além de atrasar o trabalho dos pesquisadores, gera um desperdício bilionário de dinheiro público.
“Num cálculo considerando a perda de tempo do cientista com a burocracia, nós chegamos a um número: 35% do tempo dele é consumido com essas coisas, com a burocracia. Aplicando aos gastos com ciência e tecnologia no Brasil, nós chegamos ao número de R$ 9 bilhões em 2016. Só no sistema federal são R$ 3 bilhões “.
A deputada Angela Amin (PP-SC) disse que a Comissão de Ciência e Tecnologia vai agir para facilitar a relação entre os vários segmentos que atuam na área, com o objetivo de diminuir os entraves burocráticos.
“Aquele que tem orçamento, aquele que executa o orçamento, aquele que fiscaliza o orçamento, nós vamos poder avançar para facilitar a vida de todos, mas principalmente que nós tenhamos um resultado mais positivo com as entidades de pesquisa do Brasil que são importantes para o desenvolvimento.”
O presidente do colegiado, Félix Mendonça Júnior (PDT-BA), também está confiante que a Comissão poderá ajudar a reduzir o tempo perdido pelos pesquisadores.
Ouça esta reportagem na Rádio Câmara
Especialistas dizem que burocracia dificulta o desenvolvimento de pesquisas no país
Em audiência na Comissão de Ciência e Tecnologia da Câmara dos Deputados, especialistas disseram que a legislação não é o maior problema para o setor, mas sim a interpretação das leis feita pelas instituições de controle, como a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e os órgãos que fiscalizam as importações.
A presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Lygia da Veiga, apontou como maior dificuldade a importação de substâncias químicas usadas nos estudos científicos.
Vinicius Loures/Câmara dos Deputados
Presidente do SBPC reclamou da demora na importação de reagentes químicos usados nas pesquisas
“Mesmo quando tem verba, a importação desses reagentes demora de 60 a 90 dias para a gente continuar a nossa pesquisa. E dessa forma você não pode ser competitivo”, reclamou. Segundo ela, para resolver esse problema é preciso vontade política. E completou: “A boa notícia é que a gente viu hoje nessa audiência, nessa comissão, muita vontade política para reunir todos os atores e resolver essa questão.”
O presidente do conselho que reúne as instituições de ensino e pesquisa, Fernando Peregrino, disse que a burocracia, além de atrasar o trabalho dos pesquisadores, gera um desperdício bilionário de dinheiro público.
“Num cálculo considerando a perda de tempo do cientista com a burocracia, nós chegamos a um número: 35% do tempo dele é consumido com essas coisas, com a burocracia. Aplicando aos gastos com ciência e tecnologia no Brasil, nós chegamos ao número de R$ 9 bilhões em 2016. Só no sistema federal são R$ 3 bilhões “.
A deputada Angela Amin (PP-SC) disse que a Comissão de Ciência e Tecnologia vai agir para facilitar a relação entre os vários segmentos que atuam na área, com o objetivo de diminuir os entraves burocráticos.
“Aquele que tem orçamento, aquele que executa o orçamento, aquele que fiscaliza o orçamento, nós vamos poder avançar para facilitar a vida de todos, mas principalmente que nós tenhamos um resultado mais positivo com as entidades de pesquisa do Brasil que são importantes para o desenvolvimento.”
O presidente do colegiado, Félix Mendonça Júnior (PDT-BA), também está confiante que a Comissão poderá ajudar a reduzir o tempo perdido pelos pesquisadores.
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