Em reunião técnica realizada na Assembleia Legislativa do Estado Amazonas (Aleam), nesta terça-feira (19), foi definido um Grupo de Trabalho (GT) para discutir o uso do gás natural nas indústrias ceramistas. O destaque foi a instalação de um polo cerâmico-oleiro em Manacapuru, região metropolitana de Manaus, onde existe disponibilidade de área e o minério caulin, que é usado na produção de tijolos.
Presidente da Comissão de Geodiversidade, Recursos Hídricos, Minas, Gás, Energia e Saneamento, o deputado Sinésio Campos (PT) presidiu a mesa dos trabalhos com o prefeito de Manacapuru, Beto Dangelo (PROS) e representantes de entidades como a Agência Reguladora dos Serviços Públicos Concedidos do Estado do Amazonas (Arsam), da Companhia de Gás do Amazonas (Cigás) e Secretaria de Estado de Planejamento, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Seplancti).
Sinésio destacou a presença de Beto Dangelo, como um dos membros do GT e disse que Manacapuru será colocada “no centro das discussões” para a execução do projeto. Já o prefeito declarou estar muito satisfeito com a possibilidade de mais desenvolvimento para o município. “Manacapuru já tem cerâmicas, mas a utilização do gás natural vai dar possibilidade aos empresários, para que eles possam investir mais. Além da certeza de que não causarão nenhum dano, poluição ou agressão ao meio ambiente, com um preço menor e sem falar que isso faz com que eles possam ter mais facilidade até para tirar suas licenças ambientais. É um ganho imensurável”, afirmou Beto Dangelo.
O prefeito lembrou que a partir de agora, com a montagem das comissões, os trabalhos comecem efetivamente. “É um trabalho longo, requer muito estudo, mas a gente tem pressa, porque a gente sabe que isso vai gerar emprego e renda para o município.
Também presente à reunião, o engenheiro civil José Sélvio Teixeira Picanço, Chefe de Departamento da Arsam, explica que o órgão fez levantamentos sobre as olarias de Manacapuru. E nas visitas foi verificado o uso de queima de madeira nos processos produtivos, que ele define como “rudimentar”, tendo em vista a disponibilidade do gás natural. O resultado desse trabalho foi repassado para o deputado Sinésio Campos. Ainda de acordo com o engenheiro, em Manacapuru, no km 54 da AM-070, já existe o chamado City Gate, que é um ponto de entrega do gás para comercialização.
O City Gate é uma unidade da Petrobras e ao lado vai ficar disponível uma área de 600 hectares, para implantação do polo de utilização do gás natural no distrito de desenvolvimento regional de Manacapuru. “Esse polo vai concentrar todas as olarias que estão nos polos de Iranduba, Cacau Pirêra e Manacapuru. E agregando a essas indústrias oleiras, também haverá projetos de piscicultura e de indústrias madeireiras”, explica José Sélvio. O próximo encontro acontecerá no dia 22 deste mês. Será uma reunião de planejamento para o dia 4 de abril, quando será instalado o Grupo de Trabalho discutido hoje.
Órgãos integrantes do GT
Comissão de Geodiversidade, Recursos Hídricos, Minas, Gás, Energia e Saneamento da Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam), Agência Reguladora dos Serviços Públicos, Concedidos do Estado do Amazonas (Arsam), Companhia de Gás do Amazonas (Cigás), Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), Secretaria de Estado de Planejamento, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Informação . (Seplancti), Sindicato das Cerâmicas do Estado do Amazonas (Sindiceram), Companhia de Pesquisa de Recursos (Cprm), Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam), Conselho regional de Engenharia e Agronomia do Amazonas (Crea) e Secretaria do Estado de Política Fazendária (Stf)