30/04/19 11h44
Na história dos vinte anos da política de medicamentos genéricos no Brasil, com a Lei 9.787/99, Goiás destaca-se na produção e comercialização desses remédios. A fabricação de genéricos foi um dos fatores determinantes na consolidação no Estado do polo farmoquímico que segue em expansão.
Hoje, são 16 indústrias farmacêuticas, 14 em funcionamento, uma já implantada e aguardando registros e uma em fase de implantação. A maioria, 12, está instalada em Anápolis, e as outras quatro ficam em Goiânia e Aparecida de Goiânia. A previsão do setor é de investir R$ 1,3 bilhão nos próximos cinco anos, informa Marçal Soares, presidente executivo do Sindicato das Indústrias Farmacêuticas no Estado de Goiás (Sindifargo). “Estamos otimistas, acreditando no Brasil e em Goiás”, diz ele.
Aém da forte participação no mercado de genéricos, o presidente executivo do Sindifargo aponta “uma conjugação de esforços e de disposição dos setores privado e governamental” como fundamentais para que a indústria farmoquímica prosperasse em Goiás. Trata-se do segundo maior polo produtor de medicamentos genéricos do País e do segundo também em apresentações de medicamentos vendidas no Brasil em 2017, com 19,5% da quantidade total de mais de 4,4 bilhões, conforme o Anuário Estatístico do Mercado Farmacêutico, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
“Contamos com o empreendedorismo, a competência e vontade de fazer dos empresários. E o Estado contribui com os incentivos fiscais, apoio institucional e vigilância sanitária”, comenta Marçal. Essa combinação, somada à política nacional de medicamentos genéricos, deu bons resultados, aponta.
“O primeiro medicamento genérico registrado no Brasil foi do Laboratório Teuto, de Anápolis, em 2000”, cita, mencionando também que “entre os genéricos mais vendidos no Brasil, cinco são de Goiás, entre eles o campeão de vendas, com 45 milhões de frascos por ano, produzido em Anápolis”. Do mix de medicamentos fabricados em Goiás, os genéricos respondem por 60%, afirma.
A qualidade dos produtos é ressaltada pelo primeiro vice-presidente do Sindifargo, Heribaldo Egídio, do grupo Equiplex. “Temos investido em pesquisas e novos lançamentos.” Ele explica que as indústrias movimentam uma cadeia produtiva de 59 outras empresas, caso das fabricantes de embalagens, rótulos, bulas, cápsulas e produtos hospitalares.