Em pronunciamento nesta quarta-feira (7), o senador Eduardo Girão (Podemos-CE) insistiu na necessidade da convocação, pela CPI da Pandemia, do ex-chefe da Casa Civil do governo da Bahia, Bruno Dauster, e da empresária Cristiana Prestes, dona da Hempcare, empresa que comercializa produtos à base de cannabis, ou seja, da maconha. O parlamentar lembrou que Cristiana recebeu antecipadamente R$ 48,7 milhões do Consórcio Nordeste, para fornecer 300 respiradores clínicos de UTI, mas não entregou os produtos.
— Ela já fez delação — até caiu o ex-chefe da Casa Civil, o Bruno Dauster, que a gente quer chamar aqui também — dizendo que foi pedido para superfaturar. É um segredo muito grande, é um mistério muito grande, quando a gente fala na comissão, você vê o que acontece.
O senador cearense pediu aos cidadãos que pressionem, de forma pacífica, os parlamentares membros da CPI para que aprovem a convocação de Bruno Dauster e Cristiana Prestes. Ele criticou a cúpula da comissão por pretender, na sua opinião, blindar os governadores e prefeitos. E destacou que todos os casos de corrupção devem ser investigados, sejam eles no âmbito federal, estadual ou municipal.
Eduardo Girão afirmou ter aprovado todos os requerimentos de quebra de sigilo e de convocação de funcionários do governo federal e ter tentado o mesmo em relação a estados e municípios, apesar de que os governadores foram beneficiados por decisões do Supremo Tribunal Federal. Para ele, é uma contradição que o STF, tendo ordenado a instalação da CPI, de certa forma esteja sabotando os seus trabalhos.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)