A meta é atender todos os 62 municípios do Amazonas
O Governo do Amazonas disponibilizará um total de R$ 23 milhões para ampliação dos programas de Incentivo ao Uso do Calcário na Correção de Solos (Pró-calcário) e de Mecanização Agrícola (Pró-mecanização), que foram apresentados nesta segunda-feira (15/04), durante encontro de empresários e produtores do segmento, na sede da Secretaria de Estado de Produção Rural e Sustentabilidade (Sepror), na zona sul de Manaus.
Os programas são linhas de crédito subsidiadas pelo Governo do Amazonas, destinadas a produtores rurais, visando incentivar a mecanização de áreas degradadas e correção do solo para promover o aumento da produção, o desenvolvimento da cultura industrial, fruticultura, grãos, mandiocultura e pecuária no estado do Amazonas, no ano 2019.
A ampliação dos recursos dos programas ocorre em parceria com a Agência de Fomento do Estado do Amazonas (Afeam), e, de acordo com Marcos Vinicius Castro, diretor-presidente da Agência, os programas foram desenvolvidos com o objetivo de incrementar o setor primário com a utilização de técnicas de produção de baixo impacto ambiental aliadas às atrativas taxas de juros.
“Por meio do Governo do Estado, esses programas serão disponibilizados para que os produtores rurais possam ter aumento de produtividade e principalmente de rendimentos. Com isso, a Afeam cumpre a missão de promover o desenvolvimento da economia do Estado e a qualidade de vida das pessoas por meio do trabalho”, afirmou Marcos Vinícius.
Segundo a diretora-presidente do Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável (Idam), Eda Oliva, os técnicos do Instituto estão acompanhando todo o processo e auxiliando todos os agricultores que estão participando do processo.
“Ao todo, são 910 projetos de crédito de Pró-mecanização e 830 projetos de crédito de Pró-calcário, um completa o outro. O Idam promove assistência técnica para os 62 municípios do Estado. Com isso, vai elaborar os projetos juntos aos produtores rurais e a Afeam, liberando os recursos para os mesmos”, informou Eda.
Para o agricultor familiar Everaldo Batista, o uso do calcário e da mecanização aumentam e melhoram a produtividade agrícola e a pecuária em sua comunidade rural.
“Estou com a perspectiva de pleitear 60 hectares, pois a mecanização melhorou tudo, tanto o rendimento da produção, quanto a mão de obra”, disse o agricultor.
Fortalecimento – O secretário da Sepror, Petrucio Magalhães Junior, acredita no fortalecimento dos programas, através da capacitação de técnicos do setor agropecuário e dos agricultores familiares. Ele informou que, no próximo encontro, que acontecerá no dia 23 de maio, acontecerá a segunda parte do curso, na Fazenda Experimental da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), com os operadores de máquina e seus representantes técnicos.
“Nosso objetivo é atender e profissionalizar o setor agropecuário, e para isso se faz necessário unir todos os envolvidos: produtores, fornecedores, responsáveis técnicos e operadores de máquinas, para que possamos alavancar a produção do interior do Estado” concluiu Petrucio.
Órgãos e entidades – No encontro de hoje, estiveram presentes representantes do Sistema Sepror (ADS, Adaf, Idam, Sepa e Seapaf), da Embrapa Amazônia Ocidental; da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), da Agência de Fomento do Estado do Amazonas (Afeam); do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Amazonas (CREA-AM); os prefeitos de Maués, Júnior Leite, e de Envira, Ivon Rates; o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Amazonas (Faea), Muni Lourenço, o superintendente do Ministério de Abastecimento Pecuária e Agricultura (Mapa/AM), Guilherme Pessoa, e presidente da Organização das Cooperativas do Estado do Amazonas (OCB), Merched Chaar.
Pró-calcário e Pró-mecanização – Os programas serão destinados aos agricultores familiares de todo o Estado, sendo disponibilizado um recurso de aproximadamente R$ 23 milhões, divididos em R$ 5,2 milhões para o Pró-calcário e R$ 18 milhões para o Pró-mecanização, o que representa um aumento de 32 % em relação ao ano passado.
No Pró-mecanização, o Estado custeia 85% do valor do preparo da área a ser cultivada, e o produtor paga 15% do investimento. No Pró-calcário, a subvenção é de 50%.